MARGEM ESQUERDA: A recandidatura

19-12-2009
marcar artigo

Por terras de Bouro a tentar preparar o corpo (e o espírito) para o novo ano de trabalho que, tudo o indica, vai ser tão duro como o passado, tomei conhecimento que o Dr. Élio Maia se recandidatou à Câmara de Aveiro.Sempre pensei que o ainda Presidente da Câmara de Aveiro pusesse a mão na consciência e, reconhecendo a sua manifesta incompetência para o exercício do cargo que ocupa, se retirasse para S. Bernardo, para gozar a sua reforma, guardando no currículo o facto de durante 4 anos (de má memória) ter sido o Presidente da Câmara de Aveiro. Mas não. A sua incapacidade de autocrítica, impediu-o de admitir aquilo que foi evidente no seu mandato: a falta de visão e projecto para o município, a total carência de liderança na condução das estratégias municipais, a escassez de competência, rigor e probidade do seu exercício de "triste executor dos destinos do município".Para apresentar a sua recandidatura, que até teve direito a “power-point” (nova tecnologia que não víamos ser utilizada desde a apresentação das anedóticas 29 medidas de saneamento financeiro do Dr. Pedro Ferreira), o Dr. Élio Maia, receoso que o discurso fosse semelhante ao que fez quando o Sr. Presidente da República visitou Aveiro, encomendou ao seu escriba privativo um texto “espectacular”. E este fez-lhe a vontade, demonstrando que entre o grupo de colaboradores deste Presidente da Câmara ainda há alguém que não brinca em serviço.Obviamente não vou dissecar integralmente a arenga feita, tal a quantidade de intrujices e iniquidades que foram ditas. Mas em nome da verdade tentarei desmontar algumas das perfídias proferidas.No início do seu discurso, tentando explorar a imagem de Calimero infeliz, herdeiro de uma dívida colossal que lhe provocou paralisia total (estratégia estafada que, à míngua de qualquer ideia ou obra, vem a utilizar desde o início do seu mandato e que já lhe rendeu uma vitória eleitoral), afirmou que encontrou um passivo de 282 milhões de euros (M€), tentando com o discurso subsequente fazer crer que esse era o valor da dívida herdada, explorando acintosamente o comum desconhecimento da diferença entre passivo e dívida.Ora o Dr. Élio Maia usou esse logro consciente e deliberadamente pois já por várias vezes lhe foram explicadas as diferenças entre passivo e dívida e, à partida, julgamos que tem capacidades intelectuais suficientes para as apreender.Se quisesse largar aquela estudada pose de quem não sabe distinguir uma arroba de batatas de um milhão de euros e quisesse falar verdade, teria dito que a dívida inscrita no relatório preliminar da Inspecção Geral de Finanças (IGF) à situação financeira do Município de Aveiro indicava que, em 31/12/2005, o total de dívida da Câmara era de 142 M€ e o total da dívida do Grupo Municipal era de 156 M€ (valores que já incluíam a dívida gerada pelo seu executivo nos últimos meses do ano de 2005) e que, após todas as correcções do contraditório apresentado pelos executivos camarários, a IGF acabou por fixar o montante consolidado das dívidas da CMA em 162 M€ e do Grupo Municipal em 175 M€.Poderia também ter dito que a Auren Auditores que, a soldo do Município, fez uma auditoria à CMA atestou que, na mesma data, o total da dívida da CMA era de 150 M€ e que o total da dívida do Grupo Municipal era 163 M€.Valores portanto muito afastados daqueles com que, falaciosamente começou o seu discurso e nos quais continua a insistir, mesmo sabendo que não correspondem à verdade.Ademais a situação financeira do Município era já bem conhecida antes das eleições e ele sabia ao que ia. E, como diz o nosso povo, quem não tem competência não se estabelece.Considero aliás que esta recorrente apelo à “pesada herança” fica particularmente mal a quem foi dirigente do Clube Desportivo de S. Bernardo e da Associação Social e Cultural da Terceira Idade e do Autodidacta de Aveiro e deixou ficar essas instituições na situação em que hoje se encontram.Seguidamente o novel candidato congratulou-se por o seu executivo ter pago a milhares de fornecedores grande parte das dívidas e de ter