Rumo a Bombordo: Seixal não aplica o seu Plano de Arquitectura de Paisagem

19-12-2009
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Quem o diz é Gonçalo Ribeiro Telles, unanimemente reconhecido como um dos maiores arquitectos paisagistas nacionais. Em entrevista ao DN de 25 de Novembro passado, este notável arquitecto alertava para o perigo da construção nos leitos de cheias, afirmando estar convencido que se têm "repetido e acumulado" os mesmos erros cometidos no passado, acrescentando que "a única diferença é que, entretanto, foram criados planos municipais para salvaguardar a circulação das águas das chuvas." Mas isso de pouco vale porque boa parte destes projectos ainda "não saiu da gaveta", disse ainda o arquitecto afirmando ser este o caso do concelho do Seixal.Tudo isso tem consequências, avisa o especialista e, enquanto não se aplicarem estes planos, será possível continuar a construir nos leitos das cheias, reduzir a reserva agrícola - que graças aos seus solos orgânicos retêm mais água em caso de inundações - ou edificar junto ao litoral onde o terreno seria mais permeável às chuvas. Segundo o arquitecto, o problema não está nas chuvas fortes que serão cada vez mais frequentes e inevitáveis num clima mediterrânico: "A questão central passa por garantir a circulação das águas tanto nos meios rurais como urbanos."Na mesma entrevista, José Luís Zêzere, especialista em dinâmica de cheias do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, defendeu que a região da Grande Lisboa continua "perigosamente" vulnerável às inundações repentinas, "Nestes últimos 40 anos continuou-se a construir demasiado e perigosamente nos leitos de cheias", advertiu o especialista.Estamos à espera do quê?


Quem o diz é Gonçalo Ribeiro Telles, unanimemente reconhecido como um dos maiores arquitectos paisagistas nacionais. Em entrevista ao DN de 25 de Novembro passado, este notável arquitecto alertava para o perigo da construção nos leitos de cheias, afirmando estar convencido que se têm "repetido e acumulado" os mesmos erros cometidos no passado, acrescentando que "a única diferença é que, entretanto, foram criados planos municipais para salvaguardar a circulação das águas das chuvas." Mas isso de pouco vale porque boa parte destes projectos ainda "não saiu da gaveta", disse ainda o arquitecto afirmando ser este o caso do concelho do Seixal.Tudo isso tem consequências, avisa o especialista e, enquanto não se aplicarem estes planos, será possível continuar a construir nos leitos das cheias, reduzir a reserva agrícola - que graças aos seus solos orgânicos retêm mais água em caso de inundações - ou edificar junto ao litoral onde o terreno seria mais permeável às chuvas. Segundo o arquitecto, o problema não está nas chuvas fortes que serão cada vez mais frequentes e inevitáveis num clima mediterrânico: "A questão central passa por garantir a circulação das águas tanto nos meios rurais como urbanos."Na mesma entrevista, José Luís Zêzere, especialista em dinâmica de cheias do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, defendeu que a região da Grande Lisboa continua "perigosamente" vulnerável às inundações repentinas, "Nestes últimos 40 anos continuou-se a construir demasiado e perigosamente nos leitos de cheias", advertiu o especialista.Estamos à espera do quê?

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