Cravo de Abril: POEMA

22-01-2011
marcar artigo


POEMAS DO CÃO DANADO (4)Deixa lá, companheira!Que havemos de fazer?Fecharam-nos a porta e quase nos cuspiram.Pisaram-te e, a mim, vergastaram-me as mãos.Deixa lá! Deixa lá! Eu beijarei teus pése tu farás sarar as minhas mãos.Para lá da última casa ainda há terrae céu e água e luz...Ainda há vida para lá.Deixemos para eles o som vazio das gargalhadase a luxúria do oiro.Ainda há vida para lá.O nosso horizonte é mais vasto em cada instante.A nossa voz mais rica em cada instante.O nosso querer mais certo em cada instante.Ainda há vida para lá.Sigamos nossa rota, companheira.Enxugarei teu rosto com cuidado.Tu farás o meu canto.E para além das barreiras do tempomilhões de homens nos esperam com os braços abertos,que desde a primeira hora serão braços de irmãos.Mário Dionísio(«O Homem Sozinho na Beira do Cais»


POEMAS DO CÃO DANADO (4)Deixa lá, companheira!Que havemos de fazer?Fecharam-nos a porta e quase nos cuspiram.Pisaram-te e, a mim, vergastaram-me as mãos.Deixa lá! Deixa lá! Eu beijarei teus pése tu farás sarar as minhas mãos.Para lá da última casa ainda há terrae céu e água e luz...Ainda há vida para lá.Deixemos para eles o som vazio das gargalhadase a luxúria do oiro.Ainda há vida para lá.O nosso horizonte é mais vasto em cada instante.A nossa voz mais rica em cada instante.O nosso querer mais certo em cada instante.Ainda há vida para lá.Sigamos nossa rota, companheira.Enxugarei teu rosto com cuidado.Tu farás o meu canto.E para além das barreiras do tempomilhões de homens nos esperam com os braços abertos,que desde a primeira hora serão braços de irmãos.Mário Dionísio(«O Homem Sozinho na Beira do Cais»

marcar artigo