PIB per capita português ocupará em 2015 o pior lugar no ranking desde a adesão à UE

14-09-2010
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As previsões constam do World Economic Outlook, elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e publicado no passado mês de Abril, e mostram seis países a passar à frente de Portugal no ranking mundial do PIB per capita em 2015: a República Checa, a Coreia do Sul, Taiwan, o Bahrein, Trindade e Tobago e Omã. Actualmente, o FMI aponta que o PIB per capita nacional se situe nos 21.185 dólares (16.500 euros), devendo chegar aos 23.240 dólares daqui a cinco anos.

Há 30 anos, o valor era manifestamente inferior: 3192 dólares. No entanto, a última década de crescimento económico bastante lento e as perspectivas (do FMI, mas também de outras entidades a nível nacional e internacional) de uma continuação desta tendência nos próximos anos, devido às limitações estruturais da economia, fazem com que Portugal possa vir a perder lugares face a outros países.

O PIB per capita é um indicador muito usado para analisar a qualidade de vida de um país e tem a vantagem, face a um simples indicador do produto, de levar em conta as variações da população, que, por exemplo, têm colocado países como a Índia ou a China nos primeiros lugares do ranking das maiores economias do mundo. Segundo as previsões do FMI, 11 países ultrapassarão Portugal em 2015 em termos de valor total do PIB. São eles, por ordem decrescente, o Egipto, a Nigéria, a Malásia, a República Checa, a Roménia, Hong Kong, o Chile, Israel, a Irlanda, as Filipinas e Singapura.

Neste ranking, liderado pelos EUA, China e Japão, Portugal passaria a ocupar o 48.º lugar, enquanto este ano ocupa o 37.º, de acordo também com as previsões do FMI para 2010. Daqui a cinco anos, o nosso PIB ascenderá a quase 250 mil milhões de dólares (195 mil milhões de euros), face aos 226 mil milhões de dólares (176 mil milhões de euros) deste ano.

Para Portugal, a perda de posição é sobretudo preocupante em relação a um país em concreto: a República Checa. O país do Leste europeu tem praticamente a mesma população que Portugal, mas deverá crescer bem mais do que a economia nacional nos próximos anos.

Depois de o PIB checo ter contraído 4,3 no ano passado, as previsões do FMI apontam que cresça 1,7 este ano, 2,6 no próximo e 3,5 por ano até 2015. Em Portugal, o cenário é outro. Depois de um recuo de 2,7 por cento em 2009, o PIB nacional deverá crescer 0,3 por cento este ano. Nos próximos dois anos, o crescimento permanecerá abaixo de um por cento e, entre 2013 e 2015, andará em torno de 1,3 ou 1,4 por cento.

Em 2015, ano em que a República Checa ultrapassará Portugal, em valor de PIB per capita e de PIB real, o país do Leste europeu deverá ter já entrado ou estar prestes a entrar no euro, abolindo assim a última fronteira que lhe resta na Europa.

À semelhança de outras nações do Leste, a República Checa tem sido responsável por boa parte da deslocalização do investimento directo estrangeiro de vários países europeus, entre os quais Portugal, que apresentam custos de mão-de-obra superiores. Situado no coração da Europa, o país tem atraído indústrias na área automóvel, metalúrgica, química, electrónica, têxtil e do vidro, posicionando-se como uma das economias mais desenvolvidas e industrializadas do antigo mundo comunista da Europa Central e de Leste.

Apesar de ter sido bastante atingida pela quebra das exportações durante a crise mundial do último ano, a República Checa está a conseguir manter a balança de pagamentos corrente relativamente equilibrada. Segundo o FMI, o seu défice externo situar-se-á este ano em 1,7 por cento do PIB, bastante abaixo do de Portugal, que deverá chegar os nove por cento.

As previsões constam do World Economic Outlook, elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e publicado no passado mês de Abril, e mostram seis países a passar à frente de Portugal no ranking mundial do PIB per capita em 2015: a República Checa, a Coreia do Sul, Taiwan, o Bahrein, Trindade e Tobago e Omã. Actualmente, o FMI aponta que o PIB per capita nacional se situe nos 21.185 dólares (16.500 euros), devendo chegar aos 23.240 dólares daqui a cinco anos.

Há 30 anos, o valor era manifestamente inferior: 3192 dólares. No entanto, a última década de crescimento económico bastante lento e as perspectivas (do FMI, mas também de outras entidades a nível nacional e internacional) de uma continuação desta tendência nos próximos anos, devido às limitações estruturais da economia, fazem com que Portugal possa vir a perder lugares face a outros países.

O PIB per capita é um indicador muito usado para analisar a qualidade de vida de um país e tem a vantagem, face a um simples indicador do produto, de levar em conta as variações da população, que, por exemplo, têm colocado países como a Índia ou a China nos primeiros lugares do ranking das maiores economias do mundo. Segundo as previsões do FMI, 11 países ultrapassarão Portugal em 2015 em termos de valor total do PIB. São eles, por ordem decrescente, o Egipto, a Nigéria, a Malásia, a República Checa, a Roménia, Hong Kong, o Chile, Israel, a Irlanda, as Filipinas e Singapura.

Neste ranking, liderado pelos EUA, China e Japão, Portugal passaria a ocupar o 48.º lugar, enquanto este ano ocupa o 37.º, de acordo também com as previsões do FMI para 2010. Daqui a cinco anos, o nosso PIB ascenderá a quase 250 mil milhões de dólares (195 mil milhões de euros), face aos 226 mil milhões de dólares (176 mil milhões de euros) deste ano.

Para Portugal, a perda de posição é sobretudo preocupante em relação a um país em concreto: a República Checa. O país do Leste europeu tem praticamente a mesma população que Portugal, mas deverá crescer bem mais do que a economia nacional nos próximos anos.

Depois de o PIB checo ter contraído 4,3 no ano passado, as previsões do FMI apontam que cresça 1,7 este ano, 2,6 no próximo e 3,5 por ano até 2015. Em Portugal, o cenário é outro. Depois de um recuo de 2,7 por cento em 2009, o PIB nacional deverá crescer 0,3 por cento este ano. Nos próximos dois anos, o crescimento permanecerá abaixo de um por cento e, entre 2013 e 2015, andará em torno de 1,3 ou 1,4 por cento.

Em 2015, ano em que a República Checa ultrapassará Portugal, em valor de PIB per capita e de PIB real, o país do Leste europeu deverá ter já entrado ou estar prestes a entrar no euro, abolindo assim a última fronteira que lhe resta na Europa.

À semelhança de outras nações do Leste, a República Checa tem sido responsável por boa parte da deslocalização do investimento directo estrangeiro de vários países europeus, entre os quais Portugal, que apresentam custos de mão-de-obra superiores. Situado no coração da Europa, o país tem atraído indústrias na área automóvel, metalúrgica, química, electrónica, têxtil e do vidro, posicionando-se como uma das economias mais desenvolvidas e industrializadas do antigo mundo comunista da Europa Central e de Leste.

Apesar de ter sido bastante atingida pela quebra das exportações durante a crise mundial do último ano, a República Checa está a conseguir manter a balança de pagamentos corrente relativamente equilibrada. Segundo o FMI, o seu défice externo situar-se-á este ano em 1,7 por cento do PIB, bastante abaixo do de Portugal, que deverá chegar os nove por cento.

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