O Banheirense

03-08-2010
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A força do hálitoA força do hálito é como o que tem que ser.E o que tem que ser tem muita força.Vai (ou vem) um sujeito, abre a boca e eis que a gente,que no fundo é sempre a mesma,desmonta a tenda e vai halitar-se para outro lado,que no fundo é sempre o mesmo.Sovacos pompeando vinagres e bafios,não são nada --bah...-- em comparaçãocom certos hálitos que até parece que sobem do coração."Ai onde transpira agorao bom sovaco de outrora!"Virilhas colaborando com parentesis ou cedilhassão autênticas (e sem hálito) maravirilhas.Quando muito alguns pingos nos refegos, nas braguilhas,amoniacal bafor que suporta sem doraquele que está ao rés de tal teor.Mas o mau hálito é pior que a palavrasobretudo se não for da tua lavra.Da malvada, da cárie ou, meu deus, do infinito,o mau hálito é sempre, na narina,como o baudelaireano, desesperado gritoda "charogne" que apodrecer não queria.Alexandre O'NeillEtiquetas: o canto dos poetas

A força do hálitoA força do hálito é como o que tem que ser.E o que tem que ser tem muita força.Vai (ou vem) um sujeito, abre a boca e eis que a gente,que no fundo é sempre a mesma,desmonta a tenda e vai halitar-se para outro lado,que no fundo é sempre o mesmo.Sovacos pompeando vinagres e bafios,não são nada --bah...-- em comparaçãocom certos hálitos que até parece que sobem do coração."Ai onde transpira agorao bom sovaco de outrora!"Virilhas colaborando com parentesis ou cedilhassão autênticas (e sem hálito) maravirilhas.Quando muito alguns pingos nos refegos, nas braguilhas,amoniacal bafor que suporta sem doraquele que está ao rés de tal teor.Mas o mau hálito é pior que a palavrasobretudo se não for da tua lavra.Da malvada, da cárie ou, meu deus, do infinito,o mau hálito é sempre, na narina,como o baudelaireano, desesperado gritoda "charogne" que apodrecer não queria.Alexandre O'NeillEtiquetas: o canto dos poetas

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