19h24 Sócrates à saída do debate, falando aos jornalistas: "Crise política? isso é contrário aos interesses do país. Lamento muito que haja políticos que apenas têm na cabeça as questões dos arranjinhos políticos"
19h23 35 anos depois do verão quente, eis que se aproxima mais um verão quente em termos políticos
19h22 Principal nota a retirar: o debate do Estado da Nação foi o primeiro da Legislatura, mas mais parecia o último. Enquanto Sócrates fazia um discurso optimista, quase em tom eleitoral, vários deputados da oposição falarm no clima pré-eleitoral que se vive. Portas elevou a parada, ao falar numa coligação PS/PSD/CDS, nunca tentada para a governação. Mas sem Sócrates. O PSD diz que só vai para o Governo com eleições (e Passos a primeiro-ministro), o PS parece querer forçar a barra da crise.19h21 Acabou o debate
19h17 "Quando foram desafiados para assumir responsabilidades.... disse nada, voltou as costas e foi fazer conferencia de imprensa para a sede do seu partido". Vieira da Silva lembra conversas de Sócrates com líderes da oposição no início da Legislatura
19h13 Vieira da Silva para Paulo Portas: "tirou do seu célebre saco de grandes ideias, um coelho da cartola. E qual foi ele? é simples, eu vou para o governo e resolvo todos os problemas". Socialistas aplaudem
19h10 Vieira da Silva é o último a falar no debate do Estado da Nação. Que, a julgar pelo clima político, bem pode ser o último da Legislatura.
19h05 Luís Montenegro, do PSD, encerra o debate pelo seu partido, dizendo que o PSD chegará ao poder "só e quando os eleitores nos escolherem". Sem eleições, jamé, podia acrescentar. Uma resposta aos apelos para um governo de bloco central ou mesmo mais que isso, incluindo o CDS
18h50 O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu hoje ao primeiro ministro, José Sócrates, que abandone o Governo e que seja formado
um Executivo com os democratas-cristãos, PSD e PS. Reproduzo este take da Lusa, pela importância óbvia. Mais uma vez Portas agita a política portuguesa em força
18h22 Paulo Portas diz que primeiro-ministro mentiu, ludibriou, pantominou, errou, facilitou, enganou, incumpriu, negou o que dissera...
18h14 Miguel Tiago, deputado do PCP, no twitter, sobre a intervenção do líder da bancada socialista: as diferenças entre PS e PSD são tantas que Assis não conseguiu enumerar nenhuma numa inetrvenção com mais de 10 minutos.
18h13 "Há muitos portugueses que nas eleições não esitveram connosco e que neste momento estão". SE Assis estiver correcto o melhor é despedir oa responsáveis das empresas de sondagens.
18h11 Sobre a revisão da Constituição, e o que o PSD pretende, diz assim: "quer por em causa o Estado social".
18h10 Francisco Assis fala do "vazio" do PSD e da falta de propostas concretas do maior partido da oposição. em boa verdade, onde estão os projectos de reforma laboral ou de acumulação de pensões? Tardam, é o que é....
18h09 Outro comentário, este de José Manuel Fernandes, ex-director do Público, encontrado no Twitter: Sócrates veio falar da pobreza de 2008, quando não havia crise, no debate Estado da Nação 2010. Sinal que nada tem a dizer sobre o presente
18h07 Procuro opiniões e impressões pelas redes sociais. Deixo esta, do meu director, Henrique Monteiro: O engº Sócrates vive num país diferente do meu, longe, muito longe do meu. O país dele é muito melhor, está óptimo! O meu está muito pior, está péssimo! No dele baixa o desemprego, no meu aumenta; no dele as empresas florescem, no meu fecham; no dele os negócios desenvolvem-se, no meu murcham...
18h04 Francisco Assis, volta a falar. é sempre ingrato o papel de um líder de bancada do partido do Governo. Nunca se consegue evitar que seja uma espécie de coro do primeiro-ministro.
18h01 Ana Drago, do Bloco de Esquerda.
18h00 Conclusão óbvia do que já se ouviu: Não vai faltar muito para que alguém apresente uma moção de censura ao Governo e a oposição juntar-se toda e levar o país para eleições. Quem ficará com o ónus?
17h58 Quase três horas depois do início do debate, diz-me o Henrique Raposo, colunista do Expresso, que os partidos deviam caprichar e apostar mais num debate importante como este. Concordo inteiramente. Parece um debate quinzenal mas com mais tempo para falar.
17h57 Miguel Macedo ataca a desorientação do ministro das Obras Públicas, António Mendonça
17h55 Depois do debate mais taco-a-taco, começa o período de intervenções de fundo. A primeira é de Miguel Macedo, líder da bancada do PSD. Relembro que Passos Coelho não é deputado e por isso não está no PArlamento. E que falta fazia que o debate do Estado da Nação fosse feito com o líder do maior partido da oposição...
