Francisco Lopes: Voto em Cavaco ou Alegre não vacina contra o Governo

15-01-2011
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Um dia de campanha cinzento com menos fôlego que os anteriores. Francisco Lopes passou de raspão pelo distrito de Aveiro, apenas com duas iniciativas que começaram tarde e não ganharam entusiasmo.

O comício nocturno em São João da Madeira foi o menos concorrido dos realizados nesta campanha. As cerca de 250 pessoas não chegaram para entupir o salão dos bombeiros e a iniciativa teve de atrasar meia hora para lá da hora marcada à espera de uma casa composta.

Na sua intervenção, Francisco Lopes avançou contra os principais candidatos, garantindo que o voto nesses nomes não trazia segurança. “Não é por terem votado no passado neste ou naquele candidato que deixam de ser atingidos por estas políticas”, avisou o candidato antes de se apresentar como o único que fizera frente às medidas que afectam o dia-a-dia dos portugueses.

“Há os candidatos do orçamento”, clamou o comunista, referindo-se a “todos aqueles que consideraram que este OE era inevitável”. Ou seja, todos menos o próprio. E elencou depois os temas que os outros candidatos calavam. Um Orçamento com políticas que “caíram em cima dos portugueses”, agricultura ameaçada, “desindustrialização” e “liberdade no trabalho”, denunciou. E no dia que Cavaco falou na reforma de 800 euros da sua mulher, Lopes insistiu “que estes problemas [fossem] trazidos ao debate mesmo que depois sejam submergidos pelos fait-divers das outras campanhas”.

Acusou mesmo os outros candidatos de “hipocrisia”: “Uma coisa é a solidariedade outra é a hipocrisia dos responsáveis políticos” perante os sinais de probreza resultantes das medidas implementadas pelo Governo.

A arruada em Aveiro não teve também a adesão de outras. Menos de 100 pessoas acompanharam Francisco Lopes pela principal avenida da cidade, larga demais para que a comitiva atrapalhasse o corrupio do fim da tarde. Ainda assim, a passagem por ali serviu para o candidato dar voz às dificuldades quotidianas. “Já chegou a isso?”, perguntou Francisco Lopes na lavandaria de Maria Oliveira, quando a proprietária lhe contou que algumas das roupas deixavam de ser levantadas quando apresentava a factura aos clientes.

Aproveitou estar “num distrito ligado ao mar” para reagir à proposta de Cavaco para o regresso do respectivo ministério. Desses gabinetes houvera já muitos, lembrou. “Já houve ministérios do Mar nas décadas de 80 e 90. E o que fizeram esses ministérios?”, perguntou Francisco Lopes. O dirigente comunista, sublinhou que os Governos do passado, em vez de estarem “ao serviço da indústria do mar” haviam optado pela “liquidação da frota pesqueira”. Uma referência aos anos de Governo de Cavaco Silva.

Por isso rematou que, para tirar Portugal “deste atoleiro” seria necessário um outro tipo de Presidente da República: “É tempo de mudar esta concepção de que na Presidência esteja alguém que perceba de mercados financeiros.” Porque “o futuro de Portugal está na produção nacional”, algo incompreensível – acrescentou – para quem “se sintoniza com os especuladores”.

Um dia de campanha cinzento com menos fôlego que os anteriores. Francisco Lopes passou de raspão pelo distrito de Aveiro, apenas com duas iniciativas que começaram tarde e não ganharam entusiasmo.

O comício nocturno em São João da Madeira foi o menos concorrido dos realizados nesta campanha. As cerca de 250 pessoas não chegaram para entupir o salão dos bombeiros e a iniciativa teve de atrasar meia hora para lá da hora marcada à espera de uma casa composta.

Na sua intervenção, Francisco Lopes avançou contra os principais candidatos, garantindo que o voto nesses nomes não trazia segurança. “Não é por terem votado no passado neste ou naquele candidato que deixam de ser atingidos por estas políticas”, avisou o candidato antes de se apresentar como o único que fizera frente às medidas que afectam o dia-a-dia dos portugueses.

“Há os candidatos do orçamento”, clamou o comunista, referindo-se a “todos aqueles que consideraram que este OE era inevitável”. Ou seja, todos menos o próprio. E elencou depois os temas que os outros candidatos calavam. Um Orçamento com políticas que “caíram em cima dos portugueses”, agricultura ameaçada, “desindustrialização” e “liberdade no trabalho”, denunciou. E no dia que Cavaco falou na reforma de 800 euros da sua mulher, Lopes insistiu “que estes problemas [fossem] trazidos ao debate mesmo que depois sejam submergidos pelos fait-divers das outras campanhas”.

Acusou mesmo os outros candidatos de “hipocrisia”: “Uma coisa é a solidariedade outra é a hipocrisia dos responsáveis políticos” perante os sinais de probreza resultantes das medidas implementadas pelo Governo.

A arruada em Aveiro não teve também a adesão de outras. Menos de 100 pessoas acompanharam Francisco Lopes pela principal avenida da cidade, larga demais para que a comitiva atrapalhasse o corrupio do fim da tarde. Ainda assim, a passagem por ali serviu para o candidato dar voz às dificuldades quotidianas. “Já chegou a isso?”, perguntou Francisco Lopes na lavandaria de Maria Oliveira, quando a proprietária lhe contou que algumas das roupas deixavam de ser levantadas quando apresentava a factura aos clientes.

Aproveitou estar “num distrito ligado ao mar” para reagir à proposta de Cavaco para o regresso do respectivo ministério. Desses gabinetes houvera já muitos, lembrou. “Já houve ministérios do Mar nas décadas de 80 e 90. E o que fizeram esses ministérios?”, perguntou Francisco Lopes. O dirigente comunista, sublinhou que os Governos do passado, em vez de estarem “ao serviço da indústria do mar” haviam optado pela “liquidação da frota pesqueira”. Uma referência aos anos de Governo de Cavaco Silva.

Por isso rematou que, para tirar Portugal “deste atoleiro” seria necessário um outro tipo de Presidente da República: “É tempo de mudar esta concepção de que na Presidência esteja alguém que perceba de mercados financeiros.” Porque “o futuro de Portugal está na produção nacional”, algo incompreensível – acrescentou – para quem “se sintoniza com os especuladores”.

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