Secretária de Estado da Igualdade diz que proposta de PSD para recuar na lei do aborto é "absurda"

28-05-2011
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“O referendo é um absurdo, um completo absurdo, [recuar na lei] é voltar a um mundo onde as mulheres eram tratadas como criminosas”, afirmou à Lusa a secretária de Estado.

“As mulheres não querem viver num mundo de clandestinidade e em que sejam tratadas como criminosas”, disse, sublinhando que a proposta de Pedro Passos Coelho “devia convocar de imediato todas as mulheres a não votar nestas propostas do PSD”.

O líder do PSD disse hoje, em entrevista à Rádio Renascença, que a última lei do aborto aprovada pelo Parlamento pode “ter ido um pouco longe demais”, pelo que tem de ser reavaliada.

Uma posição que indignou Elza Pais já que, como afirmou, “não faz sentido recuar em conquistas que já foram feitas e estão a ser consolidadas”.

Para Elza Pais, o PSD “é um partido que quer uma sociedade do mais conservador que nós já vivemos e esse conservadorismo não se compadece com uma sociedade moderna, com uma sociedade de democracia moderna, onde todas as pessoas tenham os mesmos direitos”.

À Renascença, Passos Coelho lembrou que esteve “há muitos anos do lado daqueles que achavam que era preciso legalizar o aborto - não era liberalizar o aborto, era legalizar a interrupção voluntária da gravidez -, porque há condições excepcionais que devem ser tidas em conta” e não se deve “empurrar as pessoas que são vítimas dessas circunstâncias para o aborto clandestino”.

No entanto, o líder social-democrata não esteve a favor da última alteração da lei porque “hoje em dia é muito fácil as pessoas poderem evitar esse tipo de situações, desde que o Estado e a sociedade dêem a informação necessária”.

Questionado sobre a possibilidade de se realizar um novo referendo sobre a matéria, o líder do PSD apelou “a quem tenha ideia de propor um novo refendo por petição popular para que actue com rapidez”, mas só admite a sua realização depois de uma reavaliação da lei.

“Não veria como impossível que se voltasse a realizar um referendo sobre essa matéria, mas já agora gostava que esse referendo ocorresse depois de fazer a avaliação do que foi o desenvolvimento e a aplicação prática da última lei que o Parlamento aprovou”, diz o presidente do PSD.

“O referendo é um absurdo, um completo absurdo, [recuar na lei] é voltar a um mundo onde as mulheres eram tratadas como criminosas”, afirmou à Lusa a secretária de Estado.

“As mulheres não querem viver num mundo de clandestinidade e em que sejam tratadas como criminosas”, disse, sublinhando que a proposta de Pedro Passos Coelho “devia convocar de imediato todas as mulheres a não votar nestas propostas do PSD”.

O líder do PSD disse hoje, em entrevista à Rádio Renascença, que a última lei do aborto aprovada pelo Parlamento pode “ter ido um pouco longe demais”, pelo que tem de ser reavaliada.

Uma posição que indignou Elza Pais já que, como afirmou, “não faz sentido recuar em conquistas que já foram feitas e estão a ser consolidadas”.

Para Elza Pais, o PSD “é um partido que quer uma sociedade do mais conservador que nós já vivemos e esse conservadorismo não se compadece com uma sociedade moderna, com uma sociedade de democracia moderna, onde todas as pessoas tenham os mesmos direitos”.

À Renascença, Passos Coelho lembrou que esteve “há muitos anos do lado daqueles que achavam que era preciso legalizar o aborto - não era liberalizar o aborto, era legalizar a interrupção voluntária da gravidez -, porque há condições excepcionais que devem ser tidas em conta” e não se deve “empurrar as pessoas que são vítimas dessas circunstâncias para o aborto clandestino”.

No entanto, o líder social-democrata não esteve a favor da última alteração da lei porque “hoje em dia é muito fácil as pessoas poderem evitar esse tipo de situações, desde que o Estado e a sociedade dêem a informação necessária”.

Questionado sobre a possibilidade de se realizar um novo referendo sobre a matéria, o líder do PSD apelou “a quem tenha ideia de propor um novo refendo por petição popular para que actue com rapidez”, mas só admite a sua realização depois de uma reavaliação da lei.

“Não veria como impossível que se voltasse a realizar um referendo sobre essa matéria, mas já agora gostava que esse referendo ocorresse depois de fazer a avaliação do que foi o desenvolvimento e a aplicação prática da última lei que o Parlamento aprovou”, diz o presidente do PSD.

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