17h48 Sócrates elogia Leonor Beleza, lembrando o tempo em que era ministra da Saúde de Cavaco.
17h46 É só a mim que faz confusão que um deputado da Nação se sente no hemiciclo da Assembleia da República vestido de t-shirt? Estarei a ficar velho? Não devem os órgãos de soberania ter alguma solenidade? É que o senhor que eu vejo pela tv não o representa a ele. Representa milhares de pessoas. E não é suposto estar ali como se estivesse na praia. Pelo menos podia não parecer que está ali como se estivesse na praia.
17h44 "ESpírito reformista do PSD? Quando se fala de reformas, estão contra todas".
17h43 Sócrates ataca proposta liberal de revisão constitucional do PSD. "A agenda do PSD tem por trás ideia que o Estado Social é excessivo".
17h41 Sócrates responde em bloco ao PSD, com três perguntas sobre o Estado Social. "Enquanto eu ouço o líder do PSD dizer que o problema é o aumento das responsabilidades sociais do Estado, eu respondo que um Estado à altura das circunstâncias foi um dos benefícios que tivémos".
17h40 Clara Carneiro, do PSD. "O senhor vai ficar conhecido como o Despovoador"
17h34 António Filipe, do PCP. "ensaiou uma fuga para a frente mas foi para parte nenhuma. O seu discurso foi sobre uma Nação que só existe no seu discurso"
17h33 Pedro Duarte, do PSD. Ataca fusão de escolas e agrupamentos escolares.
17h32 Bernardino Soares, do PCP, fala da tributação da banca. "Porque é que não penalizam esses?"
17h30 José Manuel Pureza, do Bloco de Esquerda... Fala das golden share
17h23 Depois da ronda pelos líderes seguem-se sete, sete perguntas e pedidos de esclarecimento ao primeiro-ministro. Adão e Silva, do PSD, é o primeiro. Cita Hemingway, mas engana-se...
17h21 Não me lembro de um debate parlamentar em que no horizonte não estivessem eleições em que se tivesse falado tanto de eleições e de período eleitoral
17h19 "Vamos entrar numa fase eleitoral. Porque, sr primeiro-ministro, em 2011 eles vão querer abocanhar", diz a ecologista a Sócrates, referindo-se aos partidos de direita
17h18 Repito e reforço a nota anterior: Os socialistas vão passar os próximos meses a acusar a sua esquerda de estar a fazer o jogo da direita. Este é um facto político da maior importância.
17h15 Fala Heloísa Apolónia, dos Verdes. "Um dos maiores problemas dos portugueses é terem o Governo que têm". Aparte imediato de Francisco Assis leva a deputada a responder "não, senhor deputado, o Psd também não é solução"... Os socialistas vão passar os próximos meses a acusar a sua esquerda de estar a fazer o jogo da direita.
17h09 Estes debates sem o Manuel Pinho ganham em rigor mas perdem em animação...
17h07 Sócrates volta a repetir, é prai a décima vez hoje, que a pobreza caiu nos últimos três anos de 20 para 17,9 por cento. "O discurso do PCP e do BE aqui foi um embuste, porque as desigualdades desceram"
17h05 "O seu discurso de hoje demonstra que continua a olhar para as estrelas em vez de por os pés na terra. Não é com retórica que ultrapassamos os problemas" - Jerónimo
17h03 "É justo que paguem tanto os culpados como os que não tiveram culpa nenhuma?" - Jerónimo
17h02 Bernardino Soares está vestido como um agente de um cantor pimba...
17h01 Jerónimo de Sousa. é a vez dos comunistas neste debate.
17h00 (nota pessoal) ainda não inventaram injecções de nicotina para quem tem de escrever ao minuto o que se passa no debate....
16h59 "Quem está mortinho por eleições e por fazer o jogo da direita é o Bloco de Esquerda. O sr deputado Louçã está em campanha permanente". Sócrates
16h58 Sócrates ataca a "santa aliança" da oposição por ter feito uma comissão de inquérito para o atacar. Refere-se ao negócio PT/TVI
16h55 Sócrates fala no "glaimer". Deve ser em inglês técnico a palavra "glamour"
16h53 "Eu não me considero um optimista". Sócrates com a frase do dia
16h52 "Eu gosto muito de Fernando PEssoa. Mas eu não citei Pessoa aqui no Parlamento", Sócrates responde a Louçã
16h50 "Estamos num pântano político. Fez um acordo de dois anos com o PSD mas não acredita nisso"
16h49 "O maior investiumento público no século XXI foi no Banco Português de Negócios" - Louçã. Ataca privatizações, dizendo que isso é que é "Estado a menos"
16h48 "Probabilidade é por um polvo em cima de duas caixas. Aumento do desemprego é uma certeza" - Francisco Louçã
16h47 Sócrates ouve as críticas de Louçã. Mas ainda não repetiu o "manso é a tua tia", apesar de pelo ar vontade não lhe faltar
16h45 Francisco Louçã fala pela primeira vez no debate de hoje. Lembra o discurso de José Sócrates no Estado da Nação de há um ano.
