Uma Nova Miranda: Movimento de Defesa do Ramal da Lousã contesta evolução do projecto do metro

28-05-2010
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O Movimento de Defesa do Ramal da Lousã ainda alimenta esperanças de que é possível travar o projecto do metro a tempo de «se evitar o abismo», apesar de já terem sido lançados os concursos para a requalificação dos troço entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra). Os responsáveis do movimento acreditam «que é possível» interromper os concursos lançados, um deles já concluído e em fase de apreciação de propostas, quando «várias personalidades credenciadas, onde se inclui o Presidente da República, questionam os grandes investimentos e recomendam a sua avaliação». «Se podem parar projectos como o novo aeroporto ou o TGV porque não se pode parar este», questionou Isabel Simões, porta-voz do movimento, numa conferência de imprensa realizada ontem à tarde, na estação do Parque (Coimbra), que juntou vários activistas da causa. Sem baixar os braços nesta luta, o movimento anunciou que vai expor as suas reivindicações à Casa Civil da Presidência da Republica, na impossibilidade de reunirem com o Chefe de Estado, Cavaco Silva. Defendendo a electrificação da linha e a colocação de novo material circulante, o MDRL exige «mais respeito» para com os utentes que nunca foram ouvidos no processo, mesmo depois de sofrerem «tantas experiências de triste memória, como as bailarinas, espanholas e a recauchutagem das Allan, pelo que não aceitam servir mais uma vez de cobaias». Isabel Simões sublinhou que o projecto do metro foi «sempre conduzido ao sabor de calendários e interesses eleitorais, onde são visíveis as pressões de poderosos interesses, nomeadamente da área das grandes obras e fabrico de material circulante». Caso o projecto do metro avance, os transportes rodoviários alternativos à ferrovia, no período em que a linha encerrar para obras, não têm «condições aceitáveis» para servir as populações, considera o movimento. «Está bem à vista que não existem alternativas rodoviárias para substituir, em condições aceitáveis, o transporte ferroviário que actualmente serve as povoações vizinhas desta linha», referiu Isabel Simões, aludindo também «aos graves prejuízos laborais e familiares dos utentes» no futuro. Considerando o projecto um «autêntico disparate», para citar «técnicos qualificados que também advogam a modernização e electrificação do ramal ferroviário», o movimento desconfia da resistência do Governo em «avaliar esta alternativa» e questiona se «haverá compromissos previamente assumidos e que não se possam divulgar». «Para o grande investimento que se anuncia (mais de 300 milhões de euros) não se conhecem estudos de procura e de viabilidade económica que demonstrem a sua sustentabilidade, nem análises custo/benefício comparando esta e outras alternativas (como a electrificação e modernização do ramal». O MDRL considerou que, «ao contrário da grande propaganda, a reabilitação e electrificação dos ramais ferroviários existentes, com material circulante adequado, é uma solução moderna, eficaz e económica, cada vez mais adoptada para o transporte suburbano de passageiros», à semelhança do que aconteceu nas linhas do Sado, Guimarães, Beira baixa e Ramal de Leixões. Mário Sol, um dos activistas, garantiu que o movimento «vai continuar a defender que o ramal seja uma linha ferroviária», salientando que obras efectuadas há vários anos ao nível do rebaixamento dos túneis, reforço das pontes e estabilização da plataforma férrea permitem «a electrificação e remodelação» sem recurso ao seu encerramento. Fonte: Diário de Coimbra
Etiquetas: Comboios, Metro Mondego, Miranda do Corvo, Ramal da Lousã

O Movimento de Defesa do Ramal da Lousã ainda alimenta esperanças de que é possível travar o projecto do metro a tempo de «se evitar o abismo», apesar de já terem sido lançados os concursos para a requalificação dos troço entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra). Os responsáveis do movimento acreditam «que é possível» interromper os concursos lançados, um deles já concluído e em fase de apreciação de propostas, quando «várias personalidades credenciadas, onde se inclui o Presidente da República, questionam os grandes investimentos e recomendam a sua avaliação». «Se podem parar projectos como o novo aeroporto ou o TGV porque não se pode parar este», questionou Isabel Simões, porta-voz do movimento, numa conferência de imprensa realizada ontem à tarde, na estação do Parque (Coimbra), que juntou vários activistas da causa. Sem baixar os braços nesta luta, o movimento anunciou que vai expor as suas reivindicações à Casa Civil da Presidência da Republica, na impossibilidade de reunirem com o Chefe de Estado, Cavaco Silva. Defendendo a electrificação da linha e a colocação de novo material circulante, o MDRL exige «mais respeito» para com os utentes que nunca foram ouvidos no processo, mesmo depois de sofrerem «tantas experiências de triste memória, como as bailarinas, espanholas e a recauchutagem das Allan, pelo que não aceitam servir mais uma vez de cobaias». Isabel Simões sublinhou que o projecto do metro foi «sempre conduzido ao sabor de calendários e interesses eleitorais, onde são visíveis as pressões de poderosos interesses, nomeadamente da área das grandes obras e fabrico de material circulante». Caso o projecto do metro avance, os transportes rodoviários alternativos à ferrovia, no período em que a linha encerrar para obras, não têm «condições aceitáveis» para servir as populações, considera o movimento. «Está bem à vista que não existem alternativas rodoviárias para substituir, em condições aceitáveis, o transporte ferroviário que actualmente serve as povoações vizinhas desta linha», referiu Isabel Simões, aludindo também «aos graves prejuízos laborais e familiares dos utentes» no futuro. Considerando o projecto um «autêntico disparate», para citar «técnicos qualificados que também advogam a modernização e electrificação do ramal ferroviário», o movimento desconfia da resistência do Governo em «avaliar esta alternativa» e questiona se «haverá compromissos previamente assumidos e que não se possam divulgar». «Para o grande investimento que se anuncia (mais de 300 milhões de euros) não se conhecem estudos de procura e de viabilidade económica que demonstrem a sua sustentabilidade, nem análises custo/benefício comparando esta e outras alternