Mar Salgado:

18-12-2009
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Mar Salgado sexta-feira, janeiro 27: O MAU PERDER DA ESQUERDA IV: Da televisão que brame ali ao fundo oiço Fernando Rosas a lamentar-se da mesma coisa. Também ele acha mal que o governo tivesse aumentado a gasolina a dois dias das eleições. Também ele nos dá a sua ideia muito própria da forma como utilizaria o poder acaso alguma vez o povo português estivesse tão doente e se equivocasse tanto na análise da realidade das coisas (para usar as felizes expressões de Vítor Ramalho) que deixasse o Bloco de Esquerda apoderar-se do poder (para não deixar o termo de Jerónimo de fora).

Malta!, diria Rosas, numa pausa na distribuição das mesmas, aumenta-se o pitróil só na segunda, depois das eleições, pá. E até lá que os aviões da FA distribuam seringas pelo país inteiro!

Convenhamos no entanto que Fernando Rosas tem piada. O homem que esteve no beija-mão da apresentação da candidatura de Soares para depois ir a correr à de Louçã está para ali a queixar-se de que foram ambiguidades e coisas mal esclarecidas na escolha dos candidatos que possibilitaram esta derrota da esquerda. O homem tem graça mas não tem sentido do ridículo.

Fernando Rosas não tem igualmente sentido de humor, embora nos faça rir: para evitar referir-se aos camaradas Jerónimo e Garcia Pereira, escrevia esta semana no Público "à esquerda, Louça e os demais..." E os demais?!?...

Ó fúria, ó ira, ao que obrigas...

Ele é também dos que acha que o eleitorado é tolo pois acompanhou a "entronização mediática" de Cavaco Silva. Será impossível admitir que o povo português escolheu Cavaco Silva na sua sabedoria, ou pelo menos com tanta ciência como aquela que dizem usar quando vota mais à esquerda?

Não percebo porque se perde tanto tempo a alardear as vantagens da democracia para depois se indignarem com a opinião do povo. Recordo com alguma apreensão que Otelo também julgava que iria ganhar em 1976...

posted by VLX on 12:50 da manhã #

Mar Salgado sexta-feira, janeiro 27: O MAU PERDER DA ESQUERDA IV: Da televisão que brame ali ao fundo oiço Fernando Rosas a lamentar-se da mesma coisa. Também ele acha mal que o governo tivesse aumentado a gasolina a dois dias das eleições. Também ele nos dá a sua ideia muito própria da forma como utilizaria o poder acaso alguma vez o povo português estivesse tão doente e se equivocasse tanto na análise da realidade das coisas (para usar as felizes expressões de Vítor Ramalho) que deixasse o Bloco de Esquerda apoderar-se do poder (para não deixar o termo de Jerónimo de fora).

Malta!, diria Rosas, numa pausa na distribuição das mesmas, aumenta-se o pitróil só na segunda, depois das eleições, pá. E até lá que os aviões da FA distribuam seringas pelo país inteiro!

Convenhamos no entanto que Fernando Rosas tem piada. O homem que esteve no beija-mão da apresentação da candidatura de Soares para depois ir a correr à de Louçã está para ali a queixar-se de que foram ambiguidades e coisas mal esclarecidas na escolha dos candidatos que possibilitaram esta derrota da esquerda. O homem tem graça mas não tem sentido do ridículo.

Fernando Rosas não tem igualmente sentido de humor, embora nos faça rir: para evitar referir-se aos camaradas Jerónimo e Garcia Pereira, escrevia esta semana no Público "à esquerda, Louça e os demais..." E os demais?!?...

Ó fúria, ó ira, ao que obrigas...

Ele é também dos que acha que o eleitorado é tolo pois acompanhou a "entronização mediática" de Cavaco Silva. Será impossível admitir que o povo português escolheu Cavaco Silva na sua sabedoria, ou pelo menos com tanta ciência como aquela que dizem usar quando vota mais à esquerda?

Não percebo porque se perde tanto tempo a alardear as vantagens da democracia para depois se indignarem com a opinião do povo. Recordo com alguma apreensão que Otelo também julgava que iria ganhar em 1976...

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