reduzido a dívida do Município a uma média de 1M€ por mês (imaginem).Todavia esqueceu-se de dizer que o pagamento aos fornecedores foi feito através da contracção de um novo empréstimo junto da CGD. Portanto a CMA não pagou qualquer dívida. Trocou apenas de credores. Mas o mais grave desta consolidação financeira (com que sempre concordámos - embora não neste montante nem nestas condições) é que quando lhe foi dado escolher a taxa do empréstimo dos 58 M€, incompetente e teimosamente, optou por uma taxa fixa de 5,9% ao invés de, como aconselhámos, optar por uma taxa variável correspondente à soma da taxa euribor a 3 meses adicionada de 0,64%. Com essa sua cega obstinação fixou os juros do empréstimo em 25 M€, juros que têm de ser pagos, conjuntamente com a dívida, em 9 anos, a partir de 2010.Se tivesse dado ouvidos à oposição e se não quisesse arriscar na evolução futura da euribor hoje poderia trocar a taxa variável por uma taxa fixa que permitiria reduzir esses encargos em mais de 10 M€.Dinheiro sem qualquer contrapartida que foi deitado à rua por simples inépcia e caturrice. Dinheiro que os aveirenses ficaram a dever mas que não corresponde a qualquer obra realizada.Quanto à diminuição da dívida temos de reconhecer que se verifica verifica-se uma aparente melhoria ligeira nas contas da CMA. Após as alienações do património municipal que foram feitas e de não ter sido feita obra que se veja nestes 4 anos outra coisa não seria de esperar. Todavia o mesmo não aconteceu com as dívidas do Grupo Municipal.Mas, relativamente às contas da CMA de 2008, ano em que o Município apresentou um prejuízo líquido de 18,5 M€, o Revisor Oficial de Contas afirmou, entre outras coisas, que em 31/12/2008, “havia contas a pagar no valor de 6M€ que não se encontravam reconhecidas nas contas do Município” e “que existiam cerca de 32 M€ de compromissos assumidos pelo Município que possivelmente se transformarão em passivo em futuro próximo”. Lá se vai a tal ligeira melhoria.O candidato da coligação falou muito de ouvir os munícipes. De facto assim foi e até sabemos que encheu 35 cadernos pautados e 2 resmas de papel costaneira com as queixas e preocupações que lhe foram apresentadas às quais, dava invariavelmente a mesma resposta: vamos a ver, vamos a ver… Mas que se saiba o único caso que conseguiu resolver foi aquele das galinhas que saltavam para o quintal do vizinho. O Dr. Élio Maia é muito bom a ouvir e a tirar apontamentos daquilo que se lhe diz. Mas resolver alguma coisa, é o resolves. E os munícipes quando vão falar com o Presidente da Câmara não vão propriamente para fazer terapia.Mas o mais importante do discurso estava para vir. Demonstrando as suas elevadas qualidades de político e gestor o Dr. Élio Maia desfilou uma série de decisões importantes que, segundo ele, tomou: a construção da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, a construção da Plataforma multimodal de Cacia, a requalificação do Museu de Aveiro, bem como os sonhos que concretizou (sonhos de outros obviamente) como o Mercado Manuel Firmino, as obras na casa Major Pessoa, a reabilitação do Convento das Carmelitas, o ferry para S. Jacinto etc., isto apenas para citar os mais apelativos.Comportando-se como um verdadeiro cuco político afirmou que consolidou sonhos, como o Parque Desportivo de Aveiro e a ligação Aveiro-Águeda e, mais do que isso, inventou novos sonhos como o Campus da Justiça, a paragem do TGV na estação de Aveiro, a garantia do governo de construir um Centro Nacional de Surf no Concelho, o projecto da Avenida de Arte contemporânea e até um novo Hospital.Mas a elevada abnegação ao serviço público e competência do agora recandidato à Câmara permitiu ainda, na boca do próprio, tratar os aveirenses de forma mais justa alargando a limpeza urbana e procedendo ao arranjo dos espaços verdes e, acima de tudo, conseguindo reparar uma profunda injustiça com a vinda do T.A.F para Aveiro.Afinal o ainda presidente Élio Maia que todos os aveirenses pensavam que nada tinha feito ao longo do seu mandato, fez coisas que ninguém imaginava, conseguiu o respeito e o interesse de todas