crackdown: Os tiques autoritários da ministra da educação

18-12-2009
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Mais um Director-geral subserviente e homem-de-mão de um governo que não suporta ver-se questionado. De seu nome Luís Capucha, o director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular foi o intermediário da ordem da ministra da educação à Associação de Professores de Matemática (APM), para abandonarem a comissão de acompanhamento do Plano de Matemática. Motivo? A APM atreveu-se a produzir um comunicado em que criticava declarações proferidas pela ministra da Educação, a propósito das conclusões a retirar dos resultados dos exames do 9º ano. Se não me surpreende que a ministra tenha, como é seu hábito, entendido que estes resultados serão uma boa prova da falta de competência dos professores, não deixo de considerar estranho que a APM ainda se surpreenda com a visão minimalista e redutora da ministra, e mais estranho me parece que a APM pensasse que tinha liberdade para vir, publicamente, dizê-lo. Daí, a minha pergunta - não terá ficado claro, para os membros da comissão de acompanhamento, APM incluída, quando foram convidados a integrar a comissão, que lhes ficava reservado o papel de silent partners? Pois é, não tiveram em devida conta o recado de António Vitorino:"Habituem-se!"


Mais um Director-geral subserviente e homem-de-mão de um governo que não suporta ver-se questionado. De seu nome Luís Capucha, o director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular foi o intermediário da ordem da ministra da educação à Associação de Professores de Matemática (APM), para abandonarem a comissão de acompanhamento do Plano de Matemática. Motivo? A APM atreveu-se a produzir um comunicado em que criticava declarações proferidas pela ministra da Educação, a propósito das conclusões a retirar dos resultados dos exames do 9º ano. Se não me surpreende que a ministra tenha, como é seu hábito, entendido que estes resultados serão uma boa prova da falta de competência dos professores, não deixo de considerar estranho que a APM ainda se surpreenda com a visão minimalista e redutora da ministra, e mais estranho me parece que a APM pensasse que tinha liberdade para vir, publicamente, dizê-lo. Daí, a minha pergunta - não terá ficado claro, para os membros da comissão de acompanhamento, APM incluída, quando foram convidados a integrar a comissão, que lhes ficava reservado o papel de silent partners? Pois é, não tiveram em devida conta o recado de António Vitorino:"Habituem-se!"

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