Verão Verde: Jovens recebem 12 euros por dia para limpar a mata

19-12-2009
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Jovens a percorrer um itinerário florestalO distrito de Aveiro vai ter 600 jovens envolvidos na limpeza das matas e na sensibilização das populações, no âmbito do Programa de Voluntariado Jovem para as Florestas, do Instituto Português da Juventude (IPJ).O anúncio foi feito numa conferência de imprensa no Governo Civil por Catarina Rodrigues, responsável da delegação do IPJ, na apresentação do programa para este ano, a que se podem candidatar autarquias e associações como entidades promotoras.Os jovens voluntários, que terão de ter mais de 18 anos, recebem uma bolsa de 12 euros diários, terão um seguro de acidentes pessoais e formação geral e específica, mas não vão participar em acções de combate a incêndios por razões de segurança e operacionalidade, limitando a sua acção à prevenção, limpeza de matas e sensibilização de populações.Filipe Neto Brandão, governador civil de Aveiro, sublinhou "a generosidade que os jovens emprestam ao que fazem" e a importância da "pedagogia cívica do programa" para a preservação da floresta.António Ribeiro, o segundo comandante do Centro Distrital de Operações, considerou que é também uma oportunidade "para os jovens conhecerem a floresta por dentro", concluindo que "a limpeza e manutenção da floresta é um problema de gerações" pelo que a sensibilização tem de começar pelos jovens.Sem mais detalhes, torna-se impossível avaliar a importância desta iniciativa, para além da sensibilização a nível dos próprios participantes, sobretudo tendo em conta a forma como acções semelhantes foram implementadas no passado.No entanto, dividindo os participantes pelas semanas de actividade, teremos em permanência cerca de 50 jovens, desconhecendo-se detalhes organizativos e de logística, essenciais para o sucesso deste tipo de actividade.A título de exemplo, sem que exista um sistema de transporte organizado, as áreas de actuação serão escassas e sempre na periferia das povoações, onde a prevenção é, efectivamente, protagonizada pelos próprios habitantes.A própria "formação geral e específica" carece de ser explicada, para saber se estamos a falar de algo concreto, tecnicamente aprofundado e que será utilizado na prática, valorizando os formandos, ou das habituais sessões onde algumas ideias genéricas e do conhecimento de todos servem de base a divagações inúteis.Sem enquadramento, meios de transporte e comunicações, não podemos falar de prevenção, quando muito de limpeza de algumas zonas selecionadas, resultando apenas numa forma de educar os participantes, sensibilizando-os para a problemática dos incêndios florestais.


Jovens a percorrer um itinerário florestalO distrito de Aveiro vai ter 600 jovens envolvidos na limpeza das matas e na sensibilização das populações, no âmbito do Programa de Voluntariado Jovem para as Florestas, do Instituto Português da Juventude (IPJ).O anúncio foi feito numa conferência de imprensa no Governo Civil por Catarina Rodrigues, responsável da delegação do IPJ, na apresentação do programa para este ano, a que se podem candidatar autarquias e associações como entidades promotoras.Os jovens voluntários, que terão de ter mais de 18 anos, recebem uma bolsa de 12 euros diários, terão um seguro de acidentes pessoais e formação geral e específica, mas não vão participar em acções de combate a incêndios por razões de segurança e operacionalidade, limitando a sua acção à prevenção, limpeza de matas e sensibilização de populações.Filipe Neto Brandão, governador civil de Aveiro, sublinhou "a generosidade que os jovens emprestam ao que fazem" e a importância da "pedagogia cívica do programa" para a preservação da floresta.António Ribeiro, o segundo comandante do Centro Distrital de Operações, considerou que é também uma oportunidade "para os jovens conhecerem a floresta por dentro", concluindo que "a limpeza e manutenção da floresta é um problema de gerações" pelo que a sensibilização tem de começar pelos jovens.Sem mais detalhes, torna-se impossível avaliar a importância desta iniciativa, para além da sensibilização a nível dos próprios participantes, sobretudo tendo em conta a forma como acções semelhantes foram implementadas no passado.No entanto, dividindo os participantes pelas semanas de actividade, teremos em permanência cerca de 50 jovens, desconhecendo-se detalhes organizativos e de logística, essenciais para o sucesso deste tipo de actividade.A título de exemplo, sem que exista um sistema de transporte organizado, as áreas de actuação serão escassas e sempre na periferia das povoações, onde a prevenção é, efectivamente, protagonizada pelos próprios habitantes.A própria "formação geral e específica" carece de ser explicada, para saber se estamos a falar de algo concreto, tecnicamente aprofundado e que será utilizado na prática, valorizando os formandos, ou das habituais sessões onde algumas ideias genéricas e do conhecimento de todos servem de base a divagações inúteis.Sem enquadramento, meios de transporte e comunicações, não podemos falar de prevenção, quando muito de limpeza de algumas zonas selecionadas, resultando apenas numa forma de educar os participantes, sensibilizando-os para a problemática dos incêndios florestais.

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