16h43 Silva Pereira acaba a dizer que a pobreza desceu seis pontos. Com o optimismo de Sócrates não admira o exagero: foram seis décimas de ponto e não seis pontos.
16h42 CDS e Sócrates trocam argumentos sobre as décimas que o indíce de pobreza desceu ou não nestes anos e quem é o principal responsável. Mota Soares e Pedro Silva Pereira entram na luta
16h39 Sócrates: "quando a conversa não lhe interessa vira a cara para o lado". Portas irrita-se com o comentário
16h37 "Dois terços dos portugueses não verão as deduções fiscais afectadas", diz Sócrates a Portas, depois da dica ter sido sussurrada ao primeiro-ministro por Teixeira dos Santos
16h36 Portas e Sócrates jantaram há uns meses e falharam acordo de Governo, revelou o Expresso sábado passado. Como esses tempos parecem agora longe
16h34 "O que o sr quer é que os que mais rendimento têm possam fazer descontos na saúde e eduação. Isso é injusto" - Sócrates a Portas
16h33 Teixeira dos Santos tira notas durante a intervenção de Portas. Parece agitado
16h33 Sócrates responde a Portas
16h32 Portas diz que assim, com o plano que propõe, se poupa mais de mil milhões de euros ao Estado.
16h30 Portas critica o aumento de impostos. E propõe plano das despesas que podem ser reduzidas, de forma a dispensar novo aumento de impostos para o ano que vem. Entre outros: eliminação de institutos públicos; reduzir aquisição de bens pelo Estado; reduzir membros dos conselhos de administação de empresas do Estado; moralizar o rendimento mínimo; usar solução mais simples e equitativa nas SCUT.
16h28 Portas: "não deixa de ser surpreendente ouvir o PSD falar em impostos a mais. A última vez que os ouvi dizer isso ouvi-os um mês depois pedirem desculpa aos portugueses". Portas dá ferroada a Passos e lembra a aprovação do PEC em conjunto por PS e PSD.
16h26 Paulo Portas fala pela primeira vez hoje. "Em que país é que o primeiro-ministro vive? Que Portugal é que o primeiro-ministro vê? É de tal forma irrealista e fantasioso que um dia vamos ouvi-lo aqui dizer que PORTUGAL GANHOU O CAMPEONATO DO MUNDO DE FUTEBOL"
16h24 Voltando à política, Sócrates diz que os que actuam com base no cálculo político (e esperam uma crise) acabam por ser os mais ingénuos. Primeiro-ministro vai dando ferroadas em Passos Coelho, de forma subtil
16h23 É impressão minha ou Teixeira dos Santos está com um ar cansadíssimo?
16h22 Palavras chave para Sócrates: CONFIANÇA, ÂNIMO, ESTÍMULO
16h20 Na emissão do debate pelo Canal Parlamento já vamos na terceira intérprete de linguagem gestual desde o início do debate
16h18 "Temos consciência das dificuldades, não as ignoramos, mas temos confiança na acção do Governo" - Francisco Assis
16h14 Fala Francisco Assis, líder da bancada parlamentar do PS. E um dos nomes cada vez mais falado, inclusivé pelo próprio, para vir a suceder a Sócrates na liderança dos socialistas.
16h10 "Por alguma razão os senhores convidam essas pessoas para as vossas jornadas parlamentares". Sócrates refere-se às jornadas em que falaram Luís Campos e Cunha, seu antigo ministro, e Ernâni Lopes, antigo ministro de Mário Soares. Este último defendeu o corte dos salários da função pública.
16h09 "Os senhores só falam de eleições e de sondagens. Os portugueses não estão preocupados com isso" - Sócrates
16h08 "É sempre o mesmo discurso catastrofista. Isso não dá ânimo, não dá coragem. Nenhum político pode desistir da confiança e de dar ânimo ao seu povo". Sócrates explica o porquê de tanto optimismo
16h07 Sócrates responde a Miguel Macedo, rebatendo os números. E garantindo que hoje há menos pobres em Portugal. O primeiro-ministro volta a puxar pelos dados de investimento em investigação e tecnologia. Afinal, em 2005 o plano tecnológico foi a grande bandeira socialista.
16h04 Manuela Ferreira Leite, na última fila da bancada do PSD, troca impressões com Pacheco Pereira e Paulo Mota Pinto.
