O Ricardo iniciou hoje uma etapa diferente no seu percurso escolar: foi à nova escola, onde vai frequentar o 5.º ano, conhecer os colegas e assistir à recepção magnífica que os professores e alunos mais velhos prepararam para os caloiros. Canto e guitarra, flauta e piano, voz e entusiasmo, incentivo e paixão e muita, muita confiança contribuíram para que nos sentíssemos felizes. Os nossos professores são tão bons como os melhores do mundo. E apesar de mal pagos e tão maltratados, constroem futuro como ninguém.O Francisco é um dos colegas com que o Ricardo vai partilhar a aventura da aprendizagem. Infelizmente, por ser portador de uma deficiência auditiva não pôde fruir o momento musical que referi. Mas, muito pior do que isso, quando as aulas começarem a sério na próxima segunda-feira, o Francisco, apesar de presente na sala, não vai poder receber nada do muito que os professores têm para ofertar. Tudo porque o governo não colocou como devia se respeitasse a lei, um professor para o acompanhar convenientemente. Este cenário de segregação dos alunos portadores de deficiência está generalizado a todo o país e desmascara a insensata demagogia governamental, que propaga vivermos no melhor dos mundos. Pode um país assim dizer-se livre? Democrático? Respeitador dos mais elementares Direitos Humanos?
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O Ricardo iniciou hoje uma etapa diferente no seu percurso escolar: foi à nova escola, onde vai frequentar o 5.º ano, conhecer os colegas e assistir à recepção magnífica que os professores e alunos mais velhos prepararam para os caloiros. Canto e guitarra, flauta e piano, voz e entusiasmo, incentivo e paixão e muita, muita confiança contribuíram para que nos sentíssemos felizes. Os nossos professores são tão bons como os melhores do mundo. E apesar de mal pagos e tão maltratados, constroem futuro como ninguém.O Francisco é um dos colegas com que o Ricardo vai partilhar a aventura da aprendizagem. Infelizmente, por ser portador de uma deficiência auditiva não pôde fruir o momento musical que referi. Mas, muito pior do que isso, quando as aulas começarem a sério na próxima segunda-feira, o Francisco, apesar de presente na sala, não vai poder receber nada do muito que os professores têm para ofertar. Tudo porque o governo não colocou como devia se respeitasse a lei, um professor para o acompanhar convenientemente. Este cenário de segregação dos alunos portadores de deficiência está generalizado a todo o país e desmascara a insensata demagogia governamental, que propaga vivermos no melhor dos mundos. Pode um país assim dizer-se livre? Democrático? Respeitador dos mais elementares Direitos Humanos?