BLOG TAGV: Sátira política sobre o "Ruhnama"

15-10-2009
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[Notícia-TAGV]CINEMA, DIA 27, 21H00 [Doc TAGV/FEUC]SOMBRA DO LIVRO SAGRADO, de Arto Halonen[Finlândia, 2007, 90`][filme falado em francês, legendado em inglês]Filme comentado por Brice Mackosso, Luís Peres Lopes e Fernando RosasO filme é uma audaciosa e exuberante sátira política que nos fala da cumplicidade das empresas multinacionais no apoio e na legitimação do ditador Saparmurat Niyazov, do Turkmenistão, um dos mais notórios e brutais violadores à escala mundial dos direitos humanos. Niyazov, auto-nomeado presidente vitalício, transformou uma remota república da Ásia central num dos regimes mais opressivos, megalómanos e estranhos da história recente. O Turquemenistão, que faz fronteira com Kazakistão, Uzbequistão, Afeganistão e Irão, é igualmente uma das maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo. Esta dotação de recursos atraiu os líderes mundiais e as maiores empresas multinacionais, que deixam de lado os conceitos morais e ajudam a manter o regime de pé, para garantir negócios altamente rentáveis.A expressão “Livro Sagrado” no título do filme refere-se ao livro Ruhnama escrito por Niyazov, que é uma mistura da lenda e do seu próprio pensamento neurótico e que funciona como peça central na arquitectura da sua ditadura, mesmo mais do que serviu “o pequeno livro vermelho” de Mao. O Ruhnama foi inteiramente integrado no sistema educativo turquemeno, ensinado nas aulas de literatura e matemática, e a sua memorização é exigida mesmo para obter uma carta de condução. Desejando ser o 13º profeta do Islão, Niyazov irritou muitos dos líderes religiosos muçulmanos do país com as suas tentativas de tornar o Ruhnama tão proeminente como o Corão, encarcerando mesmo aqueles que o criticam. Então, porque é que este “livro sagrado” foi traduzido em quarenta línguas, com traduções pagas por algumas das maiores empresas do mundo? Empresas como Siemens, Daimler-Chrysler, Caterpillar, John Deere, Bouygues, entre muitas outras, submeteram-se a este discurso absurdo a que deram o seu apoio.organização TAGV e FEUCentrada gratuita

[Notícia-TAGV]CINEMA, DIA 27, 21H00 [Doc TAGV/FEUC]SOMBRA DO LIVRO SAGRADO, de Arto Halonen[Finlândia, 2007, 90`][filme falado em francês, legendado em inglês]Filme comentado por Brice Mackosso, Luís Peres Lopes e Fernando RosasO filme é uma audaciosa e exuberante sátira política que nos fala da cumplicidade das empresas multinacionais no apoio e na legitimação do ditador Saparmurat Niyazov, do Turkmenistão, um dos mais notórios e brutais violadores à escala mundial dos direitos humanos. Niyazov, auto-nomeado presidente vitalício, transformou uma remota república da Ásia central num dos regimes mais opressivos, megalómanos e estranhos da história recente. O Turquemenistão, que faz fronteira com Kazakistão, Uzbequistão, Afeganistão e Irão, é igualmente uma das maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo. Esta dotação de recursos atraiu os líderes mundiais e as maiores empresas multinacionais, que deixam de lado os conceitos morais e ajudam a manter o regime de pé, para garantir negócios altamente rentáveis.A expressão “Livro Sagrado” no título do filme refere-se ao livro Ruhnama escrito por Niyazov, que é uma mistura da lenda e do seu próprio pensamento neurótico e que funciona como peça central na arquitectura da sua ditadura, mesmo mais do que serviu “o pequeno livro vermelho” de Mao. O Ruhnama foi inteiramente integrado no sistema educativo turquemeno, ensinado nas aulas de literatura e matemática, e a sua memorização é exigida mesmo para obter uma carta de condução. Desejando ser o 13º profeta do Islão, Niyazov irritou muitos dos líderes religiosos muçulmanos do país com as suas tentativas de tornar o Ruhnama tão proeminente como o Corão, encarcerando mesmo aqueles que o criticam. Então, porque é que este “livro sagrado” foi traduzido em quarenta línguas, com traduções pagas por algumas das maiores empresas do mundo? Empresas como Siemens, Daimler-Chrysler, Caterpillar, John Deere, Bouygues, entre muitas outras, submeteram-se a este discurso absurdo a que deram o seu apoio.organização TAGV e FEUCentrada gratuita

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