16h02 Se são precisos dois para dançar o tango, não se vê pelo início deste debate como socialistas e sociais-democratas o vão conseguir dançar.
16h01 "O senhor comprometeu o presente e hipotecou o futuro" - Macedo.
16h00 "Temos o desemprego mais alto de sempre" - Macedo. "o senhor insulta as dificuldades de 600 mil portugueses"
15h59 "Fez um discurso de insensibilidade social e de autismo político. Corre o sério risco de cada vez mais portugueses não o levarem a sério" - Miguel Macedo
15h57 "É preciso ter muita lata" , diz Miguel Macedo. "Temos um país da fantasia, que é o país do primeiro-ministro. E o país das dificuldades, que é o dos portugueses"
15h55 Primeiro a fazer perguntas a Sócrates é Miguel Macedo. Líder parlamentar do PSD tem 5 minutos. Começa assim: "se o país fosse o que descreveu, não percebo porque é que mais de 100 mil portugueses abandonam o país todos os anos porque não vislumbram um futuro."
15h54 Sócrates acaba o discurso, 38 minutos depois. PS aplaude de pé. O discurso pode ser irrealista, mas o primeiro-ministro continua a mostrar uma vontade de ferro. Quem quiser tirá-lo de lá vai ter que suar muito.
15h52 O novo filme do Shrek tem mais adesão à realidade do que o discurso de José Sócrates
15h49 "O tempo não é para as pequenas vantagens políticas." "O País sabe bem o que custaria essa crise"
15h48 Sócrates passa à política, dura e pura. "Ou escolhemos a atitude dos que querem somar às dificuldades uma crise política artificial..."
15h46 Mas se o país está assim porque é que continuam a aumentar os impostos? pergunto eu...
15h45 "Somos o primeiro país europeu em governo electrónico"
15h44 "Isto são factos indesmentíveis", diz Sócrates depois de falar nas maravilhas na execução orçamental, redução do desemprego, redução das desigualdades sociais e do abandono escolar.
15h42 Sócrates responde aos "sorrisos amarelos" da oposição falando na maior redução do abandono escolar em Portugal em décadas. "Como os deputados reagem desapontados a bons números...."
15h41 Depois da economia e finanças e do Estado Social, Sócrates fala da recuperação das escolas.
15h40 No twitter, escreve o deputado social-democrata Emídio Guerreiro: Onde fica o país que Sócrates está a descrever? Quero emigrar para lá! É tudo tão bom...
15h36 Galerias do Parlamento cheias de gente. Para quem diz que as pessoas não querem saber de política para nada...
15h34 Sócrates diz que Portugal "se pode orgulhar do caminho que está a ser seguido" em matéria social. Começam os apartes. Sócrates diz, e repete, que Portugal está com a taxa de pobreza "mais baixa de sempre". Em torno dos 17,9%
15h32 "Estado social é um avanço civilizacional que é preciso defender". Socialistas gostam de ouvir e interrompem com alguns aplausos
15h30 Sócrates realça os investimentos em ciência e tecnologia nos últimos anos, os socialistas aplaudem. Portas tira notas furiosamente. Jerónimo está com um ar pesado
15h29 Sócrates parece o primeiro-ministro da Suécia, ou de outro país nórdico, a falar. Será que o tom optimista é inevitável para quem nos governa, de forma a dar ânimo, ou é algo excessivo e fora do mundo, perante a situação que enfrentamos?
15h26 "Nos últimos três meses inscritos nos centro de emprego baixaram 20 mil pessoas" - Sócrates. O Estado da Nação parece tão cor de rosa, ao ouvir o primeiro-ministro
15h24 "Recuperação económica é um facto" - Sócrates
15h23 "A economia portuguesa foi, das europeias, uma das que melhor resistiu à crise" - Sócrates
15h21 "Tomámos medidas dificeis mas justas" - Sócrates, de gravata entre o vermelho e o bordeaux
15h19 "Os Estados fizeram bem. Foi a intervenção do Estado que impediu que a crise assumisse maiores proporções. Foi Estado a menos que esteve na origem da crise" - Sócrates
15h16 José Sócrates sobe à tribuna e começa o discurso
15h13 Sócrates tem Pedro Silva Pereira, seu braço direito político, de um lado, e Fernando Teixeira dos Santos, o ministro das Finanças (e o ministro mais em foco nestes primeiros meses da Legislatura) ficam ao lado do primeiro-ministro.
15h12 Jaime Gama dá início à sessão e manda abrir as galerias. José Sócrates toma o seu lugar na bancada do Governo.
15h09 Líderes políticos, como Louçã, Pureza e Bernardino Soares, já estão nos seus lugares na primeira fila. Falta a bancada do Governo.
