TOMAR PARTIDO

12-11-2009
marcar artigo

Diário sem periodicidade certa sobre o que acontece no mundo e os prazeres da vida. Blogue livre de condecorações presidenciais.

"Há mais de 40 anos que se fala de um novo aeroporto, sempre se apontou para a Ota, todos os estudos diziam Ota. Temos algum receio que venham mais estudos daqui por seis meses ou um ano que venham atrapalhar", disse o Presidente da Associação de Municípios do Oeste , que hoje foi recebido pelo ministro iberista. O inspirado e atrapalhado autarca exigiu também conhecer os técnicos que elaboraram o estudo da CIP. Eu também gostava de saber quem são os proprietários dos terrenos confinantes com a localização do aeroporto na Ota, de preferencia sem recurso aos testas de ferro. E as Camaras Municipais, a quem o ministro iberista disse incumbir essa divulgação, nunca o fizeram. E também gostava de saber que interesses ficam atrapalhados por se estudar outra localização que não a Ota.

(publicado no (publicado no Ota Não

Vai haver eleições para a Camara Municipal do Porto

Ruben de Carvalho: Bragaparcados de todo o Mundo, Uni-vos!

Carmona Rodrigues: Eu Bragaparco, Diga Não Às Imitações!

Helena Roseta: Olha o António!

Manuel Monteiro: Bragaparquem-se uns aos outros!

Telmo Correia: Ou Há Bragaparcalidade ou Comem Todos!

António Costa: Cheguei! Deixei as Polícias.

Sá Fernandes: A Bragaparques Faz Falta!

(publicado em Fernando Negrão: Bragaparcar a Sério!Ruben de Carvalho: Bragaparcados de todo o Mundo, Uni-vos!Carmona Rodrigues: Eu Bragaparco, Diga Não Às Imitações!Helena Roseta: Olha o António!Manuel Monteiro: Bragaparquem-se uns aos outros!Telmo Correia: Ou Há Bragaparcalidade ou Comem Todos!António Costa: Cheguei! Deixei as Polícias.Sá Fernandes: A Bragaparques Faz Falta!(publicado em O Carmo e a Trindade

Uma senhora que dirige um serviço do Ministério da Educação e que por isso devia ser mais educada, parece ter-se tornado um caso de política. Não devia. A senhora, inserida no monstro burocrático do ministério, deve ter muito mais que fazer do que perseguir por delito de opinião e de botar postas de pescada sobre o reenvio de sacerdotes autarcas para sacristias. Se a senhora fosse um aeroporto já estou a ver a ministra a mandar fazer novo estudo sobre a localização da senhora para ganhar tempo a ver se o pessoal se esquece de que ela existe. Como não é, o caso, que é de política, ameaça tornar-se uma deprimente telenovela de Verão, que contribuirá para alimentar o lume brando em que arde lentamente a popularidade do homem que manda fechar o trânsito nas capitais europeias para dar umas corridinhas. Não tarda ainda tem é que dançar o corridinho.

Pois bem: no dia 03 de Maio de 1979 foi publicada a minha carta ao Director, cujo nome já não recordo, embora me lembre do nome de vários Directores do jornal. E sobre que assunto versava o primitivo textinho? Sobre a usurpação pelo 25 de Abril do nome do responsável pela construção da primeira ponte sobre o Tejo. Dizia assim:" Dirijo-me (...) no sentido de protestar contra o que considero ser uma injustiça o que se está a fazer com o nome pelo qual é designada a ponte sobre o Tejo. Com efeito, todos sabemos a quem se deve a sua construção, pois se a memória dos políticos é por vezes curta, a do povo chega perfeitamente para nos lembrar que foi o Prof. Salazar quem a mandou construir, e não aqueles que na sequência do 25 de Abril têm governado o país".

Vem esta memória a propósito de A primeira vez que escrevi para um jornal foi uma Carta ao Director. Que jornal? O Diário Popular, o jornal que desde sempre o meu pai comprava diariamente e onde aprendi a ler e escrever de par com a antiga A Bola (além, claro, da escola), no tempo em que era preciso saber bom português para fazer jornais. Era ainda o tempo em que não se dera o homicídio dos vespertinos. Iam levá-lo a casa, da papelaria mais próxima, lá por volta das 18 horas, ainda no tempo em que em Lisboa existia a venda de bens essenciais como pão, leite e jornais ao domicílio. Cresci a lê-lo, ao sabor dos tambolhões que a história também provocou nos jornais, designadamente a esquerdização e as nacionalizações de 1975. Valeu-me que a partir do momento em que passei a dispôr de alguns escudos, ainda no tempo em que havia escudos, aprendi a contrabalançar o diário de casa com outras publicações de direita, embora raras e difíceis.Pois bem: no dia 03 de Maio de 1979 foi publicada a minha carta ao Director, cujo nome já não recordo, embora me lembre do nome de vários Directores do jornal. E sobre que assunto versava o primitivo textinho? Sobre a usurpação pelo 25 de Abril do nome do responsável pela construção da primeira ponte sobre o Tejo. Dizia assim:" Dirijo-me (...) no sentido de protestar contra o que considero ser uma injustiça o que se está a fazer com o nome pelo qual é designada a ponte sobre o Tejo. Com efeito, todos sabemos a quem se deve a sua construção, pois se a memória dos políticos é por vezes curta, a do povo chega perfeitamente para nos lembrar que foi o Prof. Salazar quem a mandou construir, e não aqueles que na sequência do 25 de Abril têm governado o país".Vem esta memória a propósito de abaixo-assinado em curso de que tomei conhecimento através do João Gonçalves . Eu vou assinar. E, já agora, tenho comigo o recorte da cartinha de 1978. Esta mania de guardar papéis...

José Sócrates acha que ninguém pode dar lições de direitos humanos e democracia à Rússia. António Braga elogia a competência do tirano Chavez na Venezuela. Mário Soares continua deslumbrado com o repetente Chavez e com o clássico Lula. Ainda dizem que o PS virou à direita...

