Rumo a Bombordo: Três mil euros, do Seixal com Amor

24-12-2009
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O Saara Ocidental é um território em África, limitado a norte por Marrocos, a leste pela Argélia, a leste e sul pela Mauritânia e a oeste pelo Oceano Atlântico, encontrando-se próximo da sua zona costeira, a região autónoma espanhola das Canárias. O Saara Ocidental está na Lista das Nações Unidas de territórios não-autónomos desde a década de 1960. O controlo do território é disputado pelo Reino de Marrocos e pelo movimento independentista Frente Polisário[1].Esta Frente Polisário, em 27 de Fevereiro de 1976, proclamou a República Árabe Saarauí Democrática (RASD)[2], criando um governo no exílio. A RASD chegou a ser reconhecida internacionalmente por 45 estados (a grande maioria deles em África), dos quais só um número reduzido ainda mantêm actualmente esse reconhecimento, mantendo, contudo, ainda embaixadas em 13 desses países. É membro da União Africana desde 1984, carecendo, no entanto, de representação na ONU. Portugal, como a generalidade dos países europeus não reconhece este território como autónomo.Quem tem dado alguma relevância ao caso da RASD tem sido o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), havendo um blogue destinado exclusivamente ao Saara Ocidental. Esta CPPC, como coincidentemente as últimas letras indicam, é uma organização pró-comunista da qual a vereadora da CM Seixal com o pelouro da Educação, Paula Santos, faz parte da direcção.Ora, por muito boa vontade que se possa ter para com os mais carenciados estrangeiros, o facto é que deveremos em primeiro lugar olhar para os nossos em Portugal. Como diz um conhecido slogan publicitário, "Se eu não gostar de mim, quem gostará?". É com esta mesma pergunta que devemos encarar este período de crise global, mas cuidando com mais veemência e primazia do que é nosso.Nesse sentido, não se compreende que o município do Seixal se tenha disponibilizado para dar três mil euros para ajudar na construção de uma escola na Argélia (zona de refugiados do Saara). Esse valor corresponde a cerca de 1/3 do destinado pela autarquia do Seixal a bolsas de estudo para o Ensino Superior ou para o Secundário. Mais curioso ainda é que, a rubrica orçamental de onde sai esta verba, não é do sector da Cooperação e Desenvolvimento Comunitário (como faria algum sentido), mas sim da rubrica de Acção Social Escolar, pelouro este coincidentemente dirigido pela já referida vereadora Paula Santos. Quer dizer então que, com dinheiro essencial à Acção Social Escolar do concelho se vai proceder à reabilitação da Escola Sid Yayadih, localizada em Tindouf, na Argélia, numa zona fronteiriça, de campos de refugiados, contigua ao Saara Ocidental.A verdade é que os favores pagam-se. E, como já dizia alguém, não há almoços grátis. Vem isto a propósito da constante agitação social promovida pelo PCP, mesmo quando o que está em causa é a imagem do nosso país para o exterior. Se recuarmos pouco mais de um ano (Dezembro de 2007, mais precisamente) e à presidência portuguesa da União Europeia - mais concretamnente à Cimeira UE/África -, vamos encontrar a convite do PCP e uma semana antes dessa Cimeira, um dirigente da Frente Polisário, Mohamed Lamin de seu nome, de visita a Portugal, com o intuito de lamentar o facto da RASD não ter sido convidada para a referida Cimeira (foi essa ausência que motivou o generoso convite do PCP). Aliás, Jerónimo de Sousa não se inibiu de enaltecer a heróica luta da Frente Polisário.Parece que está nos genes do PCP defender causas minoritárias. Aliás, só o epíteto de minoritário, é logo causa para grande adoração por parte do PCP, embora estes sempre sejam menos violentos que os terroristas das FARC...[1] Frente Polisário é um movimento político-revolucionário que luta pela separação do Saara Ocidental, antigo Sahara Espanhol, actualmente sob domínio de Marrocos, visando instituir a República Árabe Saarauí Democrática.[2] A República Árabe Saarauí Democrática (RASD) é um território ocupado, em grande parte, pelo Reino de Marrocos. Essa é uma das razões que contribui para que os cidadãos vivam em condições de pobreza, em acampamentos de refugiados, e sob condições de vida precárias.Este é o post desta semana que, juntamente com os comentários (selecção editorial), terá posterior publicação no jornal «Comércio do Seixal e Sesimbra». Como habitualmente poderá também comentar no blogue de Paulo Edson Cunha, meu amigo e adversário, na disputa pela Presidência da Câmara Municipal do Seixal.


