Vera Jardim admite que medidas já podiam ter sido tomadas

01-10-2010
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À saída da reunião que José Sócrates convocou para a sede do Largo do Rato para explicar aos deputados o pacote de medidas, o deputado e ex-ministro admitiu que “é possível dizer que podiam ter sido tomadas há mais tempo, mas o Governo acreditou que os mercados iriam reagir melhor do que reagiram”. “Toma-as agora. É o pacote necessário nesta altura e tem uma preocupação de equidade”, realçou.

O deputado tem consciência de que “vai ser complicado, naturalmente, explicar muito bem aos portugueses qual é a situação”. Mas elogiou “as medidas duras mas corajosas que tinham que ser tomadas”.

“Correu bem”, diz Sócrates

Coragem foi aliás uma das palavras mais usadas pelos socialistas para descrever o anúncio do ministro das Finanças e do primeiro-ministro. Sobre o encontro, tanto Vera Jardim como os outros (poucos) deputados que falaram à saída falaram a uma só voz sobre a união interna acerca da necessidade imprescindível de tais medidas, contaram que se fez “um debate vivo, mas não houve críticas”. José Sócrates, que se escapou por uma porta lateral da sede, limitou-se a dizer, à entrada para o carro, “correu bem”.

Os deputados saíram da reunião aparentemente com um partido mais unido em torno da necessidade de pedir esforços aos portugueses, mas sobretudo à oposição. Mas de um modo mais suave do que o têm feito nas últimas semanas ao PSD – talvez pela necessidade de fazer passar tais medidas no Parlamento.

A credibilidade e o financiamento

Augusto Santos Silva dissera-o à entrada: “Está nas mãos de todos os partidos. O Orçamento de Estado é uma responsabilidade do Parlamento.” Vítor Ramalho, presidente da Federação do PS de Setúbal avisou que “a situação é tão dramática que se estas medidas não fossem tomadas o país não teria a credibilidade necessária para o financiamento de que precisa”.

A questão da credibilidade junto dos mercados internacionais foi o argumento repetido pelo novo porta-voz do PS. Mas Fernando Medina deu um passo em frente: falou também sobre aquilo que mais toca aos portugueses para tentar justificar o aumento de impostos e cortes nas prestações sociais e salários do sector Estado. A conjuntura “exigente” implica “medidas patrióticas” para “evitar que os juros das prestações à habitação subam para valores incomportáveis , para que as empresas tenham acesso ao financiamento e para que o Estado tenha acesso ao investimento para hospitais e escolas”, descreveu Fernando Medina.

“Se o orçamento não passar e não se tomassem estas medidas que a UE e os outros países exigem, como podemos salvaguardar o Estado social? Não conseguiríamos financiamento para o subsidiar”, afirmou Ramalho.

Sobre o papel do PSD Vítor Ramalho disse acreditar que “vai ser um partido responsável e Pedro Passos Coelho saberá tomar a decisão adequada para que o orçamento passe”.

À saída da reunião que José Sócrates convocou para a sede do Largo do Rato para explicar aos deputados o pacote de medidas, o deputado e ex-ministro admitiu que “é possível dizer que podiam ter sido tomadas há mais tempo, mas o Governo acreditou que os mercados iriam reagir melhor do que reagiram”. “Toma-as agora. É o pacote necessário nesta altura e tem uma preocupação de equidade”, realçou.

O deputado tem consciência de que “vai ser complicado, naturalmente, explicar muito bem aos portugueses qual é a situação”. Mas elogiou “as medidas duras mas corajosas que tinham que ser tomadas”.

“Correu bem”, diz Sócrates

Coragem foi aliás uma das palavras mais usadas pelos socialistas para descrever o anúncio do ministro das Finanças e do primeiro-ministro. Sobre o encontro, tanto Vera Jardim como os outros (poucos) deputados que falaram à saída falaram a uma só voz sobre a união interna acerca da necessidade imprescindível de tais medidas, contaram que se fez “um debate vivo, mas não houve críticas”. José Sócrates, que se escapou por uma porta lateral da sede, limitou-se a dizer, à entrada para o carro, “correu bem”.

Os deputados saíram da reunião aparentemente com um partido mais unido em torno da necessidade de pedir esforços aos portugueses, mas sobretudo à oposição. Mas de um modo mais suave do que o têm feito nas últimas semanas ao PSD – talvez pela necessidade de fazer passar tais medidas no Parlamento.

A credibilidade e o financiamento

Augusto Santos Silva dissera-o à entrada: “Está nas mãos de todos os partidos. O Orçamento de Estado é uma responsabilidade do Parlamento.” Vítor Ramalho, presidente da Federação do PS de Setúbal avisou que “a situação é tão dramática que se estas medidas não fossem tomadas o país não teria a credibilidade necessária para o financiamento de que precisa”.

A questão da credibilidade junto dos mercados internacionais foi o argumento repetido pelo novo porta-voz do PS. Mas Fernando Medina deu um passo em frente: falou também sobre aquilo que mais toca aos portugueses para tentar justificar o aumento de impostos e cortes nas prestações sociais e salários do sector Estado. A conjuntura “exigente” implica “medidas patrióticas” para “evitar que os juros das prestações à habitação subam para valores incomportáveis , para que as empresas tenham acesso ao financiamento e para que o Estado tenha acesso ao investimento para hospitais e escolas”, descreveu Fernando Medina.

“Se o orçamento não passar e não se tomassem estas medidas que a UE e os outros países exigem, como podemos salvaguardar o Estado social? Não conseguiríamos financiamento para o subsidiar”, afirmou Ramalho.

Sobre o papel do PSD Vítor Ramalho disse acreditar que “vai ser um partido responsável e Pedro Passos Coelho saberá tomar a decisão adequada para que o orçamento passe”.

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