O anúncio do novo estudo sobre a localização do novo aeroporto em Alcochete é mesmo a sério? Maus prenúncios, no Ota Não

(BBC)

Vital Moreira tem desempenhado o papel de novo Cardeal do PS. Depois de Pina Moura com António Guterres, Vital Moreira tem sido o Cardeal que José Sócrates merece. Tal como vários outros, Vital Moreira vem do PCP, onde irreversivelmente fez a sua cabeça e moldou, para o bem e para o mal, o seu carácter. Nos momentos chave(z), tudo isto vem ao de cima. Em Mário Lino, como em Vital Moreira. O problema é quando a natureza que vem ao de cima não vem na mesma altura em todos. Aí, o caldo entorna-se. É o caso da decisão de mandar estudar a localização do novo aeroporto em Alcochete. A natureza ortodoxa de Vital Moreira veio ao de cima . Realmente deve ser chato, depois de se produzir tanta propoaganda sobre a Ota, como é o caso de Vital Moreira, ver o Governo recuar e tirar o tapete aos artigos. É a vida ...

O Governo recuou na teimosia e na obsessão e vai mandar estudar a localização de um novo aeroporto em Alcochete. Isso mesmo, disse bem: Alcochete, em pleno deserto. Parece que, finalmente, o Governo decidiu ter uma política nova: a do povoamento do deserto. Ainda assim, depois de tanto disparate dito e redito pelo ministro iberista, esta novidade só pode ter um significado: Sócrates decidiu castigar as bocas do ministro iberista sobre as licenciaturas e a Ordem dos Engenheiros mandando-o fazer esta triste figura.

Da abundante literatura jornalística que a custo tento actualizar, retenho especialmente a publicação do primeiro blogue de papel que conheço.Um blogue de papel, excelente ideia estreada na edição de sábado pelo Expresso e que não podia ter melhor começo do que por a Miss Pearls a escrever sobre Serralves . Está de parabéns a autora e a Luísa.

A Sábado, vá lá saber-se por que estranha curiosidade quis conhecer os meus dez medos. Nunca os contei, mas acho que tenho mais. Mas só me deram hipotese de dizer dez. Parece que o medo dos políticos troca-tintas incomodou.

Apesar de ausente por uns dias em parte certa dei-me conta que o Presidente da República conseguiu encontrar ainda 37 portugueses que mereceram ser condecorados no 10 de Junho, entre eles alguns dos seus inúteis e justamente esquecidos ministros. Os amigos são para as ocasiões. O valos das comendas está pelas ruas da amargura. Qualquer cidadão de valor que lhe calhasse uma ao peito deveria por higiene recusá-la, tais são as companhias.

Os alegados principais candidatos à CML estão a fazer a ladainha irresponsável pré-eleitoral do costume. Prometem tudo o que lhes vem à cabeça: bicicletas, lares, até um tal Zé quer, certamente em delírio, importar 50.000 almas em seis anos para repovoar o centro histórico fantasma que é legítimo património do PCP, do PS, do PSD e do CDS, visto que entre si bragaparcaram Lisboa nos últimos anos.

Do que ninguém fala e do que ninguém quer saber é do númerozinho fatal. E qual é ele? É o montante dos encargos futuros que impendem sobre a CML. A dívida já se sabe qual é. O que não se sabe é quanto vai ser por obra e graça dos compromissos já assumidos para o futuro. Está-se a ver o que vai suceder: quem ganhar vai meter no bolso as bicicletas, os lares e a importação de almas, alegando que a coisa é muito pior do que se pensava. Assim como fez o PSD, o CDS e o PS no Governo da Pátria nos últimos cinco anos.

Fez bem, pois, a Nova Democracia, ao denunciar que o jogo eleitoral está viciado. Porque até agora, na luta eleitoral de Lisboa, apenas temos assistido à palhaçada do costume. (publicado na edição de sexta-feira passada no Democracia Liberal)

Carmona Rodrigues diz que agora é realmente independente , o que significa que há dois anos quando dizia que era independente estava a gozar com a cara dos lisboetas. O PSD agora quer Lisboa a sério nos cartazes, o que significa que há dois anos foi a brincar nos gabinetes.

Ainda sobre as preocupações do Procurador-Geral da República sobre o excesso de arguidos inocentes, cumpre recordar que só no DIAP de Lisboa existem mais de 50.000 processos de inquérito arquivados a aguardar as respectivas notificações, o que significa que é o próprio Ministério Público que é responsável pelo excesso de arguidos inocentes, já que dura uma eternidade a notificá-los do arquivamento dos processos.

O Procurador-Geral da República defendeu uma alteração à figura do arguido, entendendo que «hoje, o país está cheio de arguidos inocentes, ao lado de culpados». De acordo com Pinto Monteiro, passará a exigir-se, para que alguém seja constituído arguido, que existam «fundadas suspeitas». Esta afirmação do Dr. Pinto Monteiro, que tem um ódio de estimação por blogues mas que vai ter de continuar a conviver com a opinião livre, merece análise cuidada. Primeiro esclarecimento: é falso que hoje em dia o Ministério Público cumpra o Código de Processo Penal, que manda constituir e tomar declarações na qualidade de arguido a pessoas conrta quem haja denúncia pela prática de crimes. Conheço inúmeros casos em que o Ministério Público viola impunemente esta norma do Código de Processo Penal, tendo já as Relações, em várias ocasiões chamado a atenção do Ministério Público para este facto. Tenho sentenças e acordãos à disposição para quem duvidar do que escrevo. Segundo esclarecimento: esta prática deve-se a várias razões: ou porque se trata de veneráveis do sistema que lei não escrita não permite que se incomode, ou porque os Exmos. Procuradores não estão para ter maçadas com gente importante e influente, ou porque têm raivinhas contra o denunciante que assina e dá a cara. Terceiro esclarecimento: a lei prevê a constituição de arguido para defender as pessoas contra as quais corre inquérito ou que são alvo de denúncia. É que os arguidos têm um estatuto processual materializado num conjunto de garantias de defesa que os outros intervenientes processuais não têm. As palavras do Procurador-geral da República têm por isso um carácter negativo, indissociável da conjuntura que o país vive. Como a seu tempo se verá. Ou muito me engano ou o Ministério Público anda aflito por vir a ter de constituir certas pessoas como arguidas..., enfim, maçadas.

Antigamente eram os meninos rabinos pintam paredes. Hoje continuam a pintar, mas o sistema.

Ler comentários de Pedro Magalhães , no Margens de Erro, sobre a sondagem da Data Crítica que foi objecto de queixa do PND na ERC e na CNE.