15.00 Tudo a postos para o debate parlamentar mais importante do ano. Hemiciclo de São Bento ainda pouco composto.
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19h24 Sócrates à saída do debate, falando aos jornalistas: "Crise política? isso é contrário aos interesses do país. Lamento muito que haja políticos que apenas têm na cabeça as questões dos arranjinhos políticos"
19h23 35 anos depois do verão quente, eis que se aproxima mais um verão quente em termos políticos
19h22 Principal nota a retirar: o debate do Estado da Nação foi o primeiro da Legislatura, mas mais parecia o último. Enquanto Sócrates fazia um discurso optimista, quase em tom eleitoral, vários deputados da oposição falarm no clima pré-eleitoral que se vive. Portas elevou a parada, ao falar numa coligação PS/PSD/CDS, nunca tentada para a governação. Mas sem Sócrates. O PSD diz que só vai para o Governo com eleições (e Passos a primeiro-ministro), o PS parece querer forçar a barra da crise.19h21 Acabou o debate
19h17 "Quando foram desafiados para assumir responsabilidades.... disse nada, voltou as costas e foi fazer conferencia de imprensa para a sede do seu partido". Vieira da Silva lembra conversas de Sócrates com líderes da oposição no início da Legislatura
19h13 Vieira da Silva para Paulo Portas: "tirou do seu célebre saco de grandes ideias, um coelho da cartola. E qual foi ele? é simples, eu vou para o governo e resolvo todos os problemas". Socialistas aplaudem
19h10 Vieira da Silva é o último a falar no debate do Estado da Nação. Que, a julgar pelo clima político, bem pode ser o último da Legislatura.
19h05 Luís Montenegro, do PSD, encerra o debate pelo seu partido, dizendo que o PSD chegará ao poder "só e quando os eleitores nos escolherem". Sem eleições, jamé, podia acrescentar. Uma resposta aos apelos para um governo de bloco central ou mesmo mais que isso, incluindo o CDS
18h50 O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu hoje ao primeiro ministro, José Sócrates, que abandone o Governo e que seja formado
um Executivo com os democratas-cristãos, PSD e PS. Reproduzo este take da Lusa, pela importância óbvia. Mais uma vez Portas agita a política portuguesa em força
18h22 Paulo Portas diz que primeiro-ministro mentiu, ludibriou, pantominou, errou, facilitou, enganou, incumpriu, negou o que dissera...
18h14 Miguel Tiago, deputado do PCP, no twitter, sobre a intervenção do líder da bancada socialista: as diferenças entre PS e PSD são tantas que Assis não conseguiu enumerar nenhuma numa inetrvenção com mais de 10 minutos.
18h13 "Há muitos portugueses que nas eleições não esitveram connosco e que neste momento estão". SE Assis estiver correcto o melhor é despedir oa responsáveis das empresas de sondagens.
18h11 Sobre a revisão da Constituição, e o que o PSD pretende, diz assim: "quer por em causa o Estado social".
18h10 Francisco Assis fala do "vazio" do PSD e da falta de propostas concretas do maior partido da oposição. em boa verdade, onde estão os projectos de reforma laboral ou de acumulação de pensões? Tardam, é o que é....
18h09 Outro comentário, este de José Manuel Fernandes, ex-director do Público, encontrado no Twitter: Sócrates veio falar da pobreza de 2008, quando não havia crise, no debate Estado da Nação 2010. Sinal que nada tem a dizer sobre o presente
18h07 Procuro opiniões e impressões pelas redes sociais. Deixo esta, do meu director, Henrique Monteiro: O engº Sócrates vive num país diferente do meu, longe, muito longe do meu. O país dele é muito melhor, está óptimo! O meu está muito pior, está péssimo! No dele baixa o desemprego, no meu aumenta; no dele as empresas florescem, no meu fecham; no dele os negócios desenvolvem-se, no meu murcham...
18h04 Francisco Assis, volta a falar. é sempre ingrato o papel de um líder de bancada do partido do Governo. Nunca se consegue evitar que seja uma espécie de coro do primeiro-ministro.
18h01 Ana Drago, do Bloco de Esquerda.
18h00 Conclusão óbvia do que já se ouviu: Não vai faltar muito para que alguém apresente uma moção de censura ao Governo e a oposição juntar-se toda e levar o país para eleições. Quem ficará com o ónus?
17h58 Quase três horas depois do início do debate, diz-me o Henrique Raposo, colunista do Expresso, que os partidos deviam caprichar e apostar mais num debate importante como este. Concordo inteiramente. Parece um debate quinzenal mas com mais tempo para falar.
17h57 Miguel Macedo ataca a desorientação do ministro das Obras Públicas, António Mendonça
17h55 Depois do debate mais taco-a-taco, começa o período de intervenções de fundo. A primeira é de Miguel Macedo, líder da bancada do PSD. Relembro que Passos Coelho não é deputado e por isso não está no PArlamento. E que falta fazia que o debate do Estado da Nação fosse feito com o líder do maior partido da oposição...
