O júri presidido por Quentin Tarantino escolheu como melhor de entre os 24 filmes da competição esta miniatura minimalista sobre um actor em crise a quem o sucesso já não diz nada, escolha que o realizador de “Pulp Fiction” disse ter sido “unânime” entre os sete jurados.
O cineasta americano Monte Hellman, presente a concurso com “Road to Nowhere”, recebeu um Leão de Ouro Especial pelo conjunto da sua obra. “Essential Killing”, do polaco Jerzy Skolimowski, ganhou o Prémio Especial do Júri e valeu a Vincent Gallo a Taça Volpi para Melhor Interpretação Masculina, e “Balada Triste de Trompeta” deu ao cineasta espanhol Alex de la Iglesia os prémios de Melhor Realização e Melhor Argumento.
A actriz franco-grega Ariane Lebed foi Melhor Actriz pelo filme grego de Athina Rachel Tsangari, “Attenberg”, e Mila Kunis recebeu o prémio Marcello Mastroianni para um jovem actor ou actriz por “Black Swan”, de Darren Aronofsky. O prémio de Melhor Contribuição Artística coube a Mikhail Krichman pela fotografia do filme do russo Alexei Fedorchenko, “Silent Souls”.
O palmarés foi uma enorme surpresa para os observadores, visto que nenhum dos filmes premiados estava entre os preferidos da crítica presente na Mostra.
No entanto, Tarantino avisara, logo na sua introdução, que o “cinema” fora o único padrão pelo qual o júri se regera. E todos os filmes premiados, muito diferentes entre si, são de facto obras singulares que exploram de modo particularmente sofisticado o cinema como arte audiovisual completa.
As escolhas do júri, composto ainda pela actriz lituana Ingeborga Dapkunaite, pelo compositor Danny Elfman e pelos realizadores Guillermo Arriaga, Arnaud Desplechin, Luca Guadagnino e Gabriele Salvatores, foram recebidas com vaias na sala de imprensa do Palazzo del Casinò, onde os jornalistas assistiram em directo à cerimónia de encerramento do Festival de Veneza.
A maior vaia da noite recebeu a atribuição do Prémio de Melhor Actor a Vincent Gallo, que interpreta no filme de Skolimowski um muçulmano capturado pelo exército americano no Afeganistão. O actor americano, que causou este ano escândalo no Lido com a sua terceira longa-metragem, “Promises Written in Water”, está presente em praticamente todos os planos de “Essential Killing” sem nunca pronunciar uma única palavra de diálogo.
Noutros prémios, atribuídos por júris separados, o Leão do Futuro para primeira obra de longa-metragem coube a “Cogunluk”, do turco Seren Yuce, apresentado na secção Giornate degli Autori; o melhor filme da secção Orizzonti foi “Verano de Goliat”, do mexicano Nicolás Pereda; e “20 Sigarette”, de Aureliano Amadei, recebeu o prémio da secção Controcampo Italiano. “Avatar”, de James Cameron, e “Como Treinares o Teu Dragão”, de Dean de Blois e Chris Sanders, partilharam o prémio 3-D atribuído ao filme dos últimos doze meses que melhor uso fez da tecnologia estereoscópica.
Notícia actualizada às 19h45
Categorias
Entidades
O júri presidido por Quentin Tarantino escolheu como melhor de entre os 24 filmes da competição esta miniatura minimalista sobre um actor em crise a quem o sucesso já não diz nada, escolha que o realizador de “Pulp Fiction” disse ter sido “unânime” entre os sete jurados.
O cineasta americano Monte Hellman, presente a concurso com “Road to Nowhere”, recebeu um Leão de Ouro Especial pelo conjunto da sua obra. “Essential Killing”, do polaco Jerzy Skolimowski, ganhou o Prémio Especial do Júri e valeu a Vincent Gallo a Taça Volpi para Melhor Interpretação Masculina, e “Balada Triste de Trompeta” deu ao cineasta espanhol Alex de la Iglesia os prémios de Melhor Realização e Melhor Argumento.
A actriz franco-grega Ariane Lebed foi Melhor Actriz pelo filme grego de Athina Rachel Tsangari, “Attenberg”, e Mila Kunis recebeu o prémio Marcello Mastroianni para um jovem actor ou actriz por “Black Swan”, de Darren Aronofsky. O prémio de Melhor Contribuição Artística coube a Mikhail Krichman pela fotografia do filme do russo Alexei Fedorchenko, “Silent Souls”.
O palmarés foi uma enorme surpresa para os observadores, visto que nenhum dos filmes premiados estava entre os preferidos da crítica presente na Mostra.
No entanto, Tarantino avisara, logo na sua introdução, que o “cinema” fora o único padrão pelo qual o júri se regera. E todos os filmes premiados, muito diferentes entre si, são de facto obras singulares que exploram de modo particularmente sofisticado o cinema como arte audiovisual completa.
As escolhas do júri, composto ainda pela actriz lituana Ingeborga Dapkunaite, pelo compositor Danny Elfman e pelos realizadores Guillermo Arriaga, Arnaud Desplechin, Luca Guadagnino e Gabriele Salvatores, foram recebidas com vaias na sala de imprensa do Palazzo del Casinò, onde os jornalistas assistiram em directo à cerimónia de encerramento do Festival de Veneza.
A maior vaia da noite recebeu a atribuição do Prémio de Melhor Actor a Vincent Gallo, que interpreta no filme de Skolimowski um muçulmano capturado pelo exército americano no Afeganistão. O actor americano, que causou este ano escândalo no Lido com a sua terceira longa-metragem, “Promises Written in Water”, está presente em praticamente todos os planos de “Essential Killing” sem nunca pronunciar uma única palavra de diálogo.
Noutros prémios, atribuídos por júris separados, o Leão do Futuro para primeira obra de longa-metragem coube a “Cogunluk”, do turco Seren Yuce, apresentado na secção Giornate degli Autori; o melhor filme da secção Orizzonti foi “Verano de Goliat”, do mexicano Nicolás Pereda; e “20 Sigarette”, de Aureliano Amadei, recebeu o prémio da secção Controcampo Italiano. “Avatar”, de James Cameron, e “Como Treinares o Teu Dragão”, de Dean de Blois e Chris Sanders, partilharam o prémio 3-D atribuído ao filme dos últimos doze meses que melhor uso fez da tecnologia estereoscópica.
Notícia actualizada às 19h45