Mais Évora: TOURADAS…

31-05-2010
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Lembram-se daquela canção da parelha Tordo/Ary dos Santos intitulada "Tourada"? Como está actual! Cada vez mais, porque metaforicamente pode ser aplicada a várias "praças"...Afigurando-se pertinente a recordação do leitor, aqui fica o poema.TOURADANão importa sol ou sombracamarotes ou barreirastoureamos ombro a ombroas feras.Ninguém nos leva ao enganotoureamos mano a manosó nos podem causar danoespera.Entram guizos chocas e capotese mantilhas pretasentram espadas chifres e derrotese alguns poetasentram bravos cravos e dichotesporque tudo o maissão tretas.Entram vacas depois dos forcadosque não pegam nada.Soam brados e olés dos nabosque não pagam nadae só ficam os peões de bregacuja profissãonão pega.Com bandarilhas de esperançaafugentamos a feraestamos na praçada Primavera.Nós vamos pegar o mundopelos cornos da desgraçae fazermos da tristezagraça.Entram velhas doidas e turistasentram excursõesentram benefícios e cronistasentram aldrabõesentram marialvas e coristasentram galifõesde crista.Entram cavaleiros à garupado seu heroísmoentra aquela música malucado passodoblismoentra a aficionada e a caducamais o snobismoe cismo...Entram empresários moralistasentram frustraçõesentram antiquários e fadistase contradiçõese entra muito dólar muita genteque dá lucro as milhões.E diz o inteligenteque acabaram as canções.in As Palavras das Cantigas, de Ary dos Santos

Lembram-se daquela canção da parelha Tordo/Ary dos Santos intitulada "Tourada"? Como está actual! Cada vez mais, porque metaforicamente pode ser aplicada a várias "praças"...Afigurando-se pertinente a recordação do leitor, aqui fica o poema.TOURADANão importa sol ou sombracamarotes ou barreirastoureamos ombro a ombroas feras.Ninguém nos leva ao enganotoureamos mano a manosó nos podem causar danoespera.Entram guizos chocas e capotese mantilhas pretasentram espadas chifres e derrotese alguns poetasentram bravos cravos e dichotesporque tudo o maissão tretas.Entram vacas depois dos forcadosque não pegam nada.Soam brados e olés dos nabosque não pagam nadae só ficam os peões de bregacuja profissãonão pega.Com bandarilhas de esperançaafugentamos a feraestamos na praçada Primavera.Nós vamos pegar o mundopelos cornos da desgraçae fazermos da tristezagraça.Entram velhas doidas e turistasentram excursõesentram benefícios e cronistasentram aldrabõesentram marialvas e coristasentram galifõesde crista.Entram cavaleiros à garupado seu heroísmoentra aquela música malucado passodoblismoentra a aficionada e a caducamais o snobismoe cismo...Entram empresários moralistasentram frustraçõesentram antiquários e fadistase contradiçõese entra muito dólar muita genteque dá lucro as milhões.E diz o inteligenteque acabaram as canções.in As Palavras das Cantigas, de Ary dos Santos

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