Esquerda parlamentar trava suspensão do TGV

01-06-2010
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A suspensão do TGV (proposta pelo CDS) ou o adiamento da linha Lisboa-Madrid por três anos (proposta pelo PSD) foram travadas pela esquerda parlamentar. Mas a discussão foi acesa entre PS e CDS. E azedou entre centristas e bloquistas.

O PS, BE, PCP e PEV chumbaram os projectos de lei do PSD e do CDS para suspender ou adiar o TGV, com o argumento da necessidade de investimento público. PSD e CDS alegam a situação económica e financeira do país para adiar o projecto da alta velocidade. A deputada socialista Ana Paula Vitorino defendeu que a posição dos partidos da direita "é herdeira de um pensamento reaccionário responsável pelo isolamento de Portugal". Na resposta, o líder da bancada do CDS, Mota Soares, cita o ministro espanhol do Fomento quando anuncia o repensar dos grandes investimentos.

O CDS também quis visar directamente o BE por apoiar um decreto-lei que envolve seis parcerias público-privadas, modelo de negócio que sempre rejeitaram. "Ainda alguém vai dizer "Melos e Louçã, a mesma luta!"", apontou Mota Soares. Desta intervenção, ficou claro que "o real propósito do CDS era atacar o BE", respondeu José Manuel Pureza, líder da bancada.

O PSD, pela voz de Jorge Costa, sublinhou ainda o desencontro entre a construção da linha em Portugal e a de Espanha (mais atrasada), correndo-se o risco de haver "meio projecto ligando nenhures a lado nenhum". E mostrou um mapa do ministério espanhol do Fomento em que "a maior parte da linha está em projecto". O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, reafirmou que "do lado espanhol o compromisso é para continuar a conferir prioridade na linha Madrid-Lisboa".

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O secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, tentou contrariar a ideia do aumento da despesa, afirmando que o contrato recentemente assinado (linha Poceirão-Caia) terá um impacto irrelevante nos Orçamentos do Estado dos próximos anos. E quanto ao alegado esgotamento de dinheiro para as pequenas e médias empresas, Correia da Fonseca responde que a grande maioria do capital vem do Banco Europeu de Investimento.

Ontem, a esquerda aprovou na generalidade os projectos de lei do PS, PCP e BE sobre as uniões de facto, com votos contra do PSD e CDS e de duas deputadas independentes do PS. Além de Teresa Venda e Rosário Carneiro, do Movimento Humanismo e Democracia e eleitas pelo PS, que votaram contra, na bancada socialista, houve ainda uma abstenção do deputado Filipe Neto Brandão relativo aos projectos do PCP e BE.

A suspensão do TGV (proposta pelo CDS) ou o adiamento da linha Lisboa-Madrid por três anos (proposta pelo PSD) foram travadas pela esquerda parlamentar. Mas a discussão foi acesa entre PS e CDS. E azedou entre centristas e bloquistas.

O PS, BE, PCP e PEV chumbaram os projectos de lei do PSD e do CDS para suspender ou adiar o TGV, com o argumento da necessidade de investimento público. PSD e CDS alegam a situação económica e financeira do país para adiar o projecto da alta velocidade. A deputada socialista Ana Paula Vitorino defendeu que a posição dos partidos da direita "é herdeira de um pensamento reaccionário responsável pelo isolamento de Portugal". Na resposta, o líder da bancada do CDS, Mota Soares, cita o ministro espanhol do Fomento quando anuncia o repensar dos grandes investimentos.

O CDS também quis visar directamente o BE por apoiar um decreto-lei que envolve seis parcerias público-privadas, modelo de negócio que sempre rejeitaram. "Ainda alguém vai dizer "Melos e Louçã, a mesma luta!"", apontou Mota Soares. Desta intervenção, ficou claro que "o real propósito do CDS era atacar o BE", respondeu José Manuel Pureza, líder da bancada.

O PSD, pela voz de Jorge Costa, sublinhou ainda o desencontro entre a construção da linha em Portugal e a de Espanha (mais atrasada), correndo-se o risco de haver "meio projecto ligando nenhures a lado nenhum". E mostrou um mapa do ministério espanhol do Fomento em que "a maior parte da linha está em projecto". O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, reafirmou que "do lado espanhol o compromisso é para continuar a conferir prioridade na linha Madrid-Lisboa".

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O secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, tentou contrariar a ideia do aumento da despesa, afirmando que o contrato recentemente assinado (linha Poceirão-Caia) terá um impacto irrelevante nos Orçamentos do Estado dos próximos anos. E quanto ao alegado esgotamento de dinheiro para as pequenas e médias empresas, Correia da Fonseca responde que a grande maioria do capital vem do Banco Europeu de Investimento.

Ontem, a esquerda aprovou na generalidade os projectos de lei do PS, PCP e BE sobre as uniões de facto, com votos contra do PSD e CDS e de duas deputadas independentes do PS. Além de Teresa Venda e Rosário Carneiro, do Movimento Humanismo e Democracia e eleitas pelo PS, que votaram contra, na bancada socialista, houve ainda uma abstenção do deputado Filipe Neto Brandão relativo aos projectos do PCP e BE.

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