MEMÓRIAS: A Acção da Base Aérea de Tancos (1)

20-05-2011
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Para criar relações ou até, se possível, amigos na blogosfera usei a consagrada técnica de deixar um comentário nos seus blogs. Às vezes a iniciativa pega. Sucedeu, por exemplo, com a Mona Lisa, com o Alexandre Narciso ou com a Micas. De vez em quando deixam aqui no Memórias ou no Puxa Palavra simpáticos comentários. Outras vezes chegam mesmo a atribuir-me virtudes ou feitos que relevam apenas da sua generosa amizade.Gostam de visitar memórias antigas que aqui vou registando. Assim e para não desmerecer da sua amizade vou transcrever algumas breves passagens do livro que conta a história da ARA. Começo pela acção de Tancos.Esta operação armada foi planeada e meticulosamente preparada pelo Comando Central da Acção Revolucionária Armada - ARA (Jaime Serra (50 anos), Francisco Miguel (63), Raimundo Narciso (33)) com a colaboração essencial do então furriel piloto de helicópteros na Base Aérea de Tancos, Ângelo de Sousa, durante cerca de 6 meses e descrita em 50 páginas do citado livro. A sua execução deve-se a três homens de coragem: Carlos Coutinho, jornalista (28 anos), Ângelo de Sousa, bancário (24) e António João Eusébio, estucador (28).Eis um extracto do comunicado então emitido pela ARA:"Um comando militar da Acção Revolucionária Armada levou a efeito, com pleno êxito, na madrugada do dia 8 de Março [de 1971], uma importante e complexa acção contra o aparelho militar da guerra colonial. Este comando penetrou audaciosamente no hangar principal da Base Aérea Nº3, em Tancos, destruindo completamente, com cargas explosivas, toda a frota de helicópteros militares estacionados nesta base militar, assim como vários aviões de treino."Um relatório da Base Aérea que encontrei na Torre do Tombo, no arquivo da PIDE quando preparava o livro citado, mensionava:"28 aeronaves atingidas, 12 totalmente destruídas, 1 irrecuperável, 15 com destruições de diferente grau e recuperáveis".Também na Torre do Tombo encontrei um relatório secreto, da Secretaria de Estado da Aeronáutica de então onde se dizia que:"...1.- Cerca das 03.20 do dia 08MAR71, deflagrou no Hangar Norte da Base Aérea Nº 3 (Tancos), um violento incêndio iniciado por complexo sistema explosivo, cujo fulcro se localizou num engenhoso sistema de relojoaria."..."


Para criar relações ou até, se possível, amigos na blogosfera usei a consagrada técnica de deixar um comentário nos seus blogs. Às vezes a iniciativa pega. Sucedeu, por exemplo, com a Mona Lisa, com o Alexandre Narciso ou com a Micas. De vez em quando deixam aqui no Memórias ou no Puxa Palavra simpáticos comentários. Outras vezes chegam mesmo a atribuir-me virtudes ou feitos que relevam apenas da sua generosa amizade.Gostam de visitar memórias antigas que aqui vou registando. Assim e para não desmerecer da sua amizade vou transcrever algumas breves passagens do livro que conta a história da ARA. Começo pela acção de Tancos.Esta operação armada foi planeada e meticulosamente preparada pelo Comando Central da Acção Revolucionária Armada - ARA (Jaime Serra (50 anos), Francisco Miguel (63), Raimundo Narciso (33)) com a colaboração essencial do então furriel piloto de helicópteros na Base Aérea de Tancos, Ângelo de Sousa, durante cerca de 6 meses e descrita em 50 páginas do citado livro. A sua execução deve-se a três homens de coragem: Carlos Coutinho, jornalista (28 anos), Ângelo de Sousa, bancário (24) e António João Eusébio, estucador (28).Eis um extracto do comunicado então emitido pela ARA:"Um comando militar da Acção Revolucionária Armada levou a efeito, com pleno êxito, na madrugada do dia 8 de Março [de 1971], uma importante e complexa acção contra o aparelho militar da guerra colonial. Este comando penetrou audaciosamente no hangar principal da Base Aérea Nº3, em Tancos, destruindo completamente, com cargas explosivas, toda a frota de helicópteros militares estacionados nesta base militar, assim como vários aviões de treino."Um relatório da Base Aérea que encontrei na Torre do Tombo, no arquivo da PIDE quando preparava o livro citado, mensionava:"28 aeronaves atingidas, 12 totalmente destruídas, 1 irrecuperável, 15 com destruições de diferente grau e recuperáveis".Também na Torre do Tombo encontrei um relatório secreto, da Secretaria de Estado da Aeronáutica de então onde se dizia que:"...1.- Cerca das 03.20 do dia 08MAR71, deflagrou no Hangar Norte da Base Aérea Nº 3 (Tancos), um violento incêndio iniciado por complexo sistema explosivo, cujo fulcro se localizou num engenhoso sistema de relojoaria."..."

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