A deriva gastronómica do Carlos Vidal: não devemos, repito, confundir merda com pudim!

26-05-2011
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RAP não é uma vaca sagrada, mas é o melhor humorista que este país já produziu. Sim, que os humoristas não são outra coisa senão a capacidade de um povo rir de si próprio. O português, por norma, chora ao invés de rir, pelo que o RAP dá-nos muito mais do que aquilo que alguma vez merecemos ter.

Não chega Solnado, menos ainda o José. E diga-se que os humoristas não se devem medir só em gargalhadas. As vitórias políticas deveriam contar, e muito, para a sua dimensão. Herman foi o analgésico do cavaquismo; RAP é o pesadelo do socialismo democrático, mas não só. Este, e não outro, arruinou com a soberba de Rebelo de Sousa, reduziu a extrema-direita ao ridículo que ela merece, desfez todas as figuras públicas do regime e ainda por cima fez isso tudo com piada. Ganhou o referendo que a esquerda toda esteve 35 anos para ganhar. Diz mais verdades numa crónica do que muitos cronistas numa vida de jornal. Entrou num campo em que praticamente nenhum humorista ousou entrar e fez mais para desmascarar o “sistema democrático” do que uma mão cheia de radicais como “nós”.

Se agora estourou com a candidatura de Francisco Lopes, como arrasará com a de Alegre, Nobre ou Cavaco, é porque essas candidaturas todos os dias nos dão motivos para nos atirarmos para o chão a rir. Quem quer ser levado a sério, não escolhe candidatos a brincar. A boca do PCUS não é particularmente feliz, é certo, mas o texto sobre a o Francisco Lopes não só é de ir às lágrimas como toca no ponto nevrálgico da candidatura do PCP: estará em condições, sequer, de ir a votos na primeira volta? Para que serve Lopes se este acabará por se juntar ao regimento do candidato do BE, do PS e do Governo?

RAP não é uma vaca sagrada, mas é o melhor humorista que este país já produziu. Sim, que os humoristas não são outra coisa senão a capacidade de um povo rir de si próprio. O português, por norma, chora ao invés de rir, pelo que o RAP dá-nos muito mais do que aquilo que alguma vez merecemos ter.

Não chega Solnado, menos ainda o José. E diga-se que os humoristas não se devem medir só em gargalhadas. As vitórias políticas deveriam contar, e muito, para a sua dimensão. Herman foi o analgésico do cavaquismo; RAP é o pesadelo do socialismo democrático, mas não só. Este, e não outro, arruinou com a soberba de Rebelo de Sousa, reduziu a extrema-direita ao ridículo que ela merece, desfez todas as figuras públicas do regime e ainda por cima fez isso tudo com piada. Ganhou o referendo que a esquerda toda esteve 35 anos para ganhar. Diz mais verdades numa crónica do que muitos cronistas numa vida de jornal. Entrou num campo em que praticamente nenhum humorista ousou entrar e fez mais para desmascarar o “sistema democrático” do que uma mão cheia de radicais como “nós”.

Se agora estourou com a candidatura de Francisco Lopes, como arrasará com a de Alegre, Nobre ou Cavaco, é porque essas candidaturas todos os dias nos dão motivos para nos atirarmos para o chão a rir. Quem quer ser levado a sério, não escolhe candidatos a brincar. A boca do PCUS não é particularmente feliz, é certo, mas o texto sobre a o Francisco Lopes não só é de ir às lágrimas como toca no ponto nevrálgico da candidatura do PCP: estará em condições, sequer, de ir a votos na primeira volta? Para que serve Lopes se este acabará por se juntar ao regimento do candidato do BE, do PS e do Governo?

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