17h48 Sócrates elogia Leonor Beleza, lembrando o tempo em que era ministra da Saúde de Cavaco.
17h46 É só a mim que faz confusão que um deputado da Nação se sente no hemiciclo da Assembleia da República vestido de t-shirt? Estarei a ficar velho? Não devem os órgãos de soberania ter alguma solenidade? É que o senhor que eu vejo pela tv não o representa a ele. Representa milhares de pessoas. E não é suposto estar ali como se estivesse na praia. Pelo menos podia não parecer que está ali como se estivesse na praia.
17h44 "ESpírito reformista do PSD? Quando se fala de reformas, estão contra todas".
17h43 Sócrates ataca proposta liberal de revisão constitucional do PSD. "A agenda do PSD tem por trás ideia que o Estado Social é excessivo".
17h41 Sócrates responde em bloco ao PSD, com três perguntas sobre o Estado Social. "Enquanto eu ouço o líder do PSD dizer que o problema é o aumento das responsabilidades sociais do Estado, eu respondo que um Estado à altura das circunstâncias foi um dos benefícios que tivémos".
17h40 Clara Carneiro, do PSD. "O senhor vai ficar conhecido como o Despovoador"
17h34 António Filipe, do PCP. "ensaiou uma fuga para a frente mas foi para parte nenhuma. O seu discurso foi sobre uma Nação que só existe no seu discurso"
17h33 Pedro Duarte, do PSD. Ataca fusão de escolas e agrupamentos escolares.
17h32 Bernardino Soares, do PCP, fala da tributação da banca. "Porque é que não penalizam esses?"
17h30 José Manuel Pureza, do Bloco de Esquerda... Fala das golden share
17h23 Depois da ronda pelos líderes seguem-se sete, sete perguntas e pedidos de esclarecimento ao primeiro-ministro. Adão e Silva, do PSD, é o primeiro. Cita Hemingway, mas engana-se...
17h21 Não me lembro de um debate parlamentar em que no horizonte não estivessem eleições em que se tivesse falado tanto de eleições e de período eleitoral
17h19 "Vamos entrar numa fase eleitoral. Porque, sr primeiro-ministro, em 2011 eles vão querer abocanhar", diz a ecologista a Sócrates, referindo-se aos partidos de direita
17h18 Repito e reforço a nota anterior: Os socialistas vão passar os próximos meses a acusar a sua esquerda de estar a fazer o jogo da direita. Este é um facto político da maior importância.
17h15 Fala Heloísa Apolónia, dos Verdes. "Um dos maiores problemas dos portugueses é terem o Governo que têm". Aparte imediato de Francisco Assis leva a deputada a responder "não, senhor deputado, o Psd também não é solução"... Os socialistas vão passar os próximos meses a acusar a sua esquerda de estar a fazer o jogo da direita.
17h09 Estes debates sem o Manuel Pinho ganham em rigor mas perdem em animação...
17h07 Sócrates volta a repetir, é prai a décima vez hoje, que a pobreza caiu nos últimos três anos de 20 para 17,9 por cento. "O discurso do PCP e do BE aqui foi um embuste, porque as desigualdades desceram"
17h05 "O seu discurso de hoje demonstra que continua a olhar para as estrelas em vez de por os pés na terra. Não é com retórica que ultrapassamos os problemas" - Jerónimo
17h03 "É justo que paguem tanto os culpados como os que não tiveram culpa nenhuma?" - Jerónimo
17h02 Bernardino Soares está vestido como um agente de um cantor pimba...
17h01 Jerónimo de Sousa. é a vez dos comunistas neste debate.
17h00 (nota pessoal) ainda não inventaram injecções de nicotina para quem tem de escrever ao minuto o que se passa no debate....
16h59 "Quem está mortinho por eleições e por fazer o jogo da direita é o Bloco de Esquerda. O sr deputado Louçã está em campanha permanente". Sócrates
16h58 Sócrates ataca a "santa aliança" da oposição por ter feito uma comissão de inquérito para o atacar. Refere-se ao negócio PT/TVI
16h55 Sócrates fala no "glaimer". Deve ser em inglês técnico a palavra "glamour"
16h53 "Eu não me considero um optimista". Sócrates com a frase do dia
16h52 "Eu gosto muito de Fernando PEssoa. Mas eu não citei Pessoa aqui no Parlamento", Sócrates responde a Louçã
16h50 "Estamos num pântano político. Fez um acordo de dois anos com o PSD mas não acredita nisso"
16h49 "O maior investiumento público no século XXI foi no Banco Português de Negócios" - Louçã. Ataca privatizações, dizendo que isso é que é "Estado a menos"
16h48 "Probabilidade é por um polvo em cima de duas caixas. Aumento do desemprego é uma certeza" - Francisco Louçã
16h47 Sócrates ouve as críticas de Louçã. Mas ainda não repetiu o "manso é a tua tia", apesar de pelo ar vontade não lhe faltar
16h45 Francisco Louçã fala pela primeira vez no debate de hoje. Lembra o discurso de José Sócrates no Estado da Nação de há um ano.
