terra da alegria

22-12-2009
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sexta-feira, dezembro 8 Breve texto sobre a dificuldade da oração

Houve um tempo em que a oração era emotiva, coisa vivida em encontros de jovens que despertavam para a intimidade e para a poesia.

Houve um tempo em que a oração era acção, coisa experimentada num movimento que privilegiava o ver-julgar-agir.

Hoje há um tempo em que a oração não nasce. Em tempos alguém dizia, e eu repetia, que a minha vida seja uma oração . Mas a vida não se compadece com tempos para reflectir e de nada nos valem as trovas do vento que passa . O vento sopra fraco e nem pela brisa da tarde sentimos Deus a passear.

Leio as palavras que os meus amigos da Terra vertem aqui e sinto um sobressalto - pela alegria, pela dúvida, pela provocação, pela história, pela memória, pela contemplação, pela poesia: a oração em cada um deles , em cada um dos seus textos.

A mim, quem me dera saber fazê-lo. Parar para escutar, saber ouvir, poder contemplar. Descreio. Queria, nestes tempos sem oração, sem que a oração nasça comigo, poder ser - à imagem de Francisco de Assis - «um instrumento de paz». Mas é difícil. Todos os dias fazer a paz, quando nos confrontam, nos insultam ou nos encorajam a aplaudir os senhores da guerra. Todos os dias cansa.

« Onde houver ódio, que eu leve o amor,

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.

Onde houver discórdia, que eu leve a união.

Onde houver dúvida, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade.

Onde houver desespero, que eu leve a esperança.

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.

Onde houver trevas, que eu leve a luz!

Ó Mestre,

Fazei que eu procure mais.

Consolar, que ser consolado.

Compreender, que ser compreendido.

Amar, que ser amado.

Pois é dando, que se recebe.

É perdoando, que se é perdoado e

é morrendo, que se vive para a vida eterna .»

Um dia, M. entrou na basílica de Assis. E ela que não crê escreveu-me que ali se tinha sobressaltado . Se fosse possível uma réstia para mim e para este nosso tempo...

Miguel Marujo

CIBERTÚLIA ] - 6 de Outubro de 2004 [post escolhido por José Houve um tempo em que a oração era mecânica, coisa aprendida na catequese de raras dúvidas e absolutas certezas.Houve um tempo em que a oração era emotiva, coisa vivida em encontros de jovens que despertavam para a intimidade e para a poesia.Houve um tempo em que a oração era acção, coisa experimentada num movimento que privilegiava o ver-julgar-agir.Hoje há um tempo em que a oração não nasce. Em tempos alguém dizia, e eu repetia,. Mas a vida não se compadece com tempos para reflectir e de nada nos valem. O vento sopra fraco e nem pela brisa da tarde sentimos Deus a passear.Leio as palavras que os meus amigos da Terra vertem aqui e sinto um sobressalto - pela alegria, pela dúvida, pela provocação, pela história, pela memória, pela contemplação, pela poesia:, em cada um dos seus textos.A mim, quem me dera saber fazê-lo. Parar para escutar, saber ouvir, poder contemplar. Descreio. Queria, nestes tempos sem oração, sem que a oração nasça comigo, poder ser - à imagem de Francisco de Assis - «um instrumento de paz». Mas é difícil. Todos os dias fazer a paz, quando nos confrontam, nos insultam ou nos encorajam a aplaudir os senhores da guerra. Todos os dias cansa..»Um dia, M. entrou na basílica de Assis. E ela que não crê escreveu-me que ali se tinha. Se fosse possível uma réstia para mim e para este nosso tempo...

sexta-feira, dezembro 8 Breve texto sobre a dificuldade da oração

Houve um tempo em que a oração era emotiva, coisa vivida em encontros de jovens que despertavam para a intimidade e para a poesia.

Houve um tempo em que a oração era acção, coisa experimentada num movimento que privilegiava o ver-julgar-agir.

Hoje há um tempo em que a oração não nasce. Em tempos alguém dizia, e eu repetia, que a minha vida seja uma oração . Mas a vida não se compadece com tempos para reflectir e de nada nos valem as trovas do vento que passa . O vento sopra fraco e nem pela brisa da tarde sentimos Deus a passear.

Leio as palavras que os meus amigos da Terra vertem aqui e sinto um sobressalto - pela alegria, pela dúvida, pela provocação, pela história, pela memória, pela contemplação, pela poesia: a oração em cada um deles , em cada um dos seus textos.

A mim, quem me dera saber fazê-lo. Parar para escutar, saber ouvir, poder contemplar. Descreio. Queria, nestes tempos sem oração, sem que a oração nasça comigo, poder ser - à imagem de Francisco de Assis - «um instrumento de paz». Mas é difícil. Todos os dias fazer a paz, quando nos confrontam, nos insultam ou nos encorajam a aplaudir os senhores da guerra. Todos os dias cansa.

« Onde houver ódio, que eu leve o amor,

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.

Onde houver discórdia, que eu leve a união.

Onde houver dúvida, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade.

Onde houver desespero, que eu leve a esperança.

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.

Onde houver trevas, que eu leve a luz!

Ó Mestre,

Fazei que eu procure mais.

Consolar, que ser consolado.

Compreender, que ser compreendido.

Amar, que ser amado.

Pois é dando, que se recebe.

É perdoando, que se é perdoado e

é morrendo, que se vive para a vida eterna .»

Um dia, M. entrou na basílica de Assis. E ela que não crê escreveu-me que ali se tinha sobressaltado . Se fosse possível uma réstia para mim e para este nosso tempo...

Miguel Marujo

CIBERTÚLIA ] - 6 de Outubro de 2004 [post escolhido por José Houve um tempo em que a oração era mecânica, coisa aprendida na catequese de raras dúvidas e absolutas certezas.Houve um tempo em que a oração era emotiva, coisa vivida em encontros de jovens que despertavam para a intimidade e para a poesia.Houve um tempo em que a oração era acção, coisa experimentada num movimento que privilegiava o ver-julgar-agir.Hoje há um tempo em que a oração não nasce. Em tempos alguém dizia, e eu repetia,. Mas a vida não se compadece com tempos para reflectir e de nada nos valem. O vento sopra fraco e nem pela brisa da tarde sentimos Deus a passear.Leio as palavras que os meus amigos da Terra vertem aqui e sinto um sobressalto - pela alegria, pela dúvida, pela provocação, pela história, pela memória, pela contemplação, pela poesia:, em cada um dos seus textos.A mim, quem me dera saber fazê-lo. Parar para escutar, saber ouvir, poder contemplar. Descreio. Queria, nestes tempos sem oração, sem que a oração nasça comigo, poder ser - à imagem de Francisco de Assis - «um instrumento de paz». Mas é difícil. Todos os dias fazer a paz, quando nos confrontam, nos insultam ou nos encorajam a aplaudir os senhores da guerra. Todos os dias cansa..»Um dia, M. entrou na basílica de Assis. E ela que não crê escreveu-me que ali se tinha. Se fosse possível uma réstia para mim e para este nosso tempo...

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