Travão a fundo no segundo semestre

10-10-2010
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Défice público atingiu 9,6 por cento na primeira metade de 2010

O Governo terá de conseguir registar na segunda metade deste ano um défice que seja quase metade do registado nos primeiros seis meses de 2010, se quiser cumprir o objectivo de défice de 7,3 por cento do produto interno bruto (PIB) prometido a Bruxelas.

De acordo com os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, o défice total das Administrações Públicas durante o primeiro semestre deste ano atingiu os 8064 milhões de euros, um valor que é equivalente a 9,6 por cento do PIB e que representa, pelo menos desde 1999, o pior resultado numa primeira metade do ano.

Também ontem, o Governo, no relatório do défice e da dívida que é entregue semestralmente a Bruxelas, reafirmou o seu objectivo de défice de 7,3 por cento do PIB no total de 2010, com um valor total de 12.440,8 milhões de euros. Para concretizar este objectivo, é necessário que o executivo consiga limitar o desequilíbrio das contas na segunda metade do ano aos 4377 milhões de euros (cinco por cento do PIB), um valor 45,7 por cento mais baixo do que o registado na primeira metade do ano e 46,2 por cento inferior ao de igual período de 2009.

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Os números ontem publicados pelo Instituto Nacional de Estatística para os dois primeiros trimestres do ano são o indicador mais preciso da evolução do défice público, uma vez que são calculados utilizando a metodologia exigida por Bruxelas. Nos dados da execução orçamental publicados pelo Ministério das Finanças - e que já são conhecidos até ao final de Agosto - o universo das Administrações Públicas considerado não é o mesmo e o método contabilístico também não.

Nos números do Instituto Nacional de Estatística, por exemplo, são incluídas as despesas com a compra do submarino Tridente, ao passo que nos dados das Finanças, em contabilidade pública, essa despesa apenas é registada no momento do pagamento.

Com estes valores, fica evidente a dimensão do esforço de contenção a que está forçado o executivo para cumprir os seus objectivos. As medidas do PEC II apenas entraram em vigor a partir da segunda metade do ano, mas, ainda assim, tem reconhecido o próprio ministro das Finanças, novas medidas poderão ser necessárias. Sérgio Aníbal

Défice público atingiu 9,6 por cento na primeira metade de 2010

O Governo terá de conseguir registar na segunda metade deste ano um défice que seja quase metade do registado nos primeiros seis meses de 2010, se quiser cumprir o objectivo de défice de 7,3 por cento do produto interno bruto (PIB) prometido a Bruxelas.

De acordo com os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, o défice total das Administrações Públicas durante o primeiro semestre deste ano atingiu os 8064 milhões de euros, um valor que é equivalente a 9,6 por cento do PIB e que representa, pelo menos desde 1999, o pior resultado numa primeira metade do ano.

Também ontem, o Governo, no relatório do défice e da dívida que é entregue semestralmente a Bruxelas, reafirmou o seu objectivo de défice de 7,3 por cento do PIB no total de 2010, com um valor total de 12.440,8 milhões de euros. Para concretizar este objectivo, é necessário que o executivo consiga limitar o desequilíbrio das contas na segunda metade do ano aos 4377 milhões de euros (cinco por cento do PIB), um valor 45,7 por cento mais baixo do que o registado na primeira metade do ano e 46,2 por cento inferior ao de igual período de 2009.

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Os números ontem publicados pelo Instituto Nacional de Estatística para os dois primeiros trimestres do ano são o indicador mais preciso da evolução do défice público, uma vez que são calculados utilizando a metodologia exigida por Bruxelas. Nos dados da execução orçamental publicados pelo Ministério das Finanças - e que já são conhecidos até ao final de Agosto - o universo das Administrações Públicas considerado não é o mesmo e o método contabilístico também não.

Nos números do Instituto Nacional de Estatística, por exemplo, são incluídas as despesas com a compra do submarino Tridente, ao passo que nos dados das Finanças, em contabilidade pública, essa despesa apenas é registada no momento do pagamento.

Com estes valores, fica evidente a dimensão do esforço de contenção a que está forçado o executivo para cumprir os seus objectivos. As medidas do PEC II apenas entraram em vigor a partir da segunda metade do ano, mas, ainda assim, tem reconhecido o próprio ministro das Finanças, novas medidas poderão ser necessárias. Sérgio Aníbal

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