16h43 Silva Pereira acaba a dizer que a pobreza desceu seis pontos. Com o optimismo de Sócrates não admira o exagero: foram seis décimas de ponto e não seis pontos.
16h42 CDS e Sócrates trocam argumentos sobre as décimas que o indíce de pobreza desceu ou não nestes anos e quem é o principal responsável. Mota Soares e Pedro Silva Pereira entram na luta
16h39 Sócrates: "quando a conversa não lhe interessa vira a cara para o lado". Portas irrita-se com o comentário
16h37 "Dois terços dos portugueses não verão as deduções fiscais afectadas", diz Sócrates a Portas, depois da dica ter sido sussurrada ao primeiro-ministro por Teixeira dos Santos
16h36 Portas e Sócrates jantaram há uns meses e falharam acordo de Governo, revelou o Expresso sábado passado. Como esses tempos parecem agora longe
16h34 "O que o sr quer é que os que mais rendimento têm possam fazer descontos na saúde e eduação. Isso é injusto" - Sócrates a Portas
16h33 Teixeira dos Santos tira notas durante a intervenção de Portas. Parece agitado
16h33 Sócrates responde a Portas
16h32 Portas diz que assim, com o plano que propõe, se poupa mais de mil milhões de euros ao Estado.
16h30 Portas critica o aumento de impostos. E propõe plano das despesas que podem ser reduzidas, de forma a dispensar novo aumento de impostos para o ano que vem. Entre outros: eliminação de institutos públicos; reduzir aquisição de bens pelo Estado; reduzir membros dos conselhos de administação de empresas do Estado; moralizar o rendimento mínimo; usar solução mais simples e equitativa nas SCUT.
16h28 Portas: "não deixa de ser surpreendente ouvir o PSD falar em impostos a mais. A última vez que os ouvi dizer isso ouvi-os um mês depois pedirem desculpa aos portugueses". Portas dá ferroada a Passos e lembra a aprovação do PEC em conjunto por PS e PSD.
16h26 Paulo Portas fala pela primeira vez hoje. "Em que país é que o primeiro-ministro vive? Que Portugal é que o primeiro-ministro vê? É de tal forma irrealista e fantasioso que um dia vamos ouvi-lo aqui dizer que PORTUGAL GANHOU O CAMPEONATO DO MUNDO DE FUTEBOL"
16h24 Voltando à política, Sócrates diz que os que actuam com base no cálculo político (e esperam uma crise) acabam por ser os mais ingénuos. Primeiro-ministro vai dando ferroadas em Passos Coelho, de forma subtil
16h23 É impressão minha ou Teixeira dos Santos está com um ar cansadíssimo?
16h22 Palavras chave para Sócrates: CONFIANÇA, ÂNIMO, ESTÍMULO
16h20 Na emissão do debate pelo Canal Parlamento já vamos na terceira intérprete de linguagem gestual desde o início do debate
16h18 "Temos consciência das dificuldades, não as ignoramos, mas temos confiança na acção do Governo" - Francisco Assis
16h14 Fala Francisco Assis, líder da bancada parlamentar do PS. E um dos nomes cada vez mais falado, inclusivé pelo próprio, para vir a suceder a Sócrates na liderança dos socialistas.
16h10 "Por alguma razão os senhores convidam essas pessoas para as vossas jornadas parlamentares". Sócrates refere-se às jornadas em que falaram Luís Campos e Cunha, seu antigo ministro, e Ernâni Lopes, antigo ministro de Mário Soares. Este último defendeu o corte dos salários da função pública.
16h09 "Os senhores só falam de eleições e de sondagens. Os portugueses não estão preocupados com isso" - Sócrates
16h08 "É sempre o mesmo discurso catastrofista. Isso não dá ânimo, não dá coragem. Nenhum político pode desistir da confiança e de dar ânimo ao seu povo". Sócrates explica o porquê de tanto optimismo
16h07 Sócrates responde a Miguel Macedo, rebatendo os números. E garantindo que hoje há menos pobres em Portugal. O primeiro-ministro volta a puxar pelos dados de investimento em investigação e tecnologia. Afinal, em 2005 o plano tecnológico foi a grande bandeira socialista.
16h04 Manuela Ferreira Leite, na última fila da bancada do PSD, troca impressões com Pacheco Pereira e Paulo Mota Pinto.