as entidades oficiais e dos seus pares, resolveu situações que se arrastavam há imensos anos como a do Edifício da EPA ou da Frapil. Só não compreendo como é que se esqueceu de falar do mais valioso dos acordos que celebrou durante o seu mandato com os seus amigos Dr. Amândio Canha, ex-vereador do PSD e Sr. Amândio Canha Júnior, antigo Presidente da Junta de Freguesia de S. Bernardo que representaram a Vitasal e a Sociedade Aveirense de Higienização de Sal no acordo.Fez tantas coisas que o discurso que foi distribuído à imprensa rezava assim (não riam da bacoquice que é a pura verdade):E além disto tudo, ainda temos mais istoE mais isto….(e vão passando imagens de relações de mais coisas feitas….)(Ver o que tem foto e o que não tem aparece como texto, em grupos de 10 actividades, seguindo a sequência).Obras e feitos a que só o total desespero político e uma desfaçatez alarve fizeram criar uma nova paternidade. Uma total falta de humildade, senso e vergonha.O que de facto aconteceu durante o mandato em que o agora candidato da coligação esteve à frente dos destinos do nosso Município foi uma total ausência de projectos e realizações. Aveiro perdeu o cosmopolitismo que detinha, aparolou. As conversas do Milénio deram lugar às conversas de tasca, uma Câmara carismática e liderante transformou-se numa câmara amorfa e subserviente, disputando o lugar na região à Murtosa ou a Vagos, as nossas proas altaneiras foram serradas…Daí a importância da mudança e a opção por um projecto político de futuro, um projecto que mobilize todos aqueles que gostam da nossa terra e que querem construir um Aveiro melhor. Um Aveiro de excelência, um Aveiro regionalmente liderante, um Aveiro onde valha a pena viver e criar os nossos filhos e netos. Com projectos partilhados e protagonistas sérios, determinados e competentes.E isso depende apenas dos aveirenses.Publicado no Diário de Aveiro de 10/08/09Se quiser ver o discurso do Dr. Élio Maia clique aqui. Contudo o Margem Esquerda declara desde já que não se responsabiliza pelos danos intelectuais advenientes da leitura.

Por terras de Bouro a tentar preparar o corpo (e o espírito) para o novo ano de trabalho que, tudo o indica, vai ser tão duro como o passado, tomei conhecimento que o Dr. Élio Maia se recandidatou à Câmara de Aveiro.Sempre pensei que o ainda Presidente da Câmara de Aveiro pusesse a mão na consciência e, reconhecendo a sua manifesta incompetência para o exercício do cargo que ocupa, se retirasse para S. Bernardo, para gozar a sua reforma, guardando no currículo o facto de durante 4 anos (de má memória) ter sido o Presidente da Câmara de Aveiro. Mas não. A sua incapacidade de autocrítica, impediu-o de admitir aquilo que foi evidente no seu mandato: a falta de visão e projecto para o município, a total carência de liderança na condução das estratégias municipais, a escassez de competência, rigor e probidade do seu exercício de "triste executor dos destinos do município".Para apresentar a sua recandidatura, que até teve direito a “power-point” (nova tecnologia que não víamos ser utilizada desde a apresentação das anedóticas 29 medidas de saneamento financeiro do Dr. Pedro Ferreira), o Dr. Élio Maia, receoso que o discurso fosse semelhante ao que fez quando o Sr. Presidente da República visitou Aveiro, encomendou ao seu escriba privativo um texto “espectacular”. E este fez-lhe a vontade, demonstrando que entre o grupo de colaboradores deste Presidente da Câmara ainda há alguém que não brinca em serviço.Obviamente não vou dissecar integralmente a arenga feita, tal a quantidade de intrujices e iniquidades que foram ditas. Mas em nome da verdade tentarei desmontar algumas das perfídias proferidas.No início do seu discurso, tentando explorar a imagem de Calimero infeliz, herdeiro de uma dívida colossal que lhe provocou paralisia total (estratégia estafada que, à míngua de qualquer ideia ou obra, vem a utilizar desde o início do seu mandato e que já lhe rendeu uma vitória eleitoral), afirmou que encontrou um passivo de 282 milhões de euros (M€), tentando com o discurso subsequente fazer crer que esse era o