A Rosa: Lisboa, eleições

02-06-2010
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O espectáculo da Câmara de Lisboa - encenador Carmona - está nos capítulos finais. Estes tristes episódios deveriam encher de vergonha todos aqueles que durante os últimos anos tiveram responsabilidades nos Paços do Concelho. As notícias vindas a público sobre os milhões em cívida a diversos fornecedores, a necessidade de contrair empréstimos para pagar os ordenados dos funcionários, a quantidade escandalosa de assessores que todos os partidos têm ao seu serviço - implicando gasto de fortunas ao erário público -, a degradação mais do que visível da cidade de Lisboa... não deveriam tocar na consciência destas sumidades e lavá-las para bem longe?Surgem novos rostos, novos discursos, novas tendências. António Costa, pelo seu perfil, experiência e até pelo mediatismo que detém, será o favorito a vencer estas intercalares, mas vai ter de contar todas aas espingardas, pois a entrada de Helena Roseta poderá complicar muito estas contas. A ex-militante do PS tem sido, ao longo dos anos, uma enfant terrible no nosso cenário político, e, como não tem nada a perder, jogará ao ataque colocando em causa os poderes instalados. Como se sabe, o povo parece cansado dos discursos partidários e estes movimentos espontâneos ja demonstraram ter peso. Veja-se o caso da cnadidatura de Manuel Alegre. A segunda escolha de Marques Mendes, Fernando Negrão, poderá fazer esquecer o pesadelo que tem sido para o PSD estes últimos tempos alfacinhas. O candidato do PSD tentará passar uma imagem de homem íntegro, profundo conhecedor de áreas como a Segurança Social, o apoio a toxicodependentes e a segurança cívica, para assim evitar a derrocada laranja na capital. Os candidatos do Bloco e do PCP, pelo voto de confiança dada pelos seus aparelhos partidários, deverão continuar o trabalho até então desenvolvido. A candidatura de Carmona para além da fatal de ética demonstrada, ainda não permite observar a importância da sua participação no acto eleitoral. Como prevejo, não haverá bipolarização nestas eleições, e, por isso, cada voto terá uma importância tremenda e decisiva no resultado de 15 de Julho.


O espectáculo da Câmara de Lisboa - encenador Carmona - está nos capítulos finais. Estes tristes episódios deveriam encher de vergonha todos aqueles que durante os últimos anos tiveram responsabilidades nos Paços do Concelho. As notícias vindas a público sobre os milhões em cívida a diversos fornecedores, a necessidade de contrair empréstimos para pagar os ordenados dos funcionários, a quantidade escandalosa de assessores que todos os partidos têm ao seu serviço - implicando gasto de fortunas ao erário público -, a degradação mais do que visível da cidade de Lisboa... não deveriam tocar na consciência destas sumidades e lavá-las para bem longe?Surgem novos rostos, novos discursos, novas tendências. António Costa, pelo seu perfil, experiência e até pelo mediatismo que detém, será o favorito a vencer estas intercalares, mas vai ter de contar todas aas espingardas, pois a entrada de Helena Roseta poderá complicar muito estas contas. A ex-militante do PS tem sido, ao longo dos anos, uma enfant terrible no nosso cenário político, e, como não tem nada a perder, jogará ao ataque colocando em causa os poderes instalados. Como se sabe, o povo parece cansado dos discursos partidários e estes movimentos espontâneos ja demonstraram ter peso. Veja-se o caso da cnadidatura de Manuel Alegre. A segunda escolha de Marques Mendes, Fernando Negrão, poderá fazer esquecer o pesadelo que tem sido para o PSD estes últimos tempos alfacinhas. O candidato do PSD tentará passar uma imagem de homem íntegro, profundo conhecedor de áreas como a Segurança Social, o apoio a toxicodependentes e a segurança cívica, para assim evitar a derrocada laranja na capital. Os candidatos do Bloco e do PCP, pelo voto de confiança dada pelos seus aparelhos partidários, deverão continuar o trabalho até então desenvolvido. A candidatura de Carmona para além da fatal de ética demonstrada, ainda não permite observar a importância da sua participação no acto eleitoral. Como prevejo, não haverá bipolarização nestas eleições, e, por isso, cada voto terá uma importância tremenda e decisiva no resultado de 15 de Julho.

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