Almanaque Republicano

03-08-2010
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Norton de Matos: nota breve – Parte IIAdere Norton de Matos à Republica em 1910, filiando-se no Partido Democrático. É iniciado maçon na Loja Pátria e Liberdade, nº 332, de Lisboa, do REAA a 17 de Maio de 1912, adoptando o nome simbólico de "Danton" [A. H. de Oliveira Marques, Dicionário da Maçonaria Portuguesa, vol II, 1986]. Transita [face a uma cisão na maçonaria] em 1916 para a Loja Acácia, do RF, na obediência do GOLU, tendo atingido em 1919 o 7º grau ["Príncipe Rosa-Cruz"], ou o 33º do REAA. Foi eleito Grão-Mestre da Maçonaria a 31 de Dezembro de 1929, depois de feroz repressão contra a Ordem [o Palácio Maçónico na Rua do Grémio Lusitano, a 16 de Abril de 1929, é cercado pela polícia e todos os elementos foram presos, tendo-se encerrado o edifício]. Participa em Setembro de 1930 como representante português na reunião da Associação Maçónica Internacional, na Bélgica [in, Para a História da Maçonaria em Portugal 1913-1935, Vega, 1976] e enfrenta, como Grão-Mestre, mais uma "campanha hostil" contra a Ordem, promovida principalmente pelo jornal A Voz [entre eles estão Fernando de Sousa (Nemo) e Da Cunha Dias]. É reeleito Gão-Mestre em Dezembro de 1931. A 21 Março de 1931, Norton de Matos "divulga uma mensagem à Grande Dieta", onde é feita "aceradas criticas" ao discurso de Oliveira Salazar de 30 de Julho de 1930 e à constituição da futura União Nacional. Em 1935, face à publicação da Lei nº1901 [de 19 de Janeiro] sobre as "Sociedades Secretas"[projecto do deputado José Cabral e a qual Fernando Pessoa responde em artigo publicado no Diário de Lisboa de 4 de Fevereiro de 1935 (um segundo artigo foi “cortado pela censura”), no que resultou uma notável polémica em que intervieram Alfredo Pimenta, Fernando de Sousa ("Nemo"), Artur Bivar (“Malho”), Thomaz Ribeiro Colaço (no Fradique, de que falaremos oportunamente), Manuel Maia Pinto, Rolão Preto (ainda no Fradique, com uma curiosa posição, a de não “atacar” Fernando Pessoa). Vidé ob. cit e, ainda, sobre a acção de Norton de Matos e a polémica havida, “A Maçonaria Portuguesa e o Estado Novo”, de A. H. de Oliveira Marques, Dom Quixote, 1975]Norton de Matos faz um protesto-exposição ao Presidente da Assembleia da República [datado de 31 de Janeiro de 1935], José Alberto dos Reis [curiosamente maçon], mas não impede a dissolução do Grémio Lusitano, que foi cedido à Legião Portuguesa. Demite-se, entretanto, de Grão-Mestre, para transmitir os seus poderes ao Grão-Mestre-Adjunto, Oliveira Simões, para que a luta, agora na "clandestinidade", pudesse continuar [ler mais aqui] [a continuar]J.M.M.


Norton de Matos: nota breve – Parte IIAdere Norton de Matos à Republica em 1910, filiando-se no Partido Democrático. É iniciado maçon na Loja Pátria e Liberdade, nº 332, de Lisboa, do REAA a 17 de Maio de 1912, adoptando o nome simbólico de "Danton" [A. H. de Oliveira Marques, Dicionário da Maçonaria Portuguesa, vol II, 1986]. Transita [face a uma cisão na maçonaria] em 1916 para a Loja Acácia, do RF, na obediência do GOLU, tendo atingido em 1919 o 7º grau ["Príncipe Rosa-Cruz"], ou o 33º do REAA. Foi eleito Grão-Mestre da Maçonaria a 31 de Dezembro de 1929, depois de feroz repressão contra a Ordem [o Palácio Maçónico na Rua do Grémio Lusitano, a 16 de Abril de 1929, é cercado pela polícia e todos os elementos foram presos, tendo-se encerrado o edifício]. Participa em Setembro de 1930 como representante português na reunião da Associação Maçónica Internacional, na Bélgica [in, Para a História da Maçonaria em Portugal 1913-1935, Vega, 1976] e enfrenta, como Grão-Mestre, mais uma "campanha hostil" contra a Ordem, promovida principalmente pelo jornal A Voz [entre eles estão Fernando de Sousa (Nemo) e Da Cunha Dias]. É reeleito Gão-Mestre em Dezembro de 1931. A 21 Março de 1931, Norton de Matos "divulga uma mensagem à Grande Dieta", onde é feita "aceradas criticas" ao discurso de Oliveira Salazar de 30 de Julho de 1930 e à constituição da futura União Nacional. Em 1935, face à publicação da Lei nº1901 [de 19 de Janeiro] sobre as "Sociedades Secretas"[projecto do deputado José Cabral e a qual Fernando Pessoa responde em artigo publicado no Diário de Lisboa de 4 de Fevereiro de 1935 (um segundo artigo foi “cortado pela censura”), no que resultou uma notável polémica em que intervieram Alfredo Pimenta, Fernando de Sousa ("Nemo"), Artur Bivar (“Malho”), Thomaz Ribeiro Colaço (no Fradique, de que falaremos oportunamente), Manuel Maia Pinto, Rolão Preto (ainda no Fradique, com uma curiosa posição, a de não “atacar” Fernando Pessoa). Vidé ob. cit e, ainda, sobre a acção de Norton de Matos e a polémica havida, “A Maçonaria Portuguesa e o Estado Novo”, de A. H. de Oliveira Marques, Dom Quixote, 1975]Norton de Matos faz um protesto-exposição ao Presidente da Assembleia da República [datado de 31 de Janeiro de 1935], José Alberto dos Reis [curiosamente maçon], mas não impede a dissolução do Grémio Lusitano, que foi cedido à Legião Portuguesa. Demite-se, entretanto, de Grão-Mestre, para transmitir os seus poderes ao Grão-Mestre-Adjunto, Oliveira Simões, para que a luta, agora na "clandestinidade", pudesse continuar [ler mais aqui] [a continuar]J.M.M.

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