valor da dívida herdada, explorando acintosamente o comum desconhecimento da diferença entre passivo e dívida.Ora o Dr. Élio Maia usou esse logro consciente e deliberadamente pois já por várias vezes lhe foram explicadas as diferenças entre passivo e dívida e, à partida, julgamos que tem capacidades intelectuais suficientes para as apreender.Se quisesse largar aquela estudada pose de quem não sabe distinguir uma arroba de batatas de um milhão de euros e quisesse falar verdade, teria dito que a dívida inscrita no relatório preliminar da Inspecção Geral de Finanças (IGF) à situação financeira do Município de Aveiro indicava que, em 31/12/2005, o total de dívida da Câmara era de 142 M€ e o total da dívida do Grupo Municipal era de 156 M€ (valores que já incluíam a dívida gerada pelo seu executivo nos últimos meses do ano de 2005) e que, após todas as correcções do contraditório apresentado pelos executivos camarários, a IGF acabou por fixar o montante consolidado das dívidas da CMA em 162 M€ e do Grupo Municipal em 175 M€.Poderia também ter dito que a Auren Auditores que, a soldo do Município, fez uma auditoria à CMA atestou que, na mesma data, o total da dívida da CMA era de 150 M€ e que o total da dívida do Grupo Municipal era 163 M€.Valores portanto muito afastados daqueles com que, falaciosamente começou o seu discurso e nos quais continua a insistir, mesmo sabendo que não correspondem à verdade.Ademais a situação financeira do Município era já bem conhecida antes das eleições e ele sabia ao que ia. E, como diz o nosso povo, quem não tem competência não se estabelece.Considero aliás que esta recorrente apelo à “pesada herança” fica particularmente mal a quem foi dirigente do Clube Desportivo de S. Bernardo e da Associação Social e Cultural da Terceira Idade e do Autodidacta de Aveiro e deixou ficar essas instituições na situação em que hoje se encontram.Seguidamente o novel candidato congratulou-se por o seu executivo ter pago a milhares de fornecedores grande parte das dívidas e de ter reduzido a dívida do Município a uma média de 1M€ por mês (imaginem).Todavia esqueceu-se de dizer que o pagamento aos fornecedores foi feito através da contracção de um novo empréstimo junto da CGD. Portanto a CMA não pagou qualquer dívida. Trocou apenas de credores. Mas o mais grave desta consolidação financeira (com que sempre concordámos - embora não neste montante nem nestas condições) é que quando lhe foi dado escolher a taxa do empréstimo dos 58 M€, incompetente e teimosamente, optou por uma taxa fixa de 5,9% ao invés de, como aconselhámos, optar por uma taxa variável correspondente à soma da taxa euribor a 3 meses adicionada de 0,64%. Com essa sua cega obstinação fixou os juros do empréstimo em 25 M€, juros que têm de ser pagos, conjuntamente com a dívida, em 9 anos, a partir de 2010.Se tivesse dado ouvidos à oposição e se não quisesse arriscar na evolução futura da euribor hoje poderia trocar a taxa variável por uma taxa fixa que permitiria reduzir esses encargos em mais de 10 M€.Dinheiro sem qualquer contrapartida que foi deitado à rua por simples inépcia e caturrice. Dinheiro que os aveirenses ficaram a dever mas que não corresponde a qualquer obra realizada.Quanto à diminuição da dívida temos de reconhecer que se verifica verifica-se uma aparente melhoria ligeira nas contas da CMA. Após as alienações do património municipal que foram feitas e de não ter sido feita obra que se veja nestes 4 anos outra coisa não seria de esperar. Todavia o mesmo não aconteceu com as dívidas do Grupo Municipal.Mas, relativamente às contas da CMA de 2008, ano em que o Município apresentou um prejuízo líquido de 18,5 M€, o Revisor Oficial de Contas afirmou, entre outras coisas, que em 31/12/2008, “havia contas a pagar no valor de 6M€ que não se encontravam reconhecidas nas contas do Município” e “que existiam cerca de 32 M€ de compromissos assumidos pelo Município que possivelmente se transformarão em passivo em futuro próximo”. Lá se vai a tal ligeira melhoria.O candidato da coligação falou muito de ouvir os munícipes. De facto assim foi e até sabemos que encheu 35 