PS considera “irreflectida” afirmação de Passos Coelho para responsabilizar criminalmente responsáves pela crise

08-11-2010
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“Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções”, disse Pedro Passos Coelho na sexta-feira durante um jantar promovido pelo PSD de Barcelos.

Em declarações hoje à Lusa, na sede do PS no Largo do Rato, Fernando Medina considerou que foi “uma afirmação irrefletida e imponderada por parte do líder do PSD”, afirmando que não pode “crer que um líder de um partido como o PSD com responsabilidades na Constituição e no Estado democrático possa convictamente ter afirmado algo dessa natureza”.

Num Estado de direito, todos estão sujeitos às regras e a cumpri-las, “mas num Estado de direito, também, a responsabilização pelas decisões e pelos atos políticos é feita pelos cidadãos, não é feita pelos tribunais”, disse.

“Um partido como o PSD que tem centenas, milhares de dirigentes que ocuparam e ocupam funções de responsabilidade pública a todos os níveis -- no Governo, nas autarquias, nos governos regionais - deveria sabê-lo muito bem para que não houvesse confusão nenhuma nesta matéria”, sustentou.

Por outro lado, é “uma declaração inoportuna”, disse, argumentando: “Neste momento, o que o país exige aos responsáveis políticos é a capacidade de concentração, de ponderação, de união em torno daquilo que é essencial”.

E essencial, explicou, é “combater a crise económica e apoiar o país encontrando as soluções possíveis para ajudar mais rapidamente a sair desta crise”.

“Por isso, neste momento, tão exigente para todos, compreendemos mal que se lancem para a agenda política temas tão marginais e de forma tão irrefletida cedendo, naturalmente, a cedências populistas, que rejeitamos mas que de forma nenhuma ajudam ao essencial que é resolver e ultrapassarmos os problemas com que estamos confrontados”, sublinhou.

Pedro Passos Coelho apelou também na sexta-feira ao Governo para “dar um sinal de consciência e de rigor” na execução do Orçamento do Estado para 2011 para que Portugal recupere a confiança de credores e mercados.

Sobre este apelo do líder do PSD, o porta-voz do PS afirmou que “o Governo está totalmente empenhado em cumprir o Orçamento do Estado para 2011 com máximo rigor, máxima determinação para conseguirmos cumprir os nossos objetivos tão exigentes em matéria de consolidação orçamental.

“Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções”, disse Pedro Passos Coelho na sexta-feira durante um jantar promovido pelo PSD de Barcelos.

Em declarações hoje à Lusa, na sede do PS no Largo do Rato, Fernando Medina considerou que foi “uma afirmação irrefletida e imponderada por parte do líder do PSD”, afirmando que não pode “crer que um líder de um partido como o PSD com responsabilidades na Constituição e no Estado democrático possa convictamente ter afirmado algo dessa natureza”.

Num Estado de direito, todos estão sujeitos às regras e a cumpri-las, “mas num Estado de direito, também, a responsabilização pelas decisões e pelos atos políticos é feita pelos cidadãos, não é feita pelos tribunais”, disse.

“Um partido como o PSD que tem centenas, milhares de dirigentes que ocuparam e ocupam funções de responsabilidade pública a todos os níveis -- no Governo, nas autarquias, nos governos regionais - deveria sabê-lo muito bem para que não houvesse confusão nenhuma nesta matéria”, sustentou.

Por outro lado, é “uma declaração inoportuna”, disse, argumentando: “Neste momento, o que o país exige aos responsáveis políticos é a capacidade de concentração, de ponderação, de união em torno daquilo que é essencial”.

E essencial, explicou, é “combater a crise económica e apoiar o país encontrando as soluções possíveis para ajudar mais rapidamente a sair desta crise”.

“Por isso, neste momento, tão exigente para todos, compreendemos mal que se lancem para a agenda política temas tão marginais e de forma tão irrefletida cedendo, naturalmente, a cedências populistas, que rejeitamos mas que de forma nenhuma ajudam ao essencial que é resolver e ultrapassarmos os problemas com que estamos confrontados”, sublinhou.

Pedro Passos Coelho apelou também na sexta-feira ao Governo para “dar um sinal de consciência e de rigor” na execução do Orçamento do Estado para 2011 para que Portugal recupere a confiança de credores e mercados.

Sobre este apelo do líder do PSD, o porta-voz do PS afirmou que “o Governo está totalmente empenhado em cumprir o Orçamento do Estado para 2011 com máximo rigor, máxima determinação para conseguirmos cumprir os nossos objetivos tão exigentes em matéria de consolidação orçamental.

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