(Bandeira da Letónia Parece que uns tugas modernaços desrespeitaram a bandeira da Letónia e vão ser julgados. Por cá, estranha-se. Compreendo o julgamento lá e compreendo a estranheza cá. Respeitar uma bandeira por cá não faz sentido. Num país em que cada vez que um guarda-redes vai repôr a bola em jogo uma horda de energúmenos entoa um coro nas bancadas a chamar-lhe "filho da puta", não se estranha que se estranhe que haja países que não toleram ofensas à bandeira. Eu apoio os letões.

Carvalho da Silva está em maus lençóis . Parece que está mal visto nos patrões da CGTP. Um filme repetido que já se sabe como vai acabar. A greve geral abriu um fractura não no Governo, mas nos seus promotores. Chama-se tiro no pé. O bode expiatório vai ser o trabalhador que não habita o seu posto de trabalho há décadas. Mais um com guia de marcha. Os patrões da CGTP não perdoam a mais leve indecisão.

Temporariamente afastado da intensa actividade blogueira por motivos pessoais e profissionais, vejo que a Pátria continua como a célebre roda que mexe mas não anda. Surpreendo-me com a oposição à ideia de que autarca acusado deve ter o mandato suspenso. Não era o que todos exigiam para Felgueiras, Loureiro e Morais a bem da higine autárquica? Mas surpreendo-me ainda mais com o Governo, e sim, é possível surpreender-me ainda com o Governo. Por que raio de imaculada beatitude ficam os membros do Governo e o Primeiro-Ministro de fora da lei geral e abstracta? Será que o Governo quer apenas uma lei de campanha eleitoral, uma lei de casta? Será que o Governo considera o Governo preenchido por intocáveis que jamais poderão vir, em teoria é claro, em teoria, acusados da prática de crimes? É que se assim fôr Saldanha Sanches pode vir afinal a ter razão e um dia destes ainda afirma que o Ministério Público está sequestrado pela Lei futura que se destina, parece, apenas aos autarcas. É que para a banditagem, não há territórios especiais. Nem necessariamente eleitos.

Um amigo é um amigo e um amigo que parte deixa sempre um vazio. Que só a sua memória preencherá. O Hélder era uma pessoa especial.

(Die Welt)

Existe actualmente uma espécie de Internacional Nómada composta por um bando de delinquentes que se distrai a andar pelo mundo inteiro a destruir coisas em geral e automóveis em particular e que evoluiu ontem para um grau superior de destruição: feriu 146 polícias alemães, dos quais 30 gravemente, na estância de Heiligendamm, onde de 6 a 8 de Junho se reúne o G8. Claro que este tipo de delinquência merece do politicamente correcto complacência e até mui sociológicas explicações. Mas a verdade é que se a violência que se exibe fosse, por exemplo, praticada por skinheads ou movimentos de extrema-direita provocaria uma agitação mediática que chamaria imediatamente a atenção para o perigo do radicalismo, do extremismo, da xenofobia e do racismo. Mas esta Internacional Nómada de párias profissionais da destruição e da delinquência, não é nada disso. Nada mesmo...

O juiz Marcelo Rebelo de Sousa, aposentado do efectivo partidário, e que colecciona no seu curriculo político várias equipas perdedoras, decretou hoje que a equipa do PSD para a CML com Fernando Negrão à frente "é para perder". Ele sabe do que fala.

(Alan Johnston)

Este jornalista da BBC foi raptado em Março na faixa de Gaza por um tal de Exército do Islão. Continua em cativeiro. O silêncio quase generalizado dos orgãos de comunicação sobre a sorte deste jornalista deve-se certamente ao facto de ele não ter sido preso ou detido por Israel. Senão, não faltariam ondas de indignação internacional, movimentos de solidariedade, abaixo asssinados e protestos sortidos. Com um bocado de sorte ainda vamos ter um stand deste tal de exército na Festa do Avante ou uma tendinha num acampamento dos jovens do Bloco de Esquerda.

Ser radical é ser heterossexual, por MP , no Eclético (e já agora, acrescento eu, fumar uns cigarritos em vez de consumir droga...). Sampaio, o outro, por João Gonçalves , no Portugal dos Pequeninos. Lipovetsky explicado por Isabel Teixeira da Mota , no Corta-Fitas.

(Campeã)

Mais um recorde para Vanessa Fernandes. Hoje, venceu hoje a etapa de Madrid da Taça do Mundo de triatlo, alcançando uma inédita sequência de cinco vitórias consecutivas na mesma prova, e a 16ª na sua carreira. O terceiro triunfo do ano permite-lhe ampliar a vantagem na liderança do ranking mundial de 2007 e conquistar mais um recorde mundial: cinco vitórias seguidas na mesma etapa, na cidade onde se tornou na mais jovem atleta de sempre a vencer uma prova da Taça do Mundo, então com 18 anos.

É preciso lata!, no Ota Não

(O Processo)

Em 1924 morre o escritor austríaco Franz Kafka. Em 1937, o Duque de Windsor, antigo rei Eduardo VIII, casa com Wallis Simpson. Havia abdicado do trono quando lhe foi recusado o pedido de um casamento morganástico, que excluiria a sua mulher e herdeiros da linha de sucessão. Em 1940, 200 aviões do Reich despejam 1100 bombas sobre Paris. Em 1989, os tanques entram na Praça Tiananmen.

Em 1924 morre o escritor austríaco Franz Kafka. Em 1937, o Duque de Windsor, antigo rei Eduardo VIII, casa com Wallis Simpson. Havia abdicado do trono quando lhe foi recusado o pedido de um casamento morganástico, que excluiria a sua mulher e herdeiros da linha de sucessão. Em 1940, 200 aviões do Reich despejam 1100 bombas sobre Paris. Em 1989, os tanques entram na Praça Tiananmen.

descoberta uma sondagem marada em Lisboa. Desta vez tiveram azar. Quantas mais não haverá? Foi. Desta vez tiveram azar. Quantas mais não haverá?

Jorge Ferreira, Presidente do Clube de Ténis de Águeda. , Presidente do Clube de Ténis de Águeda.

Aguardo reportagem detalhada desta actuação da ASAE no Jornal da Noite, da SIC, como é costume vermos as que ocorrem nos outros sítios.

Informa o Diário de Notícias que Fernando Negrão, candidato do PSD nas eleições para a CML foi fazer campanha no Dia do Vizinho, no dia 29 de Maio, em Marvila, numa iniciativa patrocinada pela Gebalis, empresa municipal responsável pela gestão dos bairros sociais. É isto a Lisboa a sério. É para isto que eles querem as empresas municipais. Definitivamente, o pSD não aprendeu nada. Continua, afinal, a brincar a Lisboa. Só que Lisboa não pode ser um brinquedo nas mãos dos partidos do sistema.

