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O Bloco de Esquerda (BE) insistiu esta sexta-feira nas acusações ao Governo de «conivência» com os Estados Unidos na prática de «violações dos direitos humanos» no caso dos voos da CIA, escreve a Lusa.
«O Governo tinha a obrigação moral, à luz do direito internacional, de investigar em concreto o que os aviões levavam», afirmou o deputado bloquista Fernando Rosas, num comentário à divulgação pelo Governo português de uma listagem de voos que passaram por Portugal de ou para Guantanamo, Cuba, onde os Estados Unidos mantêm encarcerados os suspeitos de terrorismo.
Se não o fez, advertiu o deputado bloquista, o executivo português «pode e deve ser acusado de conivência internacional com práticas ilegais e violadoras dos direitos humanos por parte dos Estados Unidos».
O Jornal de Notícias divulgou uma listagem, remetida ao deputado do PCP Jorge Machado pelo Ministério das Obras Públicas, que confirma que de Julho de 2005 até Dezembro de 2007 passaram por Portugal 56 voos que tinham como origem ou destino a base norte-americana de Guantanamo, em Cuba, onde os Estados Unidos mantém encarcerados os suspeitos de terrorismo.
Quatro voos passaram pelas Lajes
Quatro desses voos fizeram escala na Base das Lajes ou em Santa Maria, nos Açores.
«A questão é saber porque não foram fiscalizados os voos, quando havia fundadas suspeitas de que poderiam estar a fazer transporte ilegal de presos», insistiu Rosas afirmando que, apesar de serem militares, as autoridades portuguesas tinham poderes para os fiscalizar.
A passagem por Portugal de voos da CIA com prisioneiros para Guantanamo foi alvo de inquérito no Parlamento Europeu.
A organização de direitos humanos britânica REPRIEVE garantiu que mais de 700 prisioneiros foram ilegalmente transportados para a base norte-americana de Guantanamo «com a ajuda de Portugal» e que pelo menos 94 voos passaram por território português, entre 2002 e 2006.
CDS relativiza lista
CDS-PP relativizou a divulgação de uma lista de voos, destacando que não há registo de «atropelos» aos direitos humanos em território nacional ou «com conhecimento do Governo».
«Não se chegou à conclusão, com os meios que existiam, que em solo português ou com o conhecimento do Governo português tivesse havido um atropelo aos direitos humanos», disse o deputado do CDS-PP Hélder Amaral, num comentário à divulgação pelo Governo português de uma listagem de voos que passaram por Portugal de ou para Guantanamo, Cuba, onde os EUA mantêm encarcerados suspeitos de terrorismo.
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O Bloco de Esquerda (BE) insistiu esta sexta-feira nas acusações ao Governo de «conivência» com os Estados Unidos na prática de «violações dos direitos humanos» no caso dos voos da CIA, escreve a Lusa.
«O Governo tinha a obrigação moral, à luz do direito internacional, de investigar em concreto o que os aviões levavam», afirmou o deputado bloquista Fernando Rosas, num comentário à divulgação pelo Governo português de uma listagem de voos que passaram por Portugal de ou para Guantanamo, Cuba, onde os Estados Unidos mantêm encarcerados os suspeitos de terrorismo.
Se não o fez, advertiu o deputado bloquista, o executivo português «pode e deve ser acusado de conivência internacional com práticas ilegais e violadoras dos direitos humanos por parte dos Estados Unidos».
O Jornal de Notícias divulgou uma listagem, remetida ao deputado do PCP Jorge Machado pelo Ministério das Obras Públicas, que confirma que de Julho de 2005 até Dezembro de 2007 passaram por Portugal 56 voos que tinham como origem ou destino a base norte-americana de Guantanamo, em Cuba, onde os Estados Unidos mantém encarcerados os suspeitos de terrorismo.
Quatro voos passaram pelas Lajes
Quatro desses voos fizeram escala na Base das Lajes ou em Santa Maria, nos Açores.
«A questão é saber porque não foram fiscalizados os voos, quando havia fundadas suspeitas de que poderiam estar a fazer transporte ilegal de presos», insistiu Rosas afirmando que, apesar de serem militares, as autoridades portuguesas tinham poderes para os fiscalizar.
A passagem por Portugal de voos da CIA com prisioneiros para Guantanamo foi alvo de inquérito no Parlamento Europeu.
A organização de direitos humanos britânica REPRIEVE garantiu que mais de 700 prisioneiros foram ilegalmente transportados para a base norte-americana de Guantanamo «com a ajuda de Portugal» e que pelo menos 94 voos passaram por território português, entre 2002 e 2006.
CDS relativiza lista
CDS-PP relativizou a divulgação de uma lista de voos, destacando que não há registo de «atropelos» aos direitos humanos em território nacional ou «com conhecimento do Governo».
«Não se chegou à conclusão, com os meios que existiam, que em solo português ou com o conhecimento do Governo português tivesse havido um atropelo aos direitos humanos», disse o deputado do CDS-PP Hélder Amaral, num comentário à divulgação pelo Governo português de uma listagem de voos que passaram por Portugal de ou para Guantanamo, Cuba, onde os EUA mantêm encarcerados suspeitos de terrorismo.