Almanaque Republicano

03-08-2010
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Diário da Batalha de Praga – por Flausino Torres"(...) este Diário… é o de uma “Batalha”, batalha não só do povo checoslovaco contra o invasor e as forças obscuras que reemergiram da sombra e do passado recente para barrar o “novo curso” de Dubcek e da sua equipa de “reformadores”. Batalha também, e para tantos decisiva e derradeira, de muitos militantes comunistas portugueses (desde logo os exilados nos países do leste) pela coerência de um ideal que deles e das suas vidas tinha feito quase tudo o que eram, um ideal que sentiam resgatado, renascido, pelo “socialismo de rosto humano”anunciado pela “Primavera de Praga”, isto é, pelas mudanças operadas na direcção e no programa do PC da Checoslováquia a partir de Janeiro de 1968, quando Dubcek, a face da mudança, assume a direcção do partido, e na prática, do Estado. Batalha que mobiliza totalmente o intelectual comunista Flausino Torres, então leitor de Cultura e Língua portuguesa na Universidade de Karlova, em Praga, e vários dos seus camaradas de um exílio feito de muitas dúvidas e desilusões com a experiência do “socialismo real”. Estava ali, afinal, a alternativa, o reencontro do socialismo consigo próprio, com o que entendiam, como nestes textos nos dá conta Flausino Torres, ser a sua essência de humanitarismo, democracia, participação operária e cidadã, liberdade, independência nacional, dignidade, em suma. Por tudo isto, combate que os faz chocar de frente, e no caso de Flausino usando uma violência verbal e escrita sem precedentes, com a direcção do PCP e o próprio Álvaro Cunhal, designadamente numa decisiva e tempestuosa reunião que se realiza, em Novembro de 1968, em Praga, da qual resultará o seu afastamento das fileiras do partido em que militava desde o final dos anos trinta. (...)"[Fernando Rosas, in pref. Diário da Batalha de Praga Socialismo e Humanismo, de Flausino Torres, Edições Afrontamento. Apresentação e notas de Paulo Torres Bento]J.M.M.


Diário da Batalha de Praga – por Flausino Torres"(...) este Diário… é o de uma “Batalha”, batalha não só do povo checoslovaco contra o invasor e as forças obscuras que reemergiram da sombra e do passado recente para barrar o “novo curso” de Dubcek e da sua equipa de “reformadores”. Batalha também, e para tantos decisiva e derradeira, de muitos militantes comunistas portugueses (desde logo os exilados nos países do leste) pela coerência de um ideal que deles e das suas vidas tinha feito quase tudo o que eram, um ideal que sentiam resgatado, renascido, pelo “socialismo de rosto humano”anunciado pela “Primavera de Praga”, isto é, pelas mudanças operadas na direcção e no programa do PC da Checoslováquia a partir de Janeiro de 1968, quando Dubcek, a face da mudança, assume a direcção do partido, e na prática, do Estado. Batalha que mobiliza totalmente o intelectual comunista Flausino Torres, então leitor de Cultura e Língua portuguesa na Universidade de Karlova, em Praga, e vários dos seus camaradas de um exílio feito de muitas dúvidas e desilusões com a experiência do “socialismo real”. Estava ali, afinal, a alternativa, o reencontro do socialismo consigo próprio, com o que entendiam, como nestes textos nos dá conta Flausino Torres, ser a sua essência de humanitarismo, democracia, participação operária e cidadã, liberdade, independência nacional, dignidade, em suma. Por tudo isto, combate que os faz chocar de frente, e no caso de Flausino usando uma violência verbal e escrita sem precedentes, com a direcção do PCP e o próprio Álvaro Cunhal, designadamente numa decisiva e tempestuosa reunião que se realiza, em Novembro de 1968, em Praga, da qual resultará o seu afastamento das fileiras do partido em que militava desde o final dos anos trinta. (...)"[Fernando Rosas, in pref. Diário da Batalha de Praga Socialismo e Humanismo, de Flausino Torres, Edições Afrontamento. Apresentação e notas de Paulo Torres Bento]J.M.M.

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