A Cinco Tons: Do caos surge normalmente um novo Cosmos

05-08-2010
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António Palolo Estamos a viver tempos difíceis.
Desde sempre a sociedade se orientou por valores transversais, comuns a todos, sedimentados por séculos de convivência.
A família tradicional, como elemento agregador, era a pedra basilar da cultura ocidental.
Pai e Mãe os transmissores desses ensinamentos, que se supunham perenes, intemporais.
Era à luz desses axiomas, que nos estruturávamos.
De início olhando os nossos progenitores como inquestionáveis, depois, no decorrer do nosso crescimento, questionando os nossos pais, absorvíamos o que considerávamos bom, alijávamos o mau. Mas sempre à luz dessa matriz, desse axioma inquestionável.
Na vida adulta, as figuras autoritárias eram transportas para os símbolos do poder; o Rei ou o Presidente, ou o ministro, o juiz, etc.
AS regras eram explícitas e universais,(se calhar porque o nosso universo era reduzido)inquestionáveis, aceites por todos.
A Igreja como instrumento do transcendente nunca foi questionada; apenas a exegese das escrituras.
A necessidade do Estado nunca foi questionada,(na generalidade dos pensadores) apenas a sua organização.
O tempo era lento, o acesso à informação escasso, a capacidade de interpretar essa mesma informação, diminuta para o cidadão comum.
Daí, muito embora o poder sempre tenha residido no acesso a ela, (informação) a ostentação do mesmo, sempre se reflectiu em cambiantes variadas, a génese familiar, o poder económico e por aí fora.
Hoje o tempo é outro, quase imediato. A divulgação da informação é generalizada, mas, a capacidade de a interpretar mantém-se reservada a uma minoria.
A globalização ainda não funciona em todas as dimensões previsíveis.
Chegou-se a uma situação em que as gentes por abundância, não conseguem
optar com discernimento.
No meio disto as forças que agregam os "valores" tradicionais tendem a dissolver-se, vive-se no imediato por incapacidade de priorização e as crises emergem umas atrás das outras.
O risco maior será o de surgir um "big brother" globalizado com as respostas todas no seu portátil...
Do caos surge normalmente um novo Cosmos; a transição é que é tramada.
M. Sampaio
14 Fevereiro, 2010 16:30


António Palolo Estamos a viver tempos difíceis.
Desde sempre a sociedade se orientou por valores transversais, comuns a todos, sedimentados por séculos de convivência.
A família tradicional, como elemento agregador, era a pedra basilar da cultura ocidental.
Pai e Mãe os transmissores desses ensinamentos, que se supunham perenes, intemporais.
Era à luz desses axiomas, que nos estruturávamos.
De início olhando os nossos progenitores como inquestionáveis, depois, no decorrer do nosso crescimento, questionando os nossos pais, absorvíamos o que considerávamos bom, alijávamos o mau. Mas sempre à luz dessa matriz, desse axioma inquestionável.
Na vida adulta, as figuras autoritárias eram transportas para os símbolos do poder; o Rei ou o Presidente, ou o ministro, o juiz, etc.
AS regras eram explícitas e universais,(se calhar porque o nosso universo era reduzido)inquestionáveis, aceites por todos.
A Igreja como instrumento do transcendente nunca foi questionada; apenas a exegese das escrituras.
A necessidade do Estado nunca foi questionada,(na generalidade dos pensadores) apenas a sua organização.
O tempo era lento, o acesso à informação escasso, a capacidade de interpretar essa mesma informação, diminuta para o cidadão comum.
Daí, muito embora o poder sempre tenha residido no acesso a ela, (informação) a ostentação do mesmo, sempre se reflectiu em cambiantes variadas, a génese familiar, o poder económico e por aí fora.
Hoje o tempo é outro, quase imediato. A divulgação da informação é generalizada, mas, a capacidade de a interpretar mantém-se reservada a uma minoria.
A globalização ainda não funciona em todas as dimensões previsíveis.
Chegou-se a uma situação em que as gentes por abundância, não conseguem
optar com discernimento.
No meio disto as forças que agregam os "valores" tradicionais tendem a dissolver-se, vive-se no imediato por incapacidade de priorização e as crises emergem umas atrás das outras.
O risco maior será o de surgir um "big brother" globalizado com as respostas todas no seu portátil...
Do caos surge normalmente um novo Cosmos; a transição é que é tramada.
M. Sampaio
14 Fevereiro, 2010 16:30

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