genealogia do algarve: Nuno Inácio demite-se do PSD

16-10-2009
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Foi com estupefacção que ouvi as declarações da Presidente do meu Partido relativamente à candidatura de Gonçalo Amaral a Presidente da Câmara Municipal de Olhão.Não por ela estar contra, pois cada um é livre de ser a favor ou contra o que quiser e de manifestar essa opinião, embora esperasse um pouco mais de visão política por parte de quem lidera o PSD e pretende liderar os destinos do País.O argumento de que a candidatura de Gonçalo Amaral a Presidente da Câmara Municipal de Olhão pode transmitir uma ideia de promiscuidade entre o poder político e o poder judicial só cabe na cabeça de quem, na minha opinião, demonstra ter ensandecido, sendo extremamente ofensiva para todos os militantes do PSD que exercem funções junto do Poder Judicial.Enquanto escritor, Oficial de Justiça (desde 1998), Militante do PSD (desde 1988), representante sindical dos TSD e dirigente do SOJ (Sindicato dos Oficiais de Justiça) não posso de maneira alguma aceitar que a líder do meu Partido entenda que o exercício das minhas funções políticas, que sempre exerci de forma voluntária e não remunerada, a favor do superior interesse público, podem colidir, ou demonstrar a existência de promiscuidade entre o Poder Político e o Poder Judicial, questão que nunca, nem por parte da própria oposição, nem do próprio aparelho administrativo foi questionado. Se a Srª Presidente do PSD tem esta posição relativamente a um Inspector da PJ reformado, o que pensará relativamente aos militantes activos que trabalham junto do Poder Judicial?Então um indivíduo que é militante do Partido não pode dar a cara e trabalhar em prole do projecto e do ideal que subscreve por exercer funções junto do Poder Judicial ou de Investigação Policial? O que diz, então, a Sr.ª Presidente do PSD relativamente a militantes que representam o Partido e que estiveram ligados ao Poder Judicial, como é o caso de Moita Flores, Fernando Negrão ou Laborinho Lúcio?Perante a posição da Sr.ª Presidente do PSD, que coloca aqueles que exercem funções junto do Poder Judicial na obrigação de optarem entre o exercício da sua actividade profissional e o exercício da sua militancia, vejo-me obrigado, por uma questão de consciência, a optar pela minha actividade profissional, pelo que, desde já, publicamente me demito de militante do PSD e, consequentemente, dos cargos que ocupo na estruta interna do Partido.Não representa esta demissão um corte com o ideal Social Democrata, nem com o projecto do Partido Social Democrata, que abracei durante mais de 20 anos, (dos 36 que tenho de vida), mas uma mera opção entre a actividade profissional e a actividade política que a Srª Presidente do Partido incentivou a tomar.Ás estruturas do PSD de Portimão e do PSD/Algarve desejo a realização de um bom trabalho, restando-me enviar um abraço de solidariedade política ao Dr. Mendes Bota e ao Dr. Gonçalo Amaral e desejar que 2009 seja um ano de vitórias.


Foi com estupefacção que ouvi as declarações da Presidente do meu Partido relativamente à candidatura de Gonçalo Amaral a Presidente da Câmara Municipal de Olhão.Não por ela estar contra, pois cada um é livre de ser a favor ou contra o que quiser e de manifestar essa opinião, embora esperasse um pouco mais de visão política por parte de quem lidera o PSD e pretende liderar os destinos do País.O argumento de que a candidatura de Gonçalo Amaral a Presidente da Câmara Municipal de Olhão pode transmitir uma ideia de promiscuidade entre o poder político e o poder judicial só cabe na cabeça de quem, na minha opinião, demonstra ter ensandecido, sendo extremamente ofensiva para todos os militantes do PSD que exercem funções junto do Poder Judicial.Enquanto escritor, Oficial de Justiça (desde 1998), Militante do PSD (desde 1988), representante sindical dos TSD e dirigente do SOJ (Sindicato dos Oficiais de Justiça) não posso de maneira alguma aceitar que a líder do meu Partido entenda que o exercício das minhas funções políticas, que sempre exerci de forma voluntária e não remunerada, a favor do superior interesse público, podem colidir, ou demonstrar a existência de promiscuidade entre o Poder Político e o Poder Judicial, questão que nunca, nem por parte da própria oposição, nem do próprio aparelho administrativo foi questionado. Se a Srª Presidente do PSD tem esta posição relativamente a um Inspector da PJ reformado, o que pensará relativamente aos militantes activos que trabalham junto do Poder Judicial?Então um indivíduo que é militante do Partido não pode dar a cara e trabalhar em prole do projecto e do ideal que subscreve por exercer funções junto do Poder Judicial ou de Investigação Policial? O que diz, então, a Sr.ª Presidente do PSD relativamente a militantes que representam o Partido e que estiveram ligados ao Poder Judicial, como é o caso de Moita Flores, Fernando Negrão ou Laborinho Lúcio?Perante a posição da Sr.ª Presidente do PSD, que coloca aqueles que exercem funções junto do Poder Judicial na obrigação de optarem entre o exercício da sua actividade profissional e o exercício da sua militancia, vejo-me obrigado, por uma questão de consciência, a optar pela minha actividade profissional, pelo que, desde já, publicamente me demito de militante do PSD e, consequentemente, dos cargos que ocupo na estruta interna do Partido.Não representa esta demissão um corte com o ideal Social Democrata, nem com o projecto do Partido Social Democrata, que abracei durante mais de 20 anos, (dos 36 que tenho de vida), mas uma mera opção entre a actividade profissional e a actividade política que a Srª Presidente do Partido incentivou a tomar.Ás estruturas do PSD de Portimão e do PSD/Algarve desejo a realização de um bom trabalho, restando-me enviar um abraço de solidariedade política ao Dr. Mendes Bota e ao Dr. Gonçalo Amaral e desejar que 2009 seja um ano de vitórias.

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