Lamego Em Foco: POVO UNIDO

19-12-2009
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Cerca de quatro mil pessoas participaram, no domingo, em Lamego, num desfile que teve como objectivo manifestar o descontentamento pelo encerramento da Maternidade local e defendendo a construção da nova unidade hospitalar. A concentração, organizada pelo “Movimento por Lamego”, a que aderiu o Município local, começou junto ao monumento ao Soldado Desconhecido, por volta das 15 horas, terminando junto do Hospital da cidade, depois de passar pela Câmara Municipal.Na mira dos manifestantes, oriundos não só do concelho de Lamego mas de outros lugares limítrofes, cujas populações recorrem à unidade hospitalar, esteve o Ministro da Saúde, Correia de Campos.Jorge Barreto, do “Movimento por Lamego”, entende ser “uma vergonha, o que se está a fazer à cidade”, acrescentando que “nunca ninguém morreu, na Maternidade! Agora querem-nos mandar para a Régua e para Vila Real? Diz o Senhor Ministro que não há condições? Porque nunca abriu Concurso Público, para o Quadro do Hospital, de Obstetras?”Margarida Rebelo, “grávida há seis meses”, teme que, no futuro, tenha o filho “pelo caminho. Estou preocupada. Dão-me as dores e ainda tenho a criança a caminho de Viseu ou de Vila Real!”.Francisco Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Lamego, também seguia na manifestação e estava solidário com o Movimento: “É o direito à indignação que as pessoas têm e a Câmara apoia, por ver a cidade e a região, gradualmente, esvaziada de um conjunto de serviços públicos, ligados à Saúde. Estaremos, sempre, na primeira linha da defesa dos interesses das populações. Não nos podem ser retirados serviços públicos que são fundamentais. Sobretudo, quando as decisões se baseiam em critérios economicistas. A Maternidade tem problemas, mas o Ministério da Saúde pode e tem a obrigação de os resolver. Encerrar a Maternidade, nunca. A Maternidade de Lamego funciona bem e não há motivo para a encerrar. Acho que estas decisões devem ser tomadas, em articulação com o Poder Local” – frisou.Segundo Jorge Barreto, a hipótese de uma grande manifestação, em Lisboa, com outras localidades do Norte que vão ficar sem maternidades, “é uma hipótese, a estudar”.Os manifestantes entregaram uma moção ao Presidente da Câmara Municipal de Lamego, a qual já foi enviada a Correia de Campos.Este, por sua vez, resolveu adiar o encerramento da maternidade.José manuel cardoso


Cerca de quatro mil pessoas participaram, no domingo, em Lamego, num desfile que teve como objectivo manifestar o descontentamento pelo encerramento da Maternidade local e defendendo a construção da nova unidade hospitalar. A concentração, organizada pelo “Movimento por Lamego”, a que aderiu o Município local, começou junto ao monumento ao Soldado Desconhecido, por volta das 15 horas, terminando junto do Hospital da cidade, depois de passar pela Câmara Municipal.Na mira dos manifestantes, oriundos não só do concelho de Lamego mas de outros lugares limítrofes, cujas populações recorrem à unidade hospitalar, esteve o Ministro da Saúde, Correia de Campos.Jorge Barreto, do “Movimento por Lamego”, entende ser “uma vergonha, o que se está a fazer à cidade”, acrescentando que “nunca ninguém morreu, na Maternidade! Agora querem-nos mandar para a Régua e para Vila Real? Diz o Senhor Ministro que não há condições? Porque nunca abriu Concurso Público, para o Quadro do Hospital, de Obstetras?”Margarida Rebelo, “grávida há seis meses”, teme que, no futuro, tenha o filho “pelo caminho. Estou preocupada. Dão-me as dores e ainda tenho a criança a caminho de Viseu ou de Vila Real!”.Francisco Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Lamego, também seguia na manifestação e estava solidário com o Movimento: “É o direito à indignação que as pessoas têm e a Câmara apoia, por ver a cidade e a região, gradualmente, esvaziada de um conjunto de serviços públicos, ligados à Saúde. Estaremos, sempre, na primeira linha da defesa dos interesses das populações. Não nos podem ser retirados serviços públicos que são fundamentais. Sobretudo, quando as decisões se baseiam em critérios economicistas. A Maternidade tem problemas, mas o Ministério da Saúde pode e tem a obrigação de os resolver. Encerrar a Maternidade, nunca. A Maternidade de Lamego funciona bem e não há motivo para a encerrar. Acho que estas decisões devem ser tomadas, em articulação com o Poder Local” – frisou.Segundo Jorge Barreto, a hipótese de uma grande manifestação, em Lisboa, com outras localidades do Norte que vão ficar sem maternidades, “é uma hipótese, a estudar”.Os manifestantes entregaram uma moção ao Presidente da Câmara Municipal de Lamego, a qual já foi enviada a Correia de Campos.Este, por sua vez, resolveu adiar o encerramento da maternidade.José manuel cardoso

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