crackdown: Os escribas surdos

21-01-2011
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Num registo completamente diferente, o papel que Portugal se propõe desempenhar para a ratificação de um novo tratado europeu é analisado, assim, no 4ª República:«As declarações convergentes de hoje do Presidente da República e do Primeiro-Ministro, no sentido de que prioritário não é o referendo sobre o futuro tratado, mas sim o cumprimento honroso do mandato que foi cometido a Portugal no sentido de apresentar texto final do tratado a uma conferência intergovernamental, são responsáveis, são prudentes e, no quadro estabelecido no último conclave dos lideres europeus, compreendem-se.Essas declarações não podem, contudo, obnubilar o compromisso que todos os partidos, sem excepção, subscreveram de debater em campanha eleitoral o modelo a verter para o tratado. Tenha ele a extensão que tiver e independentemente do seu conteúdo, ao invés do que PR e PM declararam.(...)Também não ignoro as dificuldades das actuais lideranças em resolver o problema gerado pelo "Não" prevalecente nos referendos holandês e francês.Nada disto, porém, legitima a solução de resolver nos parlamentos, numa conjuntura de profunda crise do sistema representativo, o que pode e deve ser democraticamente discutido e assumido.Com a questão do referendo sobre o futuro tratado da União, está pois colocada em causa a credibilidade das lideranças políticas em Portugal. Sendo para mim certo que as tarefas e responsabilidade da presidência da União nos próximos seis meses não podem fazer esquecer o compromisso assumido pelos principais agentes políticos nacionais, e muito menos servir de pretexto para o ignorar.»Fica tudo dito, e muito bem dito!


Num registo completamente diferente, o papel que Portugal se propõe desempenhar para a ratificação de um novo tratado europeu é analisado, assim, no 4ª República:«As declarações convergentes de hoje do Presidente da República e do Primeiro-Ministro, no sentido de que prioritário não é o referendo sobre o futuro tratado, mas sim o cumprimento honroso do mandato que foi cometido a Portugal no sentido de apresentar texto final do tratado a uma conferência intergovernamental, são responsáveis, são prudentes e, no quadro estabelecido no último conclave dos lideres europeus, compreendem-se.Essas declarações não podem, contudo, obnubilar o compromisso que todos os partidos, sem excepção, subscreveram de debater em campanha eleitoral o modelo a verter para o tratado. Tenha ele a extensão que tiver e independentemente do seu conteúdo, ao invés do que PR e PM declararam.(...)Também não ignoro as dificuldades das actuais lideranças em resolver o problema gerado pelo "Não" prevalecente nos referendos holandês e francês.Nada disto, porém, legitima a solução de resolver nos parlamentos, numa conjuntura de profunda crise do sistema representativo, o que pode e deve ser democraticamente discutido e assumido.Com a questão do referendo sobre o futuro tratado da União, está pois colocada em causa a credibilidade das lideranças políticas em Portugal. Sendo para mim certo que as tarefas e responsabilidade da presidência da União nos próximos seis meses não podem fazer esquecer o compromisso assumido pelos principais agentes políticos nacionais, e muito menos servir de pretexto para o ignorar.»Fica tudo dito, e muito bem dito!

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