Mais de uma centena de militantes nas duas sessões de campanha do PSD. Miguel Macedo apoia Passos Coelho e histórico Ribeiro da Silva está com Rangel
Se Guimarães servisse de barómetro do PSD, ninguém acreditaria nos resultados das sondagens publicadas nos últimos dias. Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel passaram ontem pela cidade e o que se viu foram duas sessões muito participadas. Num dia que mais pareceu de maratona, tal o número de acções de campanha nas agendas, os dois candidatados conquistaram apoios de peso entre os nomes fortes da região.
A campanha dos dois seguiu um ritmo de maratona. Depois de apresentar a moção estratégica no Porto, Passos Coelho passou por Vieira do Minho e Braga e ainda foi a Esposende e Lousada. Em Guimarães, Passos Coelho participou numa conferência do ciclo Ser Social-Democrata, organizada pela JSD local. Foi o único dos candidatos à liderança do PSD a aceitar o desafio. Passos aproveitou o tema do encontro para fazer um discurso marcadamente ideológico. Em tom institucional, o candidato lembrou a história do partido e traçou a sua posição. "Ser social-democrata hoje é defender um Estado que se retire da economia e que não seja empresário."
A ouvi-lo estiveram cerca de 120 pessoas, entre as quais o líder da concelhia de Braga, João Granja, o ex-presidente da Câmara de Barcelos, Fernando Reis, e o deputado vimaranense Emídio Guerreiro. Horas depois, em Esposende, outro parlamentar social--democrata, Miguel Macedo, declarou apoio ao candidato repetente.
Passos Coelho não se esqueceu que estava em campanha e aproveitou para incluir algumas medidas da sua moção estratégica entre as linhas daquilo que entende ser a social-democracia. "Precisamos de voltar a restabelecer a ligação entre os eleitores e os seus representantes", considera, defendendo que o PSD deve propor uma alteração à lei eleitoral que passe pelo modelo de voto preferencial nas legislativas.
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Se Pedro Passos Coelho aproveitou uma conferência promovida pela JSD para expor as suas ideias para o partido, Rangel fez a sua acção de campanha com dois jovens apoiantes ao seu lado, que até jogavam em casa. A mandatária nacional para a juventude, Francisca Almeida, e o líder da nacional da "jota", Pedro Rodrigues, ambos vimaranenses, discursaram antes do candidato a líder, criticando a política do Governo socialista.
A sessão marcada para um hotel da cidade foi o quinto de sete eventos da campanha de Rangel realizados ontem. Além dos jovens, o candidato recebeu também apoios de militantes históricos do partido, como Fernando Alberto Ribeiro da Silva e Lemos Damião. Os dois "dinossauros" do PSD local, figuras de proa no tempo do cavaquismo, estiveram numa plateia com cerca de 100 pessoas.
O discurso de Rangel teve um tom de campanha mais marcado e centrou-se na sua aposta no combate às desigualdades regionais. O candidato à liderança do PSD falou ao coração da região. "Hoje, nascer em Guimarães é, à partida, uma desvantagem tais são as injustiças territoriais que se vivem em Portugal", considerou, prometendo que, se for eleito, o PSD vai dar prioridade a uma política de "correcção das assimetrias regionais". Samuel Silva
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Mais de uma centena de militantes nas duas sessões de campanha do PSD. Miguel Macedo apoia Passos Coelho e histórico Ribeiro da Silva está com Rangel
Se Guimarães servisse de barómetro do PSD, ninguém acreditaria nos resultados das sondagens publicadas nos últimos dias. Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel passaram ontem pela cidade e o que se viu foram duas sessões muito participadas. Num dia que mais pareceu de maratona, tal o número de acções de campanha nas agendas, os dois candidatados conquistaram apoios de peso entre os nomes fortes da região.
A campanha dos dois seguiu um ritmo de maratona. Depois de apresentar a moção estratégica no Porto, Passos Coelho passou por Vieira do Minho e Braga e ainda foi a Esposende e Lousada. Em Guimarães, Passos Coelho participou numa conferência do ciclo Ser Social-Democrata, organizada pela JSD local. Foi o único dos candidatos à liderança do PSD a aceitar o desafio. Passos aproveitou o tema do encontro para fazer um discurso marcadamente ideológico. Em tom institucional, o candidato lembrou a história do partido e traçou a sua posição. "Ser social-democrata hoje é defender um Estado que se retire da economia e que não seja empresário."
A ouvi-lo estiveram cerca de 120 pessoas, entre as quais o líder da concelhia de Braga, João Granja, o ex-presidente da Câmara de Barcelos, Fernando Reis, e o deputado vimaranense Emídio Guerreiro. Horas depois, em Esposende, outro parlamentar social--democrata, Miguel Macedo, declarou apoio ao candidato repetente.
Passos Coelho não se esqueceu que estava em campanha e aproveitou para incluir algumas medidas da sua moção estratégica entre as linhas daquilo que entende ser a social-democracia. "Precisamos de voltar a restabelecer a ligação entre os eleitores e os seus representantes", considera, defendendo que o PSD deve propor uma alteração à lei eleitoral que passe pelo modelo de voto preferencial nas legislativas.
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Se Pedro Passos Coelho aproveitou uma conferência promovida pela JSD para expor as suas ideias para o partido, Rangel fez a sua acção de campanha com dois jovens apoiantes ao seu lado, que até jogavam em casa. A mandatária nacional para a juventude, Francisca Almeida, e o líder da nacional da "jota", Pedro Rodrigues, ambos vimaranenses, discursaram antes do candidato a líder, criticando a política do Governo socialista.
A sessão marcada para um hotel da cidade foi o quinto de sete eventos da campanha de Rangel realizados ontem. Além dos jovens, o candidato recebeu também apoios de militantes históricos do partido, como Fernando Alberto Ribeiro da Silva e Lemos Damião. Os dois "dinossauros" do PSD local, figuras de proa no tempo do cavaquismo, estiveram numa plateia com cerca de 100 pessoas.
O discurso de Rangel teve um tom de campanha mais marcado e centrou-se na sua aposta no combate às desigualdades regionais. O candidato à liderança do PSD falou ao coração da região. "Hoje, nascer em Guimarães é, à partida, uma desvantagem tais são as injustiças territoriais que se vivem em Portugal", considerou, prometendo que, se for eleito, o PSD vai dar prioridade a uma política de "correcção das assimetrias regionais". Samuel Silva