3 ... 2 ... 1 ...: Oh José, não vistes por ai 16 000 desempregados ?

18-12-2009
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Ontem tratou-se AQUI das previsões que todos os anos se fazem e que são a base para o cálculo dos valores dos aumentos salariais do ano seguinte.O “cineasta da palavra” avançou, diga-se com algum sentido de provocação, que “desde 1998, o erro médio de previsão do valor inscrito no Orçamento do Estado é de 0,63 pontos percentuais. Quer dizer, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates não sabem fazer contas e também não arranjam quem as saiba fazer."Entretanto, os órgãos de Comunicação Social avançaram que este "não sabem fazer contas", não se aplica ao Sr. José Sócrates, primeiro-ministro/"líder espiritual"deste país e adjuntos.Veja-se:"O número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego em Portugal caiu 13,8 por cento em Dezembro, face a igual mês de 2006, mantendo a trajectória descendente pelo 22º mês consecutivo...""No final de Dezembro encontravam-se inscritos nos Centros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 390.280 desempregados, menos 62.371 que no mesmo período do ano passado e menos 6.912 desempregados que no mês de Novembro.""...número de desempregados diminuiu 1,7 por cento..."Ora aqui está a prova que sabem de facto fazer contas.Lido assim sem contexto, muitos dirão que se trata de uma excelente notícia, mas o problema é que é preciso ver onde foram parar os que desapareceram dos centros de (des)emprego.Íamos quase a sair, a ir para a rua em apurada investigação para responder aos anseios dos nossos mais exigentes comentadores, quando de repente tal se tornou inútil.Mais uma vez, dando mostras que Sócrates e o seu Governo tudo ouvem, tudo sabem, tudo controlam, Fernando Medina, secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, veio lesto explicar “cerca de 16.000 desempregados estão fora do número de desempregados registados porque se encontram a receber formação profissional..."Explicando, os desempregados que integram acções de formação, simplesmente não entram nas estatísticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional; mais, os desempregados com acções de formação com mais de 200 horas, saem da categoria de desempregados, continuam areceber subsídio de desemprego, mas este deixa de ser pago pela Segurança Social e passa a ser pago através de uma Bolsa de Formação pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).Ou seja, quem participa em acções de formação é "limpo" temporariamente do sistema e deixa de contar para as estatísticas.Perante esta "redução" do numero de desempregados inscritos nos Centros de Emprego em Portugal, logo a propaganda entra em acção e trata de gritar aos sete ventos mais estes grande triunfo governamental.Mais que saber fazer contas, o que se vê é uma enorme capacidade de malabarismos matemáticos, onde a gerência, com um lápis atrás da orelha, vai acrescentando uns zeros e umas virgulas, conforme os números que é necessário apresentar.


Ontem tratou-se AQUI das previsões que todos os anos se fazem e que são a base para o cálculo dos valores dos aumentos salariais do ano seguinte.O “cineasta da palavra” avançou, diga-se com algum sentido de provocação, que “desde 1998, o erro médio de previsão do valor inscrito no Orçamento do Estado é de 0,63 pontos percentuais. Quer dizer, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates não sabem fazer contas e também não arranjam quem as saiba fazer."Entretanto, os órgãos de Comunicação Social avançaram que este "não sabem fazer contas", não se aplica ao Sr. José Sócrates, primeiro-ministro/"líder espiritual"deste país e adjuntos.Veja-se:"O número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego em Portugal caiu 13,8 por cento em Dezembro, face a igual mês de 2006, mantendo a trajectória descendente pelo 22º mês consecutivo...""No final de Dezembro encontravam-se inscritos nos Centros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 390.280 desempregados, menos 62.371 que no mesmo período do ano passado e menos 6.912 desempregados que no mês de Novembro.""...número de desempregados diminuiu 1,7 por cento..."Ora aqui está a prova que sabem de facto fazer contas.Lido assim sem contexto, muitos dirão que se trata de uma excelente notícia, mas o problema é que é preciso ver onde foram parar os que desapareceram dos centros de (des)emprego.Íamos quase a sair, a ir para a rua em apurada investigação para responder aos anseios dos nossos mais exigentes comentadores, quando de repente tal se tornou inútil.Mais uma vez, dando mostras que Sócrates e o seu Governo tudo ouvem, tudo sabem, tudo controlam, Fernando Medina, secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, veio lesto explicar “cerca de 16.000 desempregados estão fora do número de desempregados registados porque se encontram a receber formação profissional..."Explicando, os desempregados que integram acções de formação, simplesmente não entram nas estatísticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional; mais, os desempregados com acções de formação com mais de 200 horas, saem da categoria de desempregados, continuam areceber subsídio de desemprego, mas este deixa de ser pago pela Segurança Social e passa a ser pago através de uma Bolsa de Formação pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).Ou seja, quem participa em acções de formação é "limpo" temporariamente do sistema e deixa de contar para as estatísticas.Perante esta "redução" do numero de desempregados inscritos nos Centros de Emprego em Portugal, logo a propaganda entra em acção e trata de gritar aos sete ventos mais estes grande triunfo governamental.Mais que saber fazer contas, o que se vê é uma enorme capacidade de malabarismos matemáticos, onde a gerência, com um lápis atrás da orelha, vai acrescentando uns zeros e umas virgulas, conforme os números que é necessário apresentar.

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