Double Visions

09-04-2011
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Depois, ouvem-se teclados fervilhantes em turbilhão e vozes que são guia por viagem alucinada espaço fora. Vozes que têm o tom grave de conto de terror ou que são grito de ritualista urbano que ouviu Wyatt e os Grizzly Bear e os Animal Collective e os Floyd. Música que pretende dançar como banda rock e explorar como pesquisador sonoro: por isso rugem tarolas sobre visões quimicamente alteradas dos tempos de Madchester e dos Inspiral Carpets. Por isso, ouvimo-los numa canção como "Autumn mask", saltitando sobre o arpeggio das teclas, e descobrimos que nos surpreendem da melhor forma possível - sonhadores fervorosos, ocupados a desmontar e remontar pedaços de canções com um entusiasmo contagiante. "Wolfman's wife" é terror de conto popular transformado em filme sci-fi, "Bold man of the sea" começa planando em sintetizadores, muito Floydiana, antes de explodir em percussão irrequieta e vozes em falsete - não sabemos para onde nos levam, mas dançamos com eles - e "Night corner" é a actualização Soft Machine que os Klaxons (com quem os Munch Munch são por vezes comparados) não querem ou não conseguiram ser. Um primeiro disco tão frenético quanto promissor que nos deixa a sensação que o futuro dos Munch Munch será ainda melhor. Assim continuem explorando, viajando, com o mesmo fervor que ouvimos em "Double Visions".

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Depois, ouvem-se teclados fervilhantes em turbilhão e vozes que são guia por viagem alucinada espaço fora. Vozes que têm o tom grave de conto de terror ou que são grito de ritualista urbano que ouviu Wyatt e os Grizzly Bear e os Animal Collective e os Floyd. Música que pretende dançar como banda rock e explorar como pesquisador sonoro: por isso rugem tarolas sobre visões quimicamente alteradas dos tempos de Madchester e dos Inspiral Carpets. Por isso, ouvimo-los numa canção como "Autumn mask", saltitando sobre o arpeggio das teclas, e descobrimos que nos surpreendem da melhor forma possível - sonhadores fervorosos, ocupados a desmontar e remontar pedaços de canções com um entusiasmo contagiante. "Wolfman's wife" é terror de conto popular transformado em filme sci-fi, "Bold man of the sea" começa planando em sintetizadores, muito Floydiana, antes de explodir em percussão irrequieta e vozes em falsete - não sabemos para onde nos levam, mas dançamos com eles - e "Night corner" é a actualização Soft Machine que os Klaxons (com quem os Munch Munch são por vezes comparados) não querem ou não conseguiram ser. Um primeiro disco tão frenético quanto promissor que nos deixa a sensação que o futuro dos Munch Munch será ainda melhor. Assim continuem explorando, viajando, com o mesmo fervor que ouvimos em "Double Visions".

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