A Cinco Tons: Passeios com História

20-01-2011
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A partir de Maio é que vai ser: automotoras eléctricas modernizadas para cá e para lá, numa lufa-lufa entre Évora e Lisboa, cinco vezes por dia. É essa a promessa solene da CP – Comboios de Portugal. Se, por uma vez, os prazos forem cumpridos, em Maio terminam as obras de electrificação da linha de caminho-de-ferro entre Évora e Lisboa e haverá uma maior oferta de comboios, horários mais ajustados e ganhos ambientais uma vez que o diesel será posto de lado. Tudo certo, portanto! Ou não? Bom, é uma questão de perspectiva. Lá iremos continuar a ver o Intercidades percorrer esses campos fora, apreciar o visual das automotoras eléctricas modernizadas e, manda o bom senso, pegar no automóvel para nos pormos a caminho de Lisboa. Nada contra as automotoras eléctricas modernizadas que por aí hão-de circular, não se desse o caso de ser material que já percorria a linha da Azambuja na década de 70, aí pelos anos em que Salgueiro Maia também gostava de se fazer à estrada e pôr a caminho da capital em viatura um pouco menos confortável mas igualmente resistente. Lê-se e só se acredita porque brincadeiras destas fazem mesmo o nosso género: automotoras eléctricas modernizadas que se encontram em serviço desde há 40 anos! Serão assim as ligações ferroviárias de Évora a Lisboa no início do século XXI? A CP assume a perda em termos de conforto, comodidade e um maior tempo de viagem, em nome da sustentabilidade financeira da linha. Como digo, é tudo uma questão de perspectiva: haverá sempre quem goste de viajar em comboios com História.

A partir de Maio é que vai ser: automotoras eléctricas modernizadas para cá e para lá, numa lufa-lufa entre Évora e Lisboa, cinco vezes por dia. É essa a promessa solene da CP – Comboios de Portugal. Se, por uma vez, os prazos forem cumpridos, em Maio terminam as obras de electrificação da linha de caminho-de-ferro entre Évora e Lisboa e haverá uma maior oferta de comboios, horários mais ajustados e ganhos ambientais uma vez que o diesel será posto de lado. Tudo certo, portanto! Ou não? Bom, é uma questão de perspectiva. Lá iremos continuar a ver o Intercidades percorrer esses campos fora, apreciar o visual das automotoras eléctricas modernizadas e, manda o bom senso, pegar no automóvel para nos pormos a caminho de Lisboa. Nada contra as automotoras eléctricas modernizadas que por aí hão-de circular, não se desse o caso de ser material que já percorria a linha da Azambuja na década de 70, aí pelos anos em que Salgueiro Maia também gostava de se fazer à estrada e pôr a caminho da capital em viatura um pouco menos confortável mas igualmente resistente. Lê-se e só se acredita porque brincadeiras destas fazem mesmo o nosso género: automotoras eléctricas modernizadas que se encontram em serviço desde há 40 anos! Serão assim as ligações ferroviárias de Évora a Lisboa no início do século XXI? A CP assume a perda em termos de conforto, comodidade e um maior tempo de viagem, em nome da sustentabilidade financeira da linha. Como digo, é tudo uma questão de perspectiva: haverá sempre quem goste de viajar em comboios com História.

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