Numa antiga música - anos 70 - Chico Buarque ensinava "Vence na vida quem diz 'sim'" (Trilha da peça "Calabar") . Não podemos negar o imenso, o grande, nababesco sucesso comercial dos que dizem 'sim'.Atores globais e músicos de quinta arrendando seus cérebros, ONG's e Fundações Ford da vida investindo 'os tubos' enquanto fábricas de armas e segurança privada estrangeiras firmam contratos milionários de exclusividade com o governo federal..E assim começou a campanha da mais grotesca tentativa de empulhação da opinião pública que se tem notícia. Não que a OP nacional seja assim tão brilhante, mas imagino que os organizadores do 'sim' pensaram: já que os brasileiros, esquecendo 30 anos de radicalismo xiita, caíram fácil no mito do 'Lulinha Paz de Amor' em 2002 então qualquer nova pataquada será como tirar pirulito de criança.Juntaram-se então aos cifrões dos 'starlefts' mais conhecidos da mídia nacional uma coleção de argumentos pseudo-científicos freudianos de doer. Juro que vendo uma das propagandas dos 'the sims' na TV achei que o 'reverendo' era para se votar a favor de alguma campanha de castração em massa da população masculina do país e não sobre o comércio de armas de fogo, tal era o enfoque psicologês digno do "Analista de Bagé".Tudo pronto para um feérico show, mas em algum ponto algo deu errado. No começo da segunda semana em cartaz o espetáculo começou a fazer água. "I say Yes , you say No" - Longe tinha ido os tempos em que colocar artista na TV rendia algum efeito. Aliás o efeito 'We are the world' de se colocar um monte de artistas em favor de alguma causa 'nobre' só rendeu frutos nos anos 80. Hoje em dia nem Bono conseguiu um carguinho no Banco Mundial... Pois nesta última semana de campanha, a menos de 4 dias para a votação do referendo popular acerca da proibição do comércio de armas de fogo, o que parecia impossível aconteceu: se antes 80% da população concordava com a proibição, em pesquisa divulgada hoje, 52% da população agora vota NÃO.A música subitamente foi mudada de um féerico "Vence Na Vida Quem Diz Sim" para um ensurdecedor "YES! Chico, Fernanda Montenego, Maitê, Luís Fernando Veríssimo: Nós Temos Bananas". Para todos vocês. Aguardem o dia 23.
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Numa antiga música - anos 70 - Chico Buarque ensinava "Vence na vida quem diz 'sim'" (Trilha da peça "Calabar") . Não podemos negar o imenso, o grande, nababesco sucesso comercial dos que dizem 'sim'.Atores globais e músicos de quinta arrendando seus cérebros, ONG's e Fundações Ford da vida investindo 'os tubos' enquanto fábricas de armas e segurança privada estrangeiras firmam contratos milionários de exclusividade com o governo federal..E assim começou a campanha da mais grotesca tentativa de empulhação da opinião pública que se tem notícia. Não que a OP nacional seja assim tão brilhante, mas imagino que os organizadores do 'sim' pensaram: já que os brasileiros, esquecendo 30 anos de radicalismo xiita, caíram fácil no mito do 'Lulinha Paz de Amor' em 2002 então qualquer nova pataquada será como tirar pirulito de criança.Juntaram-se então aos cifrões dos 'starlefts' mais conhecidos da mídia nacional uma coleção de argumentos pseudo-científicos freudianos de doer. Juro que vendo uma das propagandas dos 'the sims' na TV achei que o 'reverendo' era para se votar a favor de alguma campanha de castração em massa da população masculina do país e não sobre o comércio de armas de fogo, tal era o enfoque psicologês digno do "Analista de Bagé".Tudo pronto para um feérico show, mas em algum ponto algo deu errado. No começo da segunda semana em cartaz o espetáculo começou a fazer água. "I say Yes , you say No" - Longe tinha ido os tempos em que colocar artista na TV rendia algum efeito. Aliás o efeito 'We are the world' de se colocar um monte de artistas em favor de alguma causa 'nobre' só rendeu frutos nos anos 80. Hoje em dia nem Bono conseguiu um carguinho no Banco Mundial... Pois nesta última semana de campanha, a menos de 4 dias para a votação do referendo popular acerca da proibição do comércio de armas de fogo, o que parecia impossível aconteceu: se antes 80% da população concordava com a proibição, em pesquisa divulgada hoje, 52% da população agora vota NÃO.A música subitamente foi mudada de um féerico "Vence Na Vida Quem Diz Sim" para um ensurdecedor "YES! Chico, Fernanda Montenego, Maitê, Luís Fernando Veríssimo: Nós Temos Bananas". Para todos vocês. Aguardem o dia 23.