NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: Breve reflexão acerca do MIL…

21-01-2011
marcar artigo


O MIL: Movimento Internacional Lusófono tomou, até ao momento, posição sobre três questões:1. O reforço da CPLP, através da criação de uma “Força Lusófona de Manutenção de Paz” (teor da petição que lançámos), a propósito do que aconteceu em Timor (objecto também de um primeiro comunicado).2. A ratificação do Acordo Ortográfico (que só não foi objecto de uma Petição porque, entretanto, o Governo Português, finalmente, desbloqueou a sua posição).3. A defesa dos direitos dos tibetanos face à ocupação chinesa (aí não lançámos petição alguma; limitámo-nos a apoiar uma Petição já existente).Já nos incitaram a tomar posições sobre outros temas. A esse respeito, defendo que o MIL deve ser prudente e não cair na tentação de tomar posição sobre tudo, sob pena da sua voz se banalizar. Mas, obviamente, há espaço para a discordância. Quem achar que o MIL deve tomar posição pública sobre um qualquer tema, deve enviar-nos uma mensagem nesse sentido, de modo a que a Comissão Coordenadora do MIL possa depois tomar uma decisão.Quanto às três referidas questões, houve também espaço para a discordância:- houve quem tivesse achado a iniciativa mais consensual a referente ao Tibete; ao invés, houve quem tivesse achado que o MIL não se devia ter pronunciado, dado o Tibete estar fora do espaço lusófono.- houve e há quem seja contra o Acordo Ortográfico.- finalmente, há pessoas que, tendo aderido ao MIL, não assinaram a nossa Petição.A esse respeito, expresso a minha opinião pessoal:A medida mais consensual que o MIL tomou foi a petição “Por Força Lusófona de Manutenção de Paz”. A esse respeito, recordo a resposta de Amândio Silva, da Comissão Coordenadora do MIL: “Se isso visa o reforço da CPLP, não vejo como (um membro do MIL) possa ser contra”. Também, pela minha parte, continuo a não ver…Quanto ao Acordo Ortográfico, defendo-o pessoalmente mas não o considero tão decisivo. O reforço da CPLP, grande objectivo do MIL, poder-se-ia fazer, em teoria, sem o Acordo. Mas já que finalmente chegámos a ele, o MIL não pode deixar de o apoiar, com a ressalva que o Acordo que defendemos está muito para além do plano ortográfico – como já escrevi a esse respeito: “O Acordo Ortográfico pode ser, a esse respeito, um bom princípio, até do ponto de vista simbólico – nos fóruns internacionais, como na ONU, os documentos não terão que ser mais traduzidos para as duas variantes da língua lusa (o que, convenhamos, é por inteiro absurdo), mas apenas para uma, aparecendo todo o espaço lusófono como um único Bloco... Através desse Acordo, desde logo, o que o MIL pretende não é senão isso - que os diversos países lusófonos se (re)aproximem, no aprofundamento das suas relações: linguísticas, mas também culturais, mas também económicas, mas também políticas... O Acordo Ortográfico será apenas, na nossa perspectiva, o começo desse Movimento, dessa Dinâmica.”.Finalmente, considero que a posição do MIL relativamente ao Tibete, não tendo sido despropositada, foi a que, por razões óbvias, menos teve a ver com a nossa Declaração de Princípios e Objectivos. O MIL, fazendo jus ao nome, deve sobretudo preocupar-se com o que se passa no espaço lusófono. Ainda que não só. Só assim cumpriremos a nossa vocação universalista…


O MIL: Movimento Internacional Lusófono tomou, até ao momento, posição sobre três questões:1. O reforço da CPLP, através da criação de uma “Força Lusófona de Manutenção de Paz” (teor da petição que lançámos), a propósito do que aconteceu em Timor (objecto também de um primeiro comunicado).2. A ratificação do Acordo Ortográfico (que só não foi objecto de uma Petição porque, entretanto, o Governo Português, finalmente, desbloqueou a sua posição).3. A defesa dos direitos dos tibetanos face à ocupação chinesa (aí não lançámos petição alguma; limitámo-nos a apoiar uma Petição já existente).Já nos incitaram a tomar posições sobre outros temas. A esse respeito, defendo que o MIL deve ser prudente e não cair na tentação de tomar posição sobre tudo, sob pena da sua voz se banalizar. Mas, obviamente, há espaço para a discordância. Quem achar que o MIL deve tomar posição pública sobre um qualquer tema, deve enviar-nos uma mensagem nesse sentido, de modo a que a Comissão Coordenadora do MIL possa depois tomar uma decisão.Quanto às três referidas questões, houve também espaço para a discordância:- houve quem tivesse achado a iniciativa mais consensual a referente ao Tibete; ao invés, houve quem tivesse achado que o MIL não se devia ter pronunciado, dado o Tibete estar fora do espaço lusófono.- houve e há quem seja contra o Acordo Ortográfico.- finalmente, há pessoas que, tendo aderido ao MIL, não assinaram a nossa Petição.A esse respeito, expresso a minha opinião pessoal:A medida mais consensual que o MIL tomou foi a petição “Por Força Lusófona de Manutenção de Paz”. A esse respeito, recordo a resposta de Amândio Silva, da Comissão Coordenadora do MIL: “Se isso visa o reforço da CPLP, não vejo como (um membro do MIL) possa ser contra”. Também, pela minha parte, continuo a não ver…Quanto ao Acordo Ortográfico, defendo-o pessoalmente mas não o considero tão decisivo. O reforço da CPLP, grande objectivo do MIL, poder-se-ia fazer, em teoria, sem o Acordo. Mas já que finalmente chegámos a ele, o MIL não pode deixar de o apoiar, com a ressalva que o Acordo que defendemos está muito para além do plano ortográfico – como já escrevi a esse respeito: “O Acordo Ortográfico pode ser, a esse respeito, um bom princípio, até do ponto de vista simbólico – nos fóruns internacionais, como na ONU, os documentos não terão que ser mais traduzidos para as duas variantes da língua lusa (o que, convenhamos, é por inteiro absurdo), mas apenas para uma, aparecendo todo o espaço lusófono como um único Bloco... Através desse Acordo, desde logo, o que o MIL pretende não é senão isso - que os diversos países lusófonos se (re)aproximem, no aprofundamento das suas relações: linguísticas, mas também culturais, mas também económicas, mas também políticas... O Acordo Ortográfico será apenas, na nossa perspectiva, o começo desse Movimento, dessa Dinâmica.”.Finalmente, considero que a posição do MIL relativamente ao Tibete, não tendo sido despropositada, foi a que, por razões óbvias, menos teve a ver com a nossa Declaração de Princípios e Objectivos. O MIL, fazendo jus ao nome, deve sobretudo preocupar-se com o que se passa no espaço lusófono. Ainda que não só. Só assim cumpriremos a nossa vocação universalista…

marcar artigo