Ministro das Obras Públicas garante que não desistiu do TGV

09-10-2010
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Por três vezes, o ministro das Obras Públicas classificou como "falsas" as informações divulgadas nas últimas semanas sobre o TGV e ontem lembradas pelo CDS no Parlamento, num debate sobre obras públicas.

António Mendonça garantiu a "firme intenção" do Governo em construir a linha de Alta Velocidade entre Lisboa-Madrid - incluindo o troço entre Lisboa e o Poceirão - , negando a ideia de que se desistiu do projecto. Paulo Portas, líder do CDS, chamou-lhe "uma teimosia a alta velocidade".

O ministro disse ser "falsa" a anulação do troço Lisboa-Poceirão, já que mais tarde pretende lançar um novo concurso. Quanto aos valores da obra, voltou a dizer ser "falso" de que o troço Poceirão-Caia custe o dobro, como noticiou a TVI e foi ontem lembrado por Paulo Portas.

"O custo de construção é de 1359 milhões de euros. O valor actual dos pagamentos a efectuar pelos parceiros públicos aos concessionários ao longo do período de concessão é de 1473 milhões de euros, o que inclui construção, manutenção e financiamento", afirmou. E deu como exemplo a compra de uma casa cujo valor não incluir gastos com a água ou a luz. Paulo Portas retorquiu: "É o valor final que vai à factura do contribuinte. A água, a luz e a empregada doméstica, quem é que paga? É o vizinho?"

O pingue-pongue entre os deputados do CDS e o ministro andou à volta das aparentes discrepâncias dos números do projecto de alta velocidade. O deputado do CDS Hélder Amaral questionou o ministro sobre os encargos previstos para os próximos anos, em que os números ontem divulgados pelo governante e os revelados em Maio pelo secretário de Estado das Obras Públicas diferem. Na resposta, António Mendonça disse que a discrepância dos valores tem a ver, por exemplo, com o número de parcerias público-privadas. "Daqui a uns meses, os valores podem ser diferentes, mas isso não significa que estejamos a fazer um mau trabalho", afirmou o ministro.

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António Mendonça garantiu ainda que, "em termos médios, ao longo das concessões, os encargos directos serão, por ano, de 73 milhões de euros no Orçamento do Estado" e que o projecto não terá impacto orçamental em 2010.

Nas bancadas à esquerda do PS, tanto PCP e BE defenderam a necessidade de avançar com a alta velocidade em Portugal, embora contestando o modelo de financiamento escolhido baseado nas parcerias público-privadas.

Por três vezes, o ministro das Obras Públicas classificou como "falsas" as informações divulgadas nas últimas semanas sobre o TGV e ontem lembradas pelo CDS no Parlamento, num debate sobre obras públicas.

António Mendonça garantiu a "firme intenção" do Governo em construir a linha de Alta Velocidade entre Lisboa-Madrid - incluindo o troço entre Lisboa e o Poceirão - , negando a ideia de que se desistiu do projecto. Paulo Portas, líder do CDS, chamou-lhe "uma teimosia a alta velocidade".

O ministro disse ser "falsa" a anulação do troço Lisboa-Poceirão, já que mais tarde pretende lançar um novo concurso. Quanto aos valores da obra, voltou a dizer ser "falso" de que o troço Poceirão-Caia custe o dobro, como noticiou a TVI e foi ontem lembrado por Paulo Portas.

"O custo de construção é de 1359 milhões de euros. O valor actual dos pagamentos a efectuar pelos parceiros públicos aos concessionários ao longo do período de concessão é de 1473 milhões de euros, o que inclui construção, manutenção e financiamento", afirmou. E deu como exemplo a compra de uma casa cujo valor não incluir gastos com a água ou a luz. Paulo Portas retorquiu: "É o valor final que vai à factura do contribuinte. A água, a luz e a empregada doméstica, quem é que paga? É o vizinho?"

O pingue-pongue entre os deputados do CDS e o ministro andou à volta das aparentes discrepâncias dos números do projecto de alta velocidade. O deputado do CDS Hélder Amaral questionou o ministro sobre os encargos previstos para os próximos anos, em que os números ontem divulgados pelo governante e os revelados em Maio pelo secretário de Estado das Obras Públicas diferem. Na resposta, António Mendonça disse que a discrepância dos valores tem a ver, por exemplo, com o número de parcerias público-privadas. "Daqui a uns meses, os valores podem ser diferentes, mas isso não significa que estejamos a fazer um mau trabalho", afirmou o ministro.

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António Mendonça garantiu ainda que, "em termos médios, ao longo das concessões, os encargos directos serão, por ano, de 73 milhões de euros no Orçamento do Estado" e que o projecto não terá impacto orçamental em 2010.

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