16h02 Se são precisos dois para dançar o tango, não se vê pelo início deste debate como socialistas e sociais-democratas o vão conseguir dançar.
16h01 "O senhor comprometeu o presente e hipotecou o futuro" - Macedo.
16h00 "Temos o desemprego mais alto de sempre" - Macedo. "o senhor insulta as dificuldades de 600 mil portugueses"
15h59 "Fez um discurso de insensibilidade social e de autismo político. Corre o sério risco de cada vez mais portugueses não o levarem a sério" - Miguel Macedo
15h57 "É preciso ter muita lata" , diz Miguel Macedo. "Temos um país da fantasia, que é o país do primeiro-ministro. E o país das dificuldades, que é o dos portugueses"
15h55 Primeiro a fazer perguntas a Sócrates é Miguel Macedo. Líder parlamentar do PSD tem 5 minutos. Começa assim: "se o país fosse o que descreveu, não percebo porque é que mais de 100 mil portugueses abandonam o país todos os anos porque não vislumbram um futuro."
15h54 Sócrates acaba o discurso, 38 minutos depois. PS aplaude de pé. O discurso pode ser irrealista, mas o primeiro-ministro continua a mostrar uma vontade de ferro. Quem quiser tirá-lo de lá vai ter que suar muito.
15h52 O novo filme do Shrek tem mais adesão à realidade do que o discurso de José Sócrates
15h49 "O tempo não é para as pequenas vantagens políticas." "O País sabe bem o que custaria essa crise"
15h48 Sócrates passa à política, dura e pura. "Ou escolhemos a atitude dos que querem somar às dificuldades uma crise política artificial..."
15h46 Mas se o país está assim porque é que continuam a aumentar os impostos? pergunto eu...
15h45 "Somos o primeiro país europeu em governo electrónico"
15h44 "Isto são factos indesmentíveis", diz Sócrates depois de falar nas maravilhas na execução orçamental, redução do desemprego, redução das desigualdades sociais e do abandono escolar.
15h42 Sócrates responde aos "sorrisos amarelos" da oposição falando na maior redução do abandono escolar em Portugal em décadas. "Como os deputados reagem desapontados a bons números...."
15h41 Depois da economia e finanças e do Estado Social, Sócrates fala da recuperação das escolas.
15h40 No twitter, escreve o deputado social-democrata Emídio Guerreiro: Onde fica o país que Sócrates está a descrever? Quero emigrar para lá! É tudo tão bom...
15h36 Galerias do Parlamento cheias de gente. Para quem diz que as pessoas não querem saber de política para nada...
15h34 Sócrates diz que Portugal "se pode orgulhar do caminho que está a ser seguido" em matéria social. Começam os apartes. Sócrates diz, e repete, que Portugal está com a taxa de pobreza "mais baixa de sempre". Em torno dos 17,9%
15h32 "Estado social é um avanço civilizacional que é preciso defender". Socialistas gostam de ouvir e interrompem com alguns aplausos
15h30 Sócrates realça os investimentos em ciência e tecnologia nos últimos anos, os socialistas aplaudem. Portas tira notas furiosamente. Jerónimo está com um ar pesado
15h29 Sócrates parece o primeiro-ministro da Suécia, ou de outro país nórdico, a falar. Será que o tom optimista é inevitável para quem nos governa, de forma a dar ânimo, ou é algo excessivo e fora do mundo, perante a situação que enfrentamos?
15h26 "Nos últimos três meses inscritos nos centro de emprego baixaram 20 mil pessoas" - Sócrates. O Estado da Nação parece tão cor de rosa, ao ouvir o primeiro-ministro
15h24 "Recuperação económica é um facto" - Sócrates
15h23 "A economia portuguesa foi, das europeias, uma das que melhor resistiu à crise" - Sócrates
15h21 "Tomámos medidas dificeis mas justas" - Sócrates, de gravata entre o vermelho e o bordeaux
15h19 "Os Estados fizeram bem. Foi a intervenção do Estado que impediu que a crise assumisse maiores proporções. Foi Estado a menos que esteve na origem da crise" - Sócrates
15h16 José Sócrates sobe à tribuna e começa o discurso
15h13 Sócrates tem Pedro Silva Pereira, seu braço direito político, de um lado, e Fernando Teixeira dos Santos, o ministro das Finanças (e o ministro mais em foco nestes primeiros meses da Legislatura) ficam ao lado do primeiro-ministro.
15h12 Jaime Gama dá início à sessão e manda abrir as galerias. José Sócrates toma o seu lugar na bancada do Governo.
15h09 Líderes políticos, como Louçã, Pureza e Bernardino Soares, já estão nos seus lugares na primeira fila. Falta a bancada do Governo.
15.00 Tudo a postos para o debate parlamentar mais importante do ano. Hemiciclo de São Bento ainda pouco composto.