Alhos Vedros ao Poder !: A teoria dos "desafios"

26-01-2011
marcar artigo


Um dos fenómenos mais interessantes do discurso actual é o dos "desafios".Parece que toda a gente está preparada para "novos desafios".Em especial em grupos como os apresentadores de televisão, os artistas, os futebolistas e os políticos.Um programa não presta para nada e é retirado do ar ? Os responsáveis ou os envolvidos dizem que vão partir para um "novo desafio".Um futebolista não joga e é emprestado ao Mijinha na Escada F. C. ? Afirma logo que a sua carreira estava a precisar mesmo de "um desafio como este" para ser relançada.Um político perde umas eleições, é destituído de um cargo ou é nomeado para um lugar do género "prateleira dourada" ? É um "desafio estimulante" que assume, arregaçando as mangas e etc e tal.Tudo conversa fiada, mas fica bem falar em desafios quando ou as coisas correram mal e foi necessário bater em retirada, ou então quando não se assumem compromissos anteriores e se voa para outros destinos.Isto veio-me à ideia ao ler o panegírico em forma de texto jornalístico, publicado ontem, quanto ao "desafio" que Eurídice Pereira encontra no seu novo cargo obviamente aparelhístico na CCDR de Lisboa e Vale do Tejo. Claro que EP vai para onde vai, porque perdeu umas eleições e todos sabíamos que, se perdesse, era apenas uma questão de tempo e oportunidade, a sua partida para outras paragens. Era mais do que óbvio que não iria ficar atrás a exercer o mandato para que foi eleita, mesmo sendo como elemento da Oposição a olhar para um Poder maioritário.Mas não era necessário este lançamento de areia para os nossos olhos, a que o JM se associa com a alegria acrítica de sempre.Diz-me uma pessoa de evidente boa vontade e improvável aparente ingenuidade, que a drª EP no cargo para que foi nomeada poderá estar em situação de melhor ajudar o concelho.Só nos seus sonhos, caro amigo !Então, ela vai para lá para ajudar os que lhe ganharam cá a desenvolver o concelho ?Mas o meu caro está a falar das mesmas pessoas que eu ?Acha alguém sinceramente que EP, ao ir para vice-presidente daquilo, está a pensar nos interesses do concelho ?E acha que, depois do azedume com que se mimosearam há uns poucos meses, ela, o Lobo, o Garcia e o resto se vão irmanar numa acção comum em prol de todos nós ?Uma ideia dessas só como brincadeira é que se pode (não) tomar a sério.Eurídice Pereira foi à vida dela, como sempre, depois de dois anos em que pensou que a sua carreira política pessoal podia ser beneficiada por uma vitória na corrida para a CMM.Isso já era sabido e quase todos o perceberam, e nem teria sido sequer necessário alguns terem feito a campanha suja que fizeram, como vendetta ressabiada, a partir do interior do próprio PS.Mas, como se viu com o seu aliado Mourinha que antecipou o desastre, só a vitória interessava, o resto fica para os figurantes com efectiva ligação à terra e cuja vida passa por cá.Nesse aspecto, a malta da CDU tem uma vantagem, pois não tendo a sombrinha do Estado Central, estão limitados a lutar com unhas e dentes pelo pouco que têm para distribuir, e isso passa quase em exclusivo por umas dezenas de autarquias a sul do Tejo.Aí se explica a diferença de níveis de combatividade.Aí se percebe a diferença de natureza das almofadas de cada um.AV1


Um dos fenómenos mais interessantes do discurso actual é o dos "desafios".Parece que toda a gente está preparada para "novos desafios".Em especial em grupos como os apresentadores de televisão, os artistas, os futebolistas e os políticos.Um programa não presta para nada e é retirado do ar ? Os responsáveis ou os envolvidos dizem que vão partir para um "novo desafio".Um futebolista não joga e é emprestado ao Mijinha na Escada F. C. ? Afirma logo que a sua carreira estava a precisar mesmo de "um desafio como este" para ser relançada.Um político perde umas eleições, é destituído de um cargo ou é nomeado para um lugar do género "prateleira dourada" ? É um "desafio estimulante" que assume, arregaçando as mangas e etc e tal.Tudo conversa fiada, mas fica bem falar em desafios quando ou as coisas correram mal e foi necessário bater em retirada, ou então quando não se assumem compromissos anteriores e se voa para outros destinos.Isto veio-me à ideia ao ler o panegírico em forma de texto jornalístico, publicado ontem, quanto ao "desafio" que Eurídice Pereira encontra no seu novo cargo obviamente aparelhístico na CCDR de Lisboa e Vale do Tejo. Claro que EP vai para onde vai, porque perdeu umas eleições e todos sabíamos que, se perdesse, era apenas uma questão de tempo e oportunidade, a sua partida para outras paragens. Era mais do que óbvio que não iria ficar atrás a exercer o mandato para que foi eleita, mesmo sendo como elemento da Oposição a olhar para um Poder maioritário.Mas não era necessário este lançamento de areia para os nossos olhos, a que o JM se associa com a alegria acrítica de sempre.Diz-me uma pessoa de evidente boa vontade e improvável aparente ingenuidade, que a drª EP no cargo para que foi nomeada poderá estar em situação de melhor ajudar o concelho.Só nos seus sonhos, caro amigo !Então, ela vai para lá para ajudar os que lhe ganharam cá a desenvolver o concelho ?Mas o meu caro está a falar das mesmas pessoas que eu ?Acha alguém sinceramente que EP, ao ir para vice-presidente daquilo, está a pensar nos interesses do concelho ?E acha que, depois do azedume com que se mimosearam há uns poucos meses, ela, o Lobo, o Garcia e o resto se vão irmanar numa acção comum em prol de todos nós ?Uma ideia dessas só como brincadeira é que se pode (não) tomar a sério.Eurídice Pereira foi à vida dela, como sempre, depois de dois anos em que pensou que a sua carreira política pessoal podia ser beneficiada por uma vitória na corrida para a CMM.Isso já era sabido e quase todos o perceberam, e nem teria sido sequer necessário alguns terem feito a campanha suja que fizeram, como vendetta ressabiada, a partir do interior do próprio PS.Mas, como se viu com o seu aliado Mourinha que antecipou o desastre, só a vitória interessava, o resto fica para os figurantes com efectiva ligação à terra e cuja vida passa por cá.Nesse aspecto, a malta da CDU tem uma vantagem, pois não tendo a sombrinha do Estado Central, estão limitados a lutar com unhas e dentes pelo pouco que têm para distribuir, e isso passa quase em exclusivo por umas dezenas de autarquias a sul do Tejo.Aí se explica a diferença de níveis de combatividade.Aí se percebe a diferença de natureza das almofadas de cada um.AV1

marcar artigo