Não, não é gralha. Para os correios belgas é mesmo assim. Os Correios da Bélgica, para comemorar os 100 anos do nascimento de Hergé, fizeram uma colecção de selos com as capas dos vinte e quatro álbuns do Tintin, onde cada um tem o título numa língua diferente. Então não é que aquelas sumidades culturais ignoram que existe a língua portuguesa, e chamam-lhe brasileira! E ainda por cima, o álbum “L’oreille cassé” está reproduzido da edição brasileira como “O ídolo roubado” em vez da edição portuguesa, que está correcta, “A orelha quebrada”. (Via Fumaças

Jorge Ferreira, Administrador da Esphera. , Administrador da Esphera.

(Marquês de Sade)

Dia de aniversário de Henrique VIII, de Inglaterra e de Donatien Alphonse François, que ficou para a história conhecido pelo título de Marquês de Sade. Em 1979 o Papa João Paulo II inicia a primeira visita de um Papa a um país comunista, a sua terra natal, a Polónia.

(Magia)

Incapaz de corrigir a incompetência e o laxismo do sistema de ensino, o Governo tenta tornear. Perante escolas e professores que ensinam a indigência e avaliam a inépcia, o Governo ladeia. Perante leis estúpidas que favorecem a preguiça e a irresponsabilidade no sistema de ensino, o Governo entreolha-se. Perante um sistema cuja máxima é "irás longe na vida mesmo que não te esforces e não saibas nada", o Governo contemporiza. Até que o núcleo duro descobriu a pólvora: é possível deixar tudo exactamente na mesma se pusermos os contribuintes a pagar computadores ao povo. Vai daí toca a anunciar a distribuição dó infomilagre no debate mensal, com estrondo e impacto. Como é evidente nem os computadores salvam um ignorante no mercado de trabalho, na competição das competências, muito menos na formação humanista ou no rigor da linguagem. É mais um milagre falacioso do gra´nde Houdini da política portuguesa. Incapaz de ir ao tutrano dos problemas, cultiva a aparência tola e novo-rica. Os computadores estão para José Sócrates como os electrodomésticos estão para Valentim Loureiro.

Os silêncios são para se ouvir e para se ler. Eu sei quem és

Sempre defendi a possibilidade de existirem candidaturas de independentes em todas as eleições, incluindo eleições legislativas. Os partidos políticos, expoente da comunidade politicamente organizada, precisam de desafios e de concorrência. Com a consolidação da democracia apossaram-se do Estado e cristalizaram defeitos que têm provocado uma distância dos cidadãos face à política e, sobretudo, têm desacreditado as instituições.

Os monopólios fazem mal ao mercado. Afunilam as escolhas. Cerceiam a liberdade dos consumidores. Acomodam os produtores e os prestadores aos vícios da solidão. Geram sobranceria. A prazo, degradam as estruturas. No mercado político e eleitoral, acontece o mesmo.

Em 1997 foi finalmente consagrada na Constituição a possibilidade de candidaturas independentes às autarquias locais. Com medo de perder benefícios e privilégios, PS e PSD recusaram então a possibilidade de alargar as candidaturas de independentes à Assembleia da República.

Cumpre reconhecer que a experiência das candidaturas de independentes às autarquias locais nos primeiros dez anos de vigência desta possibilidade, em teoria virtuosa e salutar, não tem sido inteiramente positiva. Na verdade, as candidaturas de independentes às Câmaras Municipais têm resultado mais de dissidências partidárias, que recolhem uma facção descontente do respectivo partido de origem e não de projectos de cidadãos sem partido.

O presente caso das eleições intercalares de Lisboa é um triste exemplo disso mesmo. Existem dois supostos candidatos independentes à Câmara Municipal de Lisboa, que de independentes só têm o nome. Helena Roseta sempre foi pessoa de partido. Foi destacada militante, dirigente e deputada do PSD e do PS. Está no seu direito de não gostar de José Sócrates, no que é acompanhada por muito boa gente, independentemente das razões de cada um. Legitimamente viu uma nesga de oportunidade de beliscar o partido que lhe permitiu a carreira política e partidária que teve até agora e mascarou-se de independente para concorrer à CML. Independente, Helena Roseta? Não brinquem…

Carmona Rodrigues, que nunca foi militante do PSD, foi, porém, ministro da República e Presidente da CML, pelo PSD. Exerceu esses cargos interrompendo mandatos a seu bel-prazer, desprezando os compromissos eleitorais assumidos. Parecia uma corrente de ar entre a Praça do Município e o Governo. Durante esse tempo, serviu-se e serviu-lhe a camisola partidária, com a qual praticou a mais partidária das gestões da CML dos últimos anos. Sempre obedeceu aos interesses e às ordens do Partido. Agora, legitimamente descobriu que os partidos são péssimos e declara-se candidato independente à CML. Não brinquem.

Dizem até as más línguas que PS e PSD deram uma oportuna mãozinha na recolha das assinaturas necessárias para as candidaturas que respectivamente lhes interessavam para se atacarem mutuamente. O PSD terá ajudado Roseta. O PS terá ajudado Carmona, de quem aliás, sempre foi aliado na gestão dos interesses camarários. Claro que não é proibido. Mas a transparência exigiria que o assumissem e a independência exigiria que o recusassem.

Estes são dois exemplos paradigmáticos da perversão das candidaturas independentes. Ao contrário do que se pensa são dois exemplos de mau serviço prestado à reforma da democracia. Helena Roseta e Carmona Rodrigues são dois falsos independentes. (publicado na edição de hoje do Semanário)

Paulo Portas e Marques Mendes foram ministros de Durão Barroso justamente no Governo que apresentou o projecto da Ota em Bruxelas para efeito do financiamento. Hoje, fazem gala de discordar, duvidar, perguntar, criticar. A isto chama-se oportunismo e desonestidade políticas. E agora, com a oportunidade das eleições intercalares em Lisboa, perderam a vergonha e juram que já no século V antes de Cristo eram contra a Ota.

A verdade é que é o Governo de Durão Barroso que está na oposição parlamentar ao PS. Ou seja: numa palavra, é uma oposição sem credibilidade e incapaz de dar um futuro melhor a Portugal. Já deram o que tinham a dar e deram bem pouco. (publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)

Diário sem periodicidade certa sobre o que acontece no mundo e os prazeres da vida. Blogue livre de condecorações presidenciais.

