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27-10-2010
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Cavaco Silva candidato não deixou de ser Presidente e fez hoje, ao lançar a sua recandidatura a Belém, um discurso genuinamente institucional.

Uma intervenção feita para uma pequena mas selecta audiência, reunida na sala Fernando Pessoa do Centro Cultural de Belém, onde abundavam os notáveis e seus apoiantes de sempre mas onde, curiosamente, não marcaram presença os elementos do moderno PSD, o de Passos Coelho.

"Os portugueses sabem com o que podem contar", disse o Presidente. "Sei que posso ser útil a Portugal e aos portugueses", adiantou, numa intervenção mais longa do que o previsto e na qual também fez o balanço dos últimos cinco anos.

"Sinto que tenho um dever para com os portugueses".Não terá sido pois por acaso que, ao longo do discurso, foi intercalando referências à sua actividade presidencial com promessas do que continuará a fazer e indicações sobre como vê o exercício do mandato.

"Experiência e conhecimento pelo futuro de Portugal", intitulava-se a sua declaração."Exige-se ao Presidente da República bom senso, realismo, serenidade-palavras que, nos últimos tempos, Cavaco Silva tem repetido. "Exige-se de um Presidente isenção e imparcialidade (...) de modo a favorecer o diálogo, a negociação e a procura de consensos" - pois que mais tem sublinhado Cavaco Silva por estes dias?

Dos antigos apoiantes, estavam presentes, entre outros, Manuela Ferreira Leite Luiz Carvalho

O seu balanço foi, aliás, mais do que claro ao perguntar: "Há uma interrogação que cada um, com honestidade, deve fazer: em que situação se encontraria o pais sem a acção intensa e ponderada, muitas vezes discreta, que desenvolvi ao longo do meu mandato?"

Ou ainda: "Ou o que teria acontecido sem os alertas e apelos que lancei na devida altura, sem os compromissos que estimulei, sem os caminhos de futuro que apontei...?"

E foi mais longe, fazendo uma crítica: "sei bem que a minha magistratura de influência produziu resultados positivos. Mas também sei - e esta é a hora de dizê-lo - que podia ter sido mais bem aproveitada pelos diferentes poderes do Estado".

Mas Cavaco Silva foi ainda institucional ao referir, inesperadamente, o papel de um PR como Comandante Supremo das Forças Armadas: "Cabem-lhe funções da maior relevância, principalmente num tempo em que estão em curso profundas transformações na instituição militar (...) Portugal precisa de um Presidente que contribua para a coesão, dignificação e prestígio das Forças Armadas".

Para o futuro, Cavaco Silva-candidato prometeu, pois, o que fez como Presidente. E voltou a sublinhar, tal como há cinco anos, que acompanhará "com rigor a actividade do Executivo. O Governo, qualquer Governo - repetiu - contará sempre com a minha cooperação na resolução dos problemas do país".

"Conheço bem os problemas que se colocam a Portugal no futuro próximo e na base dos quais estão as preocupações e incertezas dos portugueses", disse ainda, especificando que lança uma candidatura "de futuro e de esperança".Para além de anunciar que fará uma campanha com um mínimo de custos (e sem "outdoors"), numa eventual referência aos cartazes que já estão nas ruas de Manuel Alegre, o seu mais directo concorrente, Cavaco Silva especificou que ela não deverá ultrapassar metade do valor prescrito pela lei (cerca de quatro milhões de euros).

Entre os nomes que anunciou como fazendo parte da sua equipa, citou João Lobo Antunes como mandatário nacional, Luís Palha como director de campanha, a maestrina Joana Carneiro como mandatária da Juventude, Diogo Vasconcelos como mandatário digital e Vasco Velez como mandatário financeiro. Apenas Lobo Antunes repete. O general Eanes esteve estranhamente ausente.

Dos antigos apoiantes, estavam presentes, entre outros, Manuela Ferreira Leite, Leonor Beleza, Mira Amaral, Marques Guedes, Correia de Jesus e Emídio Guerreiro.

Hoje foi também relançada a sua página na Web (www.cavacosilva.pt ), a mesma de há cinco anos, e a do facebook.