cadernos pautados e 2 resmas de papel costaneira com as queixas e preocupações que lhe foram apresentadas às quais, dava invariavelmente a mesma resposta: vamos a ver, vamos a ver… Mas que se saiba o único caso que conseguiu resolver foi aquele das galinhas que saltavam para o quintal do vizinho. O Dr. Élio Maia é muito bom a ouvir e a tirar apontamentos daquilo que se lhe diz. Mas resolver alguma coisa, é o resolves. E os munícipes quando vão falar com o Presidente da Câmara não vão propriamente para fazer terapia.Mas o mais importante do discurso estava para vir. Demonstrando as suas elevadas qualidades de político e gestor o Dr. Élio Maia desfilou uma série de decisões importantes que, segundo ele, tomou: a construção da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, a construção da Plataforma multimodal de Cacia, a requalificação do Museu de Aveiro, bem como os sonhos que concretizou (sonhos de outros obviamente) como o Mercado Manuel Firmino, as obras na casa Major Pessoa, a reabilitação do Convento das Carmelitas, o ferry para S. Jacinto etc., isto apenas para citar os mais apelativos.Comportando-se como um verdadeiro cuco político afirmou que consolidou sonhos, como o Parque Desportivo de Aveiro e a ligação Aveiro-Águeda e, mais do que isso, inventou novos sonhos como o Campus da Justiça, a paragem do TGV na estação de Aveiro, a garantia do governo de construir um Centro Nacional de Surf no Concelho, o projecto da Avenida de Arte contemporânea e até um novo Hospital.Mas a elevada abnegação ao serviço público e competência do agora recandidato à Câmara permitiu ainda, na boca do próprio, tratar os aveirenses de forma mais justa alargando a limpeza urbana e procedendo ao arranjo dos espaços verdes e, acima de tudo, conseguindo reparar uma profunda injustiça com a vinda do T.A.F para Aveiro.Afinal o ainda presidente Élio Maia que todos os aveirenses pensavam que nada tinha feito ao longo do seu mandato, fez coisas que ninguém imaginava, conseguiu o respeito e o interesse de todas as entidades oficiais e dos seus pares, resolveu situações que se arrastavam há imensos anos como a do Edifício da EPA ou da Frapil. Só não compreendo como é que se esqueceu de falar do mais valioso dos acordos que celebrou durante o seu mandato com os seus amigos Dr. Amândio Canha, ex-vereador do PSD e Sr. Amândio Canha Júnior, antigo Presidente da Junta de Freguesia de S. Bernardo que representaram a Vitasal e a Sociedade Aveirense de Higienização de Sal no acordo.Fez tantas coisas que o discurso que foi distribuído à imprensa rezava assim (não riam da bacoquice que é a pura verdade):E além disto tudo, ainda temos mais istoE mais isto….(e vão passando imagens de relações de mais coisas feitas….)(Ver o que tem foto e o que não tem aparece como texto, em grupos de 10 actividades, seguindo a sequência).Obras e feitos a que só o total desespero político e uma desfaçatez alarve fizeram criar uma nova paternidade. Uma total falta de humildade, senso e vergonha.O que de facto aconteceu durante o mandato em que o agora candidato da coligação esteve à frente dos destinos do nosso Município foi uma total ausência de projectos e realizações. Aveiro perdeu o cosmopolitismo que detinha, aparolou. As conversas do Milénio deram lugar às conversas de tasca, uma Câmara carismática e liderante transformou-se numa câmara amorfa e subserviente, disputando o lugar na região à Murtosa ou a Vagos, as nossas proas altaneiras foram serradas…Daí a importância da mudança e a opção por um projecto político de futuro, um projecto que mobilize todos aqueles que gostam da nossa terra e que querem construir um Aveiro melhor. Um Aveiro de excelência, um Aveiro regionalmente liderante, um Aveiro onde valha a pena viver e criar os nossos filhos e netos. Com projectos partilhados e protagonistas sérios, determinados e competentes.E isso depende apenas dos aveirenses.Publicado no Diário de Aveiro de 10/08/09Se quiser ver o discurso do Dr. Élio Maia clique aqui. Contudo o Margem Esquerda declara desde já que não se responsabiliza pelos danos intelectuais advenientes da leitura.

marcar artigo