O Saara Ocidental é um território em África, limitado a norte por Marrocos, a leste pela Argélia, a leste e sul pela Mauritânia e a oeste pelo Oceano Atlântico, encontrando-se próximo da sua zona costeira, a região autónoma espanhola das Canárias. O Saara Ocidental está na Lista das Nações Unidas de territórios não-autónomos desde a década de 1960. O controlo do território é disputado pelo Reino de Marrocos e pelo movimento independentista Frente Polisário[1].Esta Frente Polisário, em 27 de Fevereiro de 1976, proclamou a República Árabe Saarauí Democrática (RASD)[2], criando um governo no exílio. A RASD chegou a ser reconhecida internacionalmente por 45 estados (a grande maioria deles em África), dos quais só um número reduzido ainda mantêm actualmente esse reconhecimento, mantendo, contudo, ainda embaixadas em 13 desses países. É membro da União Africana desde 1984, carecendo, no entanto, de representação na ONU. Portugal, como a generalidade dos países europeus não reconhece este território como autónomo.Quem tem dado alguma relevância ao caso da RASD tem sido o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), havendo um blogue destinado exclusivamente ao Saara Ocidental. Esta CPPC, como coincidentemente as últimas letras indicam, é uma organização pró-comunista da qual a vereadora da CM Seixal com o pelouro da Educação, Paula Santos, faz parte da direcção.Ora, por muito boa vontade que se possa ter para com os mais carenciados estrangeiros, o facto é que deveremos em primeiro lugar olhar para os nossos em Portugal. Como diz um conhecido slogan publicitário, "Se eu não gostar de mim, quem gostará?". É com esta mesma pergunta que devemos encarar este período de crise global, mas cuidando com mais veemência e primazia do que é nosso.Nesse sentido, não se compreende que o município do Seixal se tenha disponibilizado para dar três mil euros para ajudar na construção de uma escola na Argélia (zona de refugiados do Saara). Esse valor corresponde a cerca de 1/3 do destinado pela autarquia do Seixal a bolsas de estudo para o Ensino Superior ou para o Secundário. Mais curioso ainda é que, a rubrica orçamental de onde sai esta verba, não é do sector da Cooperação e Desenvolvimento Comunitário (como faria algum sentido), mas sim da rubrica de Acção Social Escolar, pelouro este coincidentemente dirigido pela já referida vereadora Paula Santos. Quer dizer então que, com dinheiro essencial à Acção Social Escolar do concelho se vai proceder à reabilitação da Escola Sid Yayadih, localizada em Tindouf, na Argélia, numa zona fronteiriça, de campos de refugiados, contigua ao Saara Ocidental.A verdade é que os favores pagam-se. E, como já dizia alguém, não há almoços grátis. Vem isto a propósito da constante agitação social promovida pelo PCP, mesmo quando o que está em causa é a imagem do nosso país para o exterior. Se recuarmos pouco mais de um ano (Dezembro de 2007, mais precisamente) e à presidência portuguesa da União Europeia - mais concretamnente à Cimeira UE/África -, vamos encontrar a convite do PCP e uma semana antes dessa Cimeira, um dirigente da Frente Polisário, Mohamed Lamin de seu nome, de visita a Portugal, com o intuito de lamentar o facto da RASD não ter sido convidada para a referida Cimeira (foi essa ausência que motivou o generoso convite do PCP). Aliás, Jerónimo de Sousa não se inibiu de enaltecer a heróica luta da Frente Polisário.Parece que está nos genes do PCP defender causas minoritárias. Aliás, só o epíteto de minoritário, é logo causa para grande adoração por parte do PCP, embora estes sempre sejam menos violentos que os terroristas das FARC...[1] Frente Polisário é um movimento político-revolucionário que luta pela separação do Saara Ocidental, antigo Sahara Espanhol, actualmente sob domínio de Marrocos, visando instituir a República Árabe Saarauí Democrática.[2] A República Árabe Saarauí Democrática (RASD) é um território ocupado, em grande parte, pelo Reino de Marrocos. Essa é uma das razões que contribui para que os cidadãos vivam em condições de pobreza, em acampamentos de refugiados, e sob condições de vida precárias.Este é o post desta semana que, juntamente com os comentários (selecção editorial), terá posterior publicação no jornal «Comércio do Seixal e Sesimbra». Como habitualmente poderá também comentar no blogue de Paulo Edson Cunha, meu amigo e adversário, na disputa pela Presidência da Câmara Municipal do Seixal.

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