"Há mais de 40 anos que se fala de um novo aeroporto, sempre se apontou para a Ota, todos os estudos diziam Ota. Temos algum receio que venham mais estudos daqui por seis meses ou um ano que venham atrapalhar", disse o Presidente da Associação de Municípios do Oeste , que hoje foi recebido pelo ministro iberista. O inspirado e atrapalhado autarca exigiu também conhecer os técnicos que elaboraram o estudo da CIP. Eu também gostava de saber quem são os proprietários dos terrenos confinantes com a localização do aeroporto na Ota, de preferencia sem recurso aos testas de ferro. E as Camaras Municipais, a quem o ministro iberista disse incumbir essa divulgação, nunca o fizeram. E também gostava de saber que interesses ficam atrapalhados por se estudar outra localização que não a Ota.

(publicado no (publicado no Ota Não

Vai haver eleições para a Camara Municipal do Porto

Ruben de Carvalho: Bragaparcados de todo o Mundo, Uni-vos!

Carmona Rodrigues: Eu Bragaparco, Diga Não Às Imitações!

Helena Roseta: Olha o António!

Manuel Monteiro: Bragaparquem-se uns aos outros!

Telmo Correia: Ou Há Bragaparcalidade ou Comem Todos!

António Costa: Cheguei! Deixei as Polícias.

Sá Fernandes: A Bragaparques Faz Falta!

(publicado em Fernando Negrão: Bragaparcar a Sério!Ruben de Carvalho: Bragaparcados de todo o Mundo, Uni-vos!Carmona Rodrigues: Eu Bragaparco, Diga Não Às Imitações!Helena Roseta: Olha o António!Manuel Monteiro: Bragaparquem-se uns aos outros!Telmo Correia: Ou Há Bragaparcalidade ou Comem Todos!António Costa: Cheguei! Deixei as Polícias.Sá Fernandes: A Bragaparques Faz Falta!(publicado em O Carmo e a Trindade

Uma senhora que dirige um serviço do Ministério da Educação e que por isso devia ser mais educada, parece ter-se tornado um caso de política. Não devia. A senhora, inserida no monstro burocrático do ministério, deve ter muito mais que fazer do que perseguir por delito de opinião e de botar postas de pescada sobre o reenvio de sacerdotes autarcas para sacristias. Se a senhora fosse um aeroporto já estou a ver a ministra a mandar fazer novo estudo sobre a localização da senhora para ganhar tempo a ver se o pessoal se esquece de que ela existe. Como não é, o caso, que é de política, ameaça tornar-se uma deprimente telenovela de Verão, que contribuirá para alimentar o lume brando em que arde lentamente a popularidade do homem que manda fechar o trânsito nas capitais europeias para dar umas corridinhas. Não tarda ainda tem é que dançar o corridinho.

Pois bem: no dia 03 de Maio de 1979 foi publicada a minha carta ao Director, cujo nome já não recordo, embora me lembre do nome de vários Directores do jornal. E sobre que assunto versava o primitivo textinho? Sobre a usurpação pelo 25 de Abril do nome do responsável pela construção da primeira ponte sobre o Tejo. Dizia assim:" Dirijo-me (...) no sentido de protestar contra o que considero ser uma injustiça o que se está a fazer com o nome pelo qual é designada a ponte sobre o Tejo. Com efeito, todos sabemos a quem se deve a sua construção, pois se a memória dos políticos é por vezes curta, a do povo chega perfeitamente para nos lembrar que foi o Prof. Salazar quem a mandou construir, e não aqueles que na sequência do 25 de Abril têm governado o país".

Vem esta memória a propósito de A primeira vez que escrevi para um jornal foi uma Carta ao Director. Que jornal? O Diário Popular, o jornal que desde sempre o meu pai comprava diariamente e onde aprendi a ler e escrever de par com a antiga A Bola (além, claro, da escola), no tempo em que era preciso saber bom português para fazer jornais. Era ainda o tempo em que não se dera o homicídio dos vespertinos. Iam levá-lo a casa, da papelaria mais próxima, lá por volta das 18 horas, ainda no tempo em que em Lisboa existia a venda de bens essenciais como pão, leite e jornais ao domicílio. Cresci a lê-lo, ao sabor dos tambolhões que a história também provocou nos jornais, designadamente a esquerdização e as nacionalizações de 1975. Valeu-me que a partir do momento em que passei a dispôr de alguns escudos, ainda no tempo em que havia escudos, aprendi a contrabalançar o diário de casa com outras publicações de direita, embora raras e difíceis.Pois bem: no dia 03 de Maio de 1979 foi publicada a minha carta ao Director, cujo nome já não recordo, embora me lembre do nome de vários Directores do jornal. E sobre que assunto versava o primitivo textinho? Sobre a usurpação pelo 25 de Abril do nome do responsável pela construção da primeira ponte sobre o Tejo. Dizia assim:" Dirijo-me (...) no sentido de protestar contra o que considero ser uma injustiça o que se está a fazer com o nome pelo qual é designada a ponte sobre o Tejo. Com efeito, todos sabemos a quem se deve a sua construção, pois se a memória dos políticos é por vezes curta, a do povo chega perfeitamente para nos lembrar que foi o Prof. Salazar quem a mandou construir, e não aqueles que na sequência do 25 de Abril têm governado o país".Vem esta memória a propósito de abaixo-assinado em curso de que tomei conhecimento através do João Gonçalves . Eu vou assinar. E, já agora, tenho comigo o recorte da cartinha de 1978. Esta mania de guardar papéis...

José Sócrates acha que ninguém pode dar lições de direitos humanos e democracia à Rússia. António Braga elogia a competência do tirano Chavez na Venezuela. Mário Soares continua deslumbrado com o repetente Chavez e com o clássico Lula. Ainda dizem que o PS virou à direita...

