No final dos anos 80, início dos 90, era um dos tintos favoritos de críticos e enófilos, mas a dada altura desapareceu das prateleiras e só o íamos encontrando numa ou noutra garrafeira ou em algum restaurante que aposta em vinhos velhos. Agora, o Quinta de Foz de Arouce renasceu, com uma magnífica colheita de 2003, sempre 100% baga, produzido nesta propriedade situada na serra da Lousã, o que lhe dá denominação de regional Beiras.
Também como sempre, o enólogo é João Portugal Ramos (com João Vidal), mais conhecido pelos seus vinhos alentejanos, genro do produtor. Foi a ele que coube apresentar a nova colheita, num jantar interessantíssimo no Eleven, sobretudo porque houve uma prova vertical das colheitas de 1988, 1989, 1990, 1991. 1992, 1995, 2001 e 2003. Só faltou a primeira, de 1987, comercializada com outro nome por um clube de vinhos.
A opinião generalizada entre os especialistas presentes foi a de que, salvo o de 1992, todos os vinhos tinham envelhecido lindamente e era só encontrar os pratos certos para os fazer brilhar.
Os que defendem o fim da obrigatoriedade brancos com peixes e tintos com carnes encontrarão neste jantar do Eleven motivos de regozijo. É que só com as colheitas de 2001 e de 2003 (ambas das vinhas velhas de Santa Maria) se serviu carne, mais precisamente carré de cordeiro em crosta de gengibre, cassolette de feijão. É que a força do borrego e da leguminosa pedia vinhos novos.
De resto, um esplêndido filete de salmonete fumado com molho de caviar avruga foi acompanhado pelos 1988 e 1989 (um belo vinho), um pregado sobre cama de espinafres e molho de vinho tinto (pronto, aqui a ligação será mais fácil) com os de 1990 e 1991, e uns talharines com frutos do mar com os de 1992 e 1995.
Se este jantar foi uma celebração da baga e da sua capacidade de envelhecimento, ficou-se a saber que se está a plantar touriga nacional na quinta, o que poderá dar novos vinhos. Mas é certo que esta marca, com este terroir e esta história, é para continuar. Ou seja, continuará a dar óptimas recordações a quem gosta de vinho. Novo ou velho.
No final dos anos 80, início dos 90, era um dos tintos favoritos de críticos e enófilos, mas a dada altura desapareceu das prateleiras e só o íamos encontrando numa ou noutra garrafeira ou em algum restaurante que aposta em vinhos velhos. Agora, o Quinta de Foz de Arouce renasceu, com uma magnífica colheita de 2003, sempre 100% baga, produzido nesta propriedade situada na serra da Lousã, o que lhe dá denominação de regional Beiras.
Também como sempre, o enólogo é João Portugal Ramos (com João Vidal), mais conhecido pelos seus vinhos alentejanos, genro do produtor. Foi a ele que coube apresentar a nova colheita, num jantar interessantíssimo no Eleven, sobretudo porque houve uma prova vertical das colheitas de 1988, 1989, 1990, 1991. 1992, 1995, 2001 e 2003. Só faltou a primeira, de 1987, comercializada com outro nome por um clube de vinhos.
A opinião generalizada entre os especialistas presentes foi a de que, salvo o de 1992, todos os vinhos tinham envelhecido lindamente e era só encontrar os pratos certos para os fazer brilhar.
Os que defendem o fim da obrigatoriedade brancos com peixes e tintos com carnes encontrarão neste jantar do Eleven motivos de regozijo. É que só com as colheitas de 2001 e de 2003 (ambas das vinhas velhas de Santa Maria) se serviu carne, mais precisamente carré de cordeiro em crosta de gengibre, cassolette de feijão. É que a força do borrego e da leguminosa pedia vinhos novos.
De resto, um esplêndido filete de salmonete fumado com molho de caviar avruga foi acompanhado pelos 1988 e 1989 (um belo vinho), um pregado sobre cama de espinafres e molho de vinho tinto (pronto, aqui a ligação será mais fácil) com os de 1990 e 1991, e uns talharines com frutos do mar com os de 1992 e 1995.
Se este jantar foi uma celebração da baga e da sua capacidade de envelhecimento, ficou-se a saber que se está a plantar touriga nacional na quinta, o que poderá dar novos vinhos. Mas é certo que esta marca, com este terroir e esta história, é para continuar. Ou seja, continuará a dar óptimas recordações a quem gosta de vinho. Novo ou velho.