VALE A PENA LUTAR !: A vossa vontade será feita

20-05-2011
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A vossa vontade será feitaEu vou tentar, prometo, que destes versosNão saia uma canção mal comportadaEu vou tentar não falar do que aconteceEu vou tentar falar sem dizer nada.Não vou, por isso, falar da exploraçãoNem sequer do amor à Liberdade;Da luta pela terra e pelo pãoE do apego à Paz da humanidade. Vou tentar não falar do que acontece Vou tentar falar sem dizer nadaVocês preferem que eu vos faleDe grilos a cantar e gambuzinos?A vossa vontade será feitaEu calarei a fome dos meninos.Vocês preferem que eu vos canteSem vos lembrar os tiros e as facas?A vossa vontade será feitaEu calarei o frio das barracas. Vou tentar não falar do que acontece Vou tentar falar sem dizer nadaVocês preferem que eu vos faleCom um sorriso a iluminar-me as trombas?A vossa vontade será feitaEu calarei o estilhaçar das bombas.Vocês vão gostar que eu não canteA luta de nós todos todo o anoA vossa vontade será feitaNão falarei do povo alentejano Vou tentar não falar do que acontece Vou tentar falar sem dizer nadaNão falarei do luxo e da misériaNão falarei do luxo e da canseiraNão falarei das damas, das mulheresDe tudo o que se passa à nossa beiraNão falarei do Amor, nem da VerdadeNem do suor deixado no trigal;Eu não ofenderei vossas excelênciasNem a civilização ocidental!(Alfredo Vieira de Sousa, 1976)


A vossa vontade será feitaEu vou tentar, prometo, que destes versosNão saia uma canção mal comportadaEu vou tentar não falar do que aconteceEu vou tentar falar sem dizer nada.Não vou, por isso, falar da exploraçãoNem sequer do amor à Liberdade;Da luta pela terra e pelo pãoE do apego à Paz da humanidade. Vou tentar não falar do que acontece Vou tentar falar sem dizer nadaVocês preferem que eu vos faleDe grilos a cantar e gambuzinos?A vossa vontade será feitaEu calarei a fome dos meninos.Vocês preferem que eu vos canteSem vos lembrar os tiros e as facas?A vossa vontade será feitaEu calarei o frio das barracas. Vou tentar não falar do que acontece Vou tentar falar sem dizer nadaVocês preferem que eu vos faleCom um sorriso a iluminar-me as trombas?A vossa vontade será feitaEu calarei o estilhaçar das bombas.Vocês vão gostar que eu não canteA luta de nós todos todo o anoA vossa vontade será feitaNão falarei do povo alentejano Vou tentar não falar do que acontece Vou tentar falar sem dizer nadaNão falarei do luxo e da misériaNão falarei do luxo e da canseiraNão falarei das damas, das mulheresDe tudo o que se passa à nossa beiraNão falarei do Amor, nem da VerdadeNem do suor deixado no trigal;Eu não ofenderei vossas excelênciasNem a civilização ocidental!(Alfredo Vieira de Sousa, 1976)

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