O anúncio do novo estudo sobre a localização do novo aeroporto em Alcochete é mesmo a sério? Maus prenúncios, no Ota Não

(BBC)

Vital Moreira tem desempenhado o papel de novo Cardeal do PS. Depois de Pina Moura com António Guterres, Vital Moreira tem sido o Cardeal que José Sócrates merece. Tal como vários outros, Vital Moreira vem do PCP, onde irreversivelmente fez a sua cabeça e moldou, para o bem e para o mal, o seu carácter. Nos momentos chave(z), tudo isto vem ao de cima. Em Mário Lino, como em Vital Moreira. O problema é quando a natureza que vem ao de cima não vem na mesma altura em todos. Aí, o caldo entorna-se. É o caso da decisão de mandar estudar a localização do novo aeroporto em Alcochete. A natureza ortodoxa de Vital Moreira veio ao de cima . Realmente deve ser chato, depois de se produzir tanta propoaganda sobre a Ota, como é o caso de Vital Moreira, ver o Governo recuar e tirar o tapete aos artigos. É a vida ...

O Governo recuou na teimosia e na obsessão e vai mandar estudar a localização de um novo aeroporto em Alcochete. Isso mesmo, disse bem: Alcochete, em pleno deserto. Parece que, finalmente, o Governo decidiu ter uma política nova: a do povoamento do deserto. Ainda assim, depois de tanto disparate dito e redito pelo ministro iberista, esta novidade só pode ter um significado: Sócrates decidiu castigar as bocas do ministro iberista sobre as licenciaturas e a Ordem dos Engenheiros mandando-o fazer esta triste figura.

Da abundante literatura jornalística que a custo tento actualizar, retenho especialmente a publicação do primeiro blogue de papel que conheço.Um blogue de papel, excelente ideia estreada na edição de sábado pelo Expresso e que não podia ter melhor começo do que por a Miss Pearls a escrever sobre Serralves . Está de parabéns a autora e a Luísa.

A Sábado, vá lá saber-se por que estranha curiosidade quis conhecer os meus dez medos. Nunca os contei, mas acho que tenho mais. Mas só me deram hipotese de dizer dez. Parece que o medo dos políticos troca-tintas incomodou.

Apesar de ausente por uns dias em parte certa dei-me conta que o Presidente da República conseguiu encontrar ainda 37 portugueses que mereceram ser condecorados no 10 de Junho, entre eles alguns dos seus inúteis e justamente esquecidos ministros. Os amigos são para as ocasiões. O valos das comendas está pelas ruas da amargura. Qualquer cidadão de valor que lhe calhasse uma ao peito deveria por higiene recusá-la, tais são as companhias.

Os alegados principais candidatos à CML estão a fazer a ladainha irresponsável pré-eleitoral do costume. Prometem tudo o que lhes vem à cabeça: bicicletas, lares, até um tal Zé quer, certamente em delírio, importar 50.000 almas em seis anos para repovoar o centro histórico fantasma que é legítimo património do PCP, do PS, do PSD e do CDS, visto que entre si bragaparcaram Lisboa nos últimos anos.

Do que ninguém fala e do que ninguém quer saber é do númerozinho fatal. E qual é ele? É o montante dos encargos futuros que impendem sobre a CML. A dívida já se sabe qual é. O que não se sabe é quanto vai ser por obra e graça dos compromissos já assumidos para o futuro. Está-se a ver o que vai suceder: quem ganhar vai meter no bolso as bicicletas, os lares e a importação de almas, alegando que a coisa é muito pior do que se pensava. Assim como fez o PSD, o CDS e o PS no Governo da Pátria nos últimos cinco anos.

Fez bem, pois, a Nova Democracia, ao denunciar que o jogo eleitoral está viciado. Porque até agora, na luta eleitoral de Lisboa, apenas temos assistido à palhaçada do costume. (publicado na edição de sexta-feira passada no Democracia Liberal)

Carmona Rodrigues diz que agora é realmente independente , o que significa que há dois anos quando dizia que era independente estava a gozar com a cara dos lisboetas. O PSD agora quer Lisboa a sério nos cartazes, o que significa que há dois anos foi a brincar nos gabinetes.

Ainda sobre as preocupações do Procurador-Geral da República sobre o excesso de arguidos inocentes, cumpre recordar que só no DIAP de Lisboa existem mais de 50.000 processos de inquérito arquivados a aguardar as respectivas notificações, o que significa que é o próprio Ministério Público que é responsável pelo excesso de arguidos inocentes, já que dura uma eternidade a notificá-los do arquivamento dos processos.

O Procurador-Geral da República defendeu uma alteração à figura do arguido, entendendo que «hoje, o país está cheio de arguidos inocentes, ao lado de culpados». De acordo com Pinto Monteiro, passará a exigir-se, para que alguém seja constituído arguido, que existam «fundadas suspeitas». Esta afirmação do Dr. Pinto Monteiro, que tem um ódio de estimação por blogues mas que vai ter de continuar a conviver com a opinião livre, merece análise cuidada. Primeiro esclarecimento: é falso que hoje em dia o Ministério Público cumpra o Código de Processo Penal, que manda constituir e tomar declarações na qualidade de arguido a pessoas conrta quem haja denúncia pela prática de crimes. Conheço inúmeros casos em que o Ministério Público viola impunemente esta norma do Código de Processo Penal, tendo já as Relações, em várias ocasiões chamado a atenção do Ministério Público para este facto. Tenho sentenças e acordãos à disposição para quem duvidar do que escrevo. Segundo esclarecimento: esta prática deve-se a várias razões: ou porque se trata de veneráveis do sistema que lei não escrita não permite que se incomode, ou porque os Exmos. Procuradores não estão para ter maçadas com gente importante e influente, ou porque têm raivinhas contra o denunciante que assina e dá a cara. Terceiro esclarecimento: a lei prevê a constituição de arguido para defender as pessoas contra as quais corre inquérito ou que são alvo de denúncia. É que os arguidos têm um estatuto processual materializado num conjunto de garantias de defesa que os outros intervenientes processuais não têm. As palavras do Procurador-geral da República têm por isso um carácter negativo, indissociável da conjuntura que o país vive. Como a seu tempo se verá. Ou muito me engano ou o Ministério Público anda aflito por vir a ter de constituir certas pessoas como arguidas..., enfim, maçadas.

Antigamente eram os meninos rabinos pintam paredes. Hoje continuam a pintar, mas o sistema.

Ler comentários de Pedro Magalhães , no Margens de Erro, sobre a sondagem da Data Crítica que foi objecto de queixa do PND na ERC e na CNE.