Cavaco Silva candidato não deixou de ser Presidente e fez hoje, ao lançar a sua recandidatura a Belém, um discurso genuinamente institucional.

Uma intervenção feita para uma pequena mas selecta audiência, reunida na sala Fernando Pessoa do Centro Cultural de Belém, onde abundavam os notáveis e seus apoiantes de sempre mas onde, curiosamente, não marcaram presença os elementos do moderno PSD, o de Passos Coelho.

"Os portugueses sabem com o que podem contar", disse o Presidente. "Sei que posso ser útil a Portugal e aos portugueses", adiantou, numa intervenção mais longa do que o previsto e na qual também fez o balanço dos últimos cinco anos.

"Sinto que tenho um dever para com os portugueses".Não terá sido pois por acaso que, ao longo do discurso, foi intercalando referências à sua actividade presidencial com promessas do que continuará a fazer e indicações sobre como vê o exercício do mandato.

"Experiência e conhecimento pelo futuro de Portugal", intitulava-se a sua declaração."Exige-se ao Presidente da República bom senso, realismo, serenidade-palavras que, nos últimos tempos, Cavaco Silva tem repetido. "Exige-se de um Presidente isenção e imparcialidade (...) de modo a favorecer o diálogo, a negociação e a procura de consensos" - pois que mais tem sublinhado Cavaco Silva por estes dias?

Dos antigos apoiantes, estavam presentes, entre outros, Manuela Ferreira Leite Luiz Carvalho

O seu balanço foi, aliás, mais do que claro ao perguntar: "Há uma interrogação que cada um, com honestidade, deve fazer: em que situação se encontraria o pais sem a acção intensa e ponderada, muitas vezes discreta, que desenvolvi ao longo do meu mandato?"

Ou ainda: "Ou o que teria acontecido sem os alertas e apelos que lancei na devida altura, sem os compromissos que estimulei, sem os caminhos de futuro que apontei...?"

E foi mais longe, fazendo uma crítica: "sei bem que a minha magistratura de influência produziu resultados positivos. Mas também sei - e esta é a hora de dizê-lo - que podia ter sido mais bem aproveitada pelos diferentes poderes do Estado".

Mas Cavaco Silva foi ainda institucional ao referir, inesperadamente, o papel de um PR como Comandante Supremo das Forças Armadas: "Cabem-lhe funções da maior relevância, principalmente num tempo em que estão em curso profundas transformações na instituição militar (...) Portugal precisa de um Presidente que contribua para a coesão, dignificação e prestígio das Forças Armadas".

Para o futuro, Cavaco Silva-candidato prometeu, pois, o que fez como Presidente. E voltou a sublinhar, tal como há cinco anos, que acompanhará "com rigor a actividade do Executivo. O Governo, qualquer Governo - repetiu - contará sempre com a minha cooperação na resolução dos problemas do país".

"Conheço bem os problemas que se colocam a Portugal no futuro próximo e na base dos quais estão as preocupações e incertezas dos portugueses", disse ainda, especificando que lança uma candidatura "de futuro e de esperança".Para além de anunciar que fará uma campanha com um mínimo de custos (e sem "outdoors"), numa eventual referência aos cartazes que já estão nas ruas de Manuel Alegre, o seu mais directo concorrente, Cavaco Silva especificou que ela não deverá ultrapassar metade do valor prescrito pela lei (cerca de quatro milhões de euros).

Entre os nomes que anunciou como fazendo parte da sua equipa, citou João Lobo Antunes como mandatário nacional, Luís Palha como director de campanha, a maestrina Joana Carneiro como mandatária da Juventude, Diogo Vasconcelos como mandatário digital e Vasco Velez como mandatário financeiro. Apenas Lobo Antunes repete. O general Eanes esteve estranhamente ausente.

Dos antigos apoiantes, estavam presentes, entre outros, Manuela Ferreira Leite, Leonor Beleza, Mira Amaral, Marques Guedes, Correia de Jesus e Emídio Guerreiro.

Hoje foi também relançada a sua página na Web (www.cavacosilva.pt ), a mesma de há cinco anos, e a do facebook.

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