Minha Rica Casinha: Bem sei que é Natal

30-05-2010
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Dando um passo em frente na sua fulgurante carreira, o "crítico" de televisão do Expresso, uma luminária que dá pelo nome de Pedro d'Anunciação, decidiu fazer um balanço dos debates e "classificar" a actuação dos candidatos presidenciais. Com uma aguda percepção das mais finas banalidades, Pedro d' Anunciação abre com Mário Soares - "o homem dos debates" - e segue, ligeiro, para Francisco Louçã a quem concede um honroso segundo lugar. Mas, não fosse o leitor tomá-lo por um desses parvos que se deixam levar pelos floreados de um radical, tomou as devidas distâncias, mostrando que, tal como Pacheco Pereira, também ele topava as contradições que se escondiam por trás deste "brilhantíssimo" candidato. Sentado no seu sofá, à frente da televisão, Pedro d'Anunciação percebeu rapidamente que Francisco Louçã criticava tudo mas não propunha nada e que lhe bastava pegar num exemplo para arrumar de vez a questão: "É o primeiro a reconhecer a falência da Seguraça Social e o último a avançar com receitas". Infelizmente (para o dito Anunciação, é claro) , o ponto central do manifesto eleitoral de Francisco Louçã é exactamente esse: a apresentação de um modelo alternativo de financiamento da Segurança Social. Se o "crítico" tivesse conseguido acompanhar os debates, que agora tão assertivamente classifica, teria, pelo menos, reparado na existência destas "receitas" - já que a compreensão das mesmas deve ser inacessível às capacidades da sua cabecinha. Como é óbvio, isto vale o que vale! Mas esta ignorância aflitiva, esta superficialidade pomposa, esta irresponsabilidade escorreita não deixam de ser também um retrato de Portugal.ccs

Dando um passo em frente na sua fulgurante carreira, o "crítico" de televisão do Expresso, uma luminária que dá pelo nome de Pedro d'Anunciação, decidiu fazer um balanço dos debates e "classificar" a actuação dos candidatos presidenciais. Com uma aguda percepção das mais finas banalidades, Pedro d' Anunciação abre com Mário Soares - "o homem dos debates" - e segue, ligeiro, para Francisco Louçã a quem concede um honroso segundo lugar. Mas, não fosse o leitor tomá-lo por um desses parvos que se deixam levar pelos floreados de um radical, tomou as devidas distâncias, mostrando que, tal como Pacheco Pereira, também ele topava as contradições que se escondiam por trás deste "brilhantíssimo" candidato. Sentado no seu sofá, à frente da televisão, Pedro d'Anunciação percebeu rapidamente que Francisco Louçã criticava tudo mas não propunha nada e que lhe bastava pegar num exemplo para arrumar de vez a questão: "É o primeiro a reconhecer a falência da Seguraça Social e o último a avançar com receitas". Infelizmente (para o dito Anunciação, é claro) , o ponto central do manifesto eleitoral de Francisco Louçã é exactamente esse: a apresentação de um modelo alternativo de financiamento da Segurança Social. Se o "crítico" tivesse conseguido acompanhar os debates, que agora tão assertivamente classifica, teria, pelo menos, reparado na existência destas "receitas" - já que a compreensão das mesmas deve ser inacessível às capacidades da sua cabecinha. Como é óbvio, isto vale o que vale! Mas esta ignorância aflitiva, esta superficialidade pomposa, esta irresponsabilidade escorreita não deixam de ser também um retrato de Portugal.ccs

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