(Bandeira da Letónia Parece que uns tugas modernaços desrespeitaram a bandeira da Letónia e vão ser julgados. Por cá, estranha-se. Compreendo o julgamento lá e compreendo a estranheza cá. Respeitar uma bandeira por cá não faz sentido. Num país em que cada vez que um guarda-redes vai repôr a bola em jogo uma horda de energúmenos entoa um coro nas bancadas a chamar-lhe "filho da puta", não se estranha que se estranhe que haja países que não toleram ofensas à bandeira. Eu apoio os letões.

Carvalho da Silva está em maus lençóis . Parece que está mal visto nos patrões da CGTP. Um filme repetido que já se sabe como vai acabar. A greve geral abriu um fractura não no Governo, mas nos seus promotores. Chama-se tiro no pé. O bode expiatório vai ser o trabalhador que não habita o seu posto de trabalho há décadas. Mais um com guia de marcha. Os patrões da CGTP não perdoam a mais leve indecisão.

Temporariamente afastado da intensa actividade blogueira por motivos pessoais e profissionais, vejo que a Pátria continua como a célebre roda que mexe mas não anda. Surpreendo-me com a oposição à ideia de que autarca acusado deve ter o mandato suspenso. Não era o que todos exigiam para Felgueiras, Loureiro e Morais a bem da higine autárquica? Mas surpreendo-me ainda mais com o Governo, e sim, é possível surpreender-me ainda com o Governo. Por que raio de imaculada beatitude ficam os membros do Governo e o Primeiro-Ministro de fora da lei geral e abstracta? Será que o Governo quer apenas uma lei de campanha eleitoral, uma lei de casta? Será que o Governo considera o Governo preenchido por intocáveis que jamais poderão vir, em teoria é claro, em teoria, acusados da prática de crimes? É que se assim fôr Saldanha Sanches pode vir afinal a ter razão e um dia destes ainda afirma que o Ministério Público está sequestrado pela Lei futura que se destina, parece, apenas aos autarcas. É que para a banditagem, não há territórios especiais. Nem necessariamente eleitos.

Um amigo é um amigo e um amigo que parte deixa sempre um vazio. Que só a sua memória preencherá. O Hélder era uma pessoa especial.

(Die Welt)

Existe actualmente uma espécie de Internacional Nómada composta por um bando de delinquentes que se distrai a andar pelo mundo inteiro a destruir coisas em geral e automóveis em particular e que evoluiu ontem para um grau superior de destruição: feriu 146 polícias alemães, dos quais 30 gravemente, na estância de Heiligendamm, onde de 6 a 8 de Junho se reúne o G8. Claro que este tipo de delinquência merece do politicamente correcto complacência e até mui sociológicas explicações. Mas a verdade é que se a violência que se exibe fosse, por exemplo, praticada por skinheads ou movimentos de extrema-direita provocaria uma agitação mediática que chamaria imediatamente a atenção para o perigo do radicalismo, do extremismo, da xenofobia e do racismo. Mas esta Internacional Nómada de párias profissionais da destruição e da delinquência, não é nada disso. Nada mesmo...

O juiz Marcelo Rebelo de Sousa, aposentado do efectivo partidário, e que colecciona no seu curriculo político várias equipas perdedoras, decretou hoje que a equipa do PSD para a CML com Fernando Negrão à frente "é para perder". Ele sabe do que fala.

(Alan Johnston)

Este jornalista da BBC foi raptado em Março na faixa de Gaza por um tal de Exército do Islão. Continua em cativeiro. O silêncio quase generalizado dos orgãos de comunicação sobre a sorte deste jornalista deve-se certamente ao facto de ele não ter sido preso ou detido por Israel. Senão, não faltariam ondas de indignação internacional, movimentos de solidariedade, abaixo asssinados e protestos sortidos. Com um bocado de sorte ainda vamos ter um stand deste tal de exército na Festa do Avante ou uma tendinha num acampamento dos jovens do Bloco de Esquerda.

Ser radical é ser heterossexual, por MP , no Eclético (e já agora, acrescento eu, fumar uns cigarritos em vez de consumir droga...). Sampaio, o outro, por João Gonçalves , no Portugal dos Pequeninos. Lipovetsky explicado por Isabel Teixeira da Mota , no Corta-Fitas.

(Campeã)

Mais um recorde para Vanessa Fernandes. Hoje, venceu hoje a etapa de Madrid da Taça do Mundo de triatlo, alcançando uma inédita sequência de cinco vitórias consecutivas na mesma prova, e a 16ª na sua carreira. O terceiro triunfo do ano permite-lhe ampliar a vantagem na liderança do ranking mundial de 2007 e conquistar mais um recorde mundial: cinco vitórias seguidas na mesma etapa, na cidade onde se tornou na mais jovem atleta de sempre a vencer uma prova da Taça do Mundo, então com 18 anos.

É preciso lata!, no Ota Não

(O Processo)

Em 1924 morre o escritor austríaco Franz Kafka. Em 1937, o Duque de Windsor, antigo rei Eduardo VIII, casa com Wallis Simpson. Havia abdicado do trono quando lhe foi recusado o pedido de um casamento morganástico, que excluiria a sua mulher e herdeiros da linha de sucessão. Em 1940, 200 aviões do Reich despejam 1100 bombas sobre Paris. Em 1989, os tanques entram na Praça Tiananmen.

Em 1924 morre o escritor austríaco Franz Kafka. Em 1937, o Duque de Windsor, antigo rei Eduardo VIII, casa com Wallis Simpson. Havia abdicado do trono quando lhe foi recusado o pedido de um casamento morganástico, que excluiria a sua mulher e herdeiros da linha de sucessão. Em 1940, 200 aviões do Reich despejam 1100 bombas sobre Paris. Em 1989, os tanques entram na Praça Tiananmen.

descoberta uma sondagem marada em Lisboa. Desta vez tiveram azar. Quantas mais não haverá? Foi. Desta vez tiveram azar. Quantas mais não haverá?

Jorge Ferreira, Presidente do Clube de Ténis de Águeda. , Presidente do Clube de Ténis de Águeda.

Aguardo reportagem detalhada desta actuação da ASAE no Jornal da Noite, da SIC, como é costume vermos as que ocorrem nos outros sítios.

Informa o Diário de Notícias que Fernando Negrão, candidato do PSD nas eleições para a CML foi fazer campanha no Dia do Vizinho, no dia 29 de Maio, em Marvila, numa iniciativa patrocinada pela Gebalis, empresa municipal responsável pela gestão dos bairros sociais. É isto a Lisboa a sério. É para isto que eles querem as empresas municipais. Definitivamente, o pSD não aprendeu nada. Continua, afinal, a brincar a Lisboa. Só que Lisboa não pode ser um brinquedo nas mãos dos partidos do sistema.

Não, não é gralha. Para os correios belgas é mesmo assim. Os Correios da Bélgica, para comemorar os 100 anos do nascimento de Hergé, fizeram uma colecção de selos com as capas dos vinte e quatro álbuns do Tintin, onde cada um tem o título numa língua diferente. Então não é que aquelas sumidades culturais ignoram que existe a língua portuguesa, e chamam-lhe brasileira! E ainda por cima, o álbum “L’oreille cassé” está reproduzido da edição brasileira como “O ídolo roubado” em vez da edição portuguesa, que está correcta, “A orelha quebrada”. (Via Fumaças

Jorge Ferreira, Administrador da Esphera. , Administrador da Esphera.

(Marquês de Sade)

Dia de aniversário de Henrique VIII, de Inglaterra e de Donatien Alphonse François, que ficou para a história conhecido pelo título de Marquês de Sade. Em 1979 o Papa João Paulo II inicia a primeira visita de um Papa a um país comunista, a sua terra natal, a Polónia.

(Magia)

Incapaz de corrigir a incompetência e o laxismo do sistema de ensino, o Governo tenta tornear. Perante escolas e professores que ensinam a indigência e avaliam a inépcia, o Governo ladeia. Perante leis estúpidas que favorecem a preguiça e a irresponsabilidade no sistema de ensino, o Governo entreolha-se. Perante um sistema cuja máxima é "irás longe na vida mesmo que não te esforces e não saibas nada", o Governo contemporiza. Até que o núcleo duro descobriu a pólvora: é possível deixar tudo exactamente na mesma se pusermos os contribuintes a pagar computadores ao povo. Vai daí toca a anunciar a distribuição dó infomilagre no debate mensal, com estrondo e impacto. Como é evidente nem os computadores salvam um ignorante no mercado de trabalho, na competição das competências, muito menos na formação humanista ou no rigor da linguagem. É mais um milagre falacioso do gra´nde Houdini da política portuguesa. Incapaz de ir ao tutrano dos problemas, cultiva a aparência tola e novo-rica. Os computadores estão para José Sócrates como os electrodomésticos estão para Valentim Loureiro.

Os silêncios são para se ouvir e para se ler. Eu sei quem és

Sempre defendi a possibilidade de existirem candidaturas de independentes em todas as eleições, incluindo eleições legislativas. Os partidos políticos, expoente da comunidade politicamente organizada, precisam de desafios e de concorrência. Com a consolidação da democracia apossaram-se do Estado e cristalizaram defeitos que têm provocado uma distância dos cidadãos face à política e, sobretudo, têm desacreditado as instituições.

Os monopólios fazem mal ao mercado. Afunilam as escolhas. Cerceiam a liberdade dos consumidores. Acomodam os produtores e os prestadores aos vícios da solidão. Geram sobranceria. A prazo, degradam as estruturas. No mercado político e eleitoral, acontece o mesmo.

Em 1997 foi finalmente consagrada na Constituição a possibilidade de candidaturas independentes às autarquias locais. Com medo de perder benefícios e privilégios, PS e PSD recusaram então a possibilidade de alargar as candidaturas de independentes à Assembleia da República.

Cumpre reconhecer que a experiência das candidaturas de independentes às autarquias locais nos primeiros dez anos de vigência desta possibilidade, em teoria virtuosa e salutar, não tem sido inteiramente positiva. Na verdade, as candidaturas de independentes às Câmaras Municipais têm resultado mais de dissidências partidárias, que recolhem uma facção descontente do respectivo partido de origem e não de projectos de cidadãos sem partido.

O presente caso das eleições intercalares de Lisboa é um triste exemplo disso mesmo. Existem dois supostos candidatos independentes à Câmara Municipal de Lisboa, que de independentes só têm o nome. Helena Roseta sempre foi pessoa de partido. Foi destacada militante, dirigente e deputada do PSD e do PS. Está no seu direito de não gostar de José Sócrates, no que é acompanhada por muito boa gente, independentemente das razões de cada um. Legitimamente viu uma nesga de oportunidade de beliscar o partido que lhe permitiu a carreira política e partidária que teve até agora e mascarou-se de independente para concorrer à CML. Independente, Helena Roseta? Não brinquem…

Carmona Rodrigues, que nunca foi militante do PSD, foi, porém, ministro da República e Presidente da CML, pelo PSD. Exerceu esses cargos interrompendo mandatos a seu bel-prazer, desprezando os compromissos eleitorais assumidos. Parecia uma corrente de ar entre a Praça do Município e o Governo. Durante esse tempo, serviu-se e serviu-lhe a camisola partidária, com a qual praticou a mais partidária das gestões da CML dos últimos anos. Sempre obedeceu aos interesses e às ordens do Partido. Agora, legitimamente descobriu que os partidos são péssimos e declara-se candidato independente à CML. Não brinquem.

Dizem até as más línguas que PS e PSD deram uma oportuna mãozinha na recolha das assinaturas necessárias para as candidaturas que respectivamente lhes interessavam para se atacarem mutuamente. O PSD terá ajudado Roseta. O PS terá ajudado Carmona, de quem aliás, sempre foi aliado na gestão dos interesses camarários. Claro que não é proibido. Mas a transparência exigiria que o assumissem e a independência exigiria que o recusassem.

Estes são dois exemplos paradigmáticos da perversão das candidaturas independentes. Ao contrário do que se pensa são dois exemplos de mau serviço prestado à reforma da democracia. Helena Roseta e Carmona Rodrigues são dois falsos independentes. (publicado na edição de hoje do Semanário)

Paulo Portas e Marques Mendes foram ministros de Durão Barroso justamente no Governo que apresentou o projecto da Ota em Bruxelas para efeito do financiamento. Hoje, fazem gala de discordar, duvidar, perguntar, criticar. A isto chama-se oportunismo e desonestidade políticas. E agora, com a oportunidade das eleições intercalares em Lisboa, perderam a vergonha e juram que já no século V antes de Cristo eram contra a Ota.

A verdade é que é o Governo de Durão Barroso que está na oposição parlamentar ao PS. Ou seja: numa palavra, é uma oposição sem credibilidade e incapaz de dar um futuro melhor a Portugal. Já deram o que tinham a dar e deram bem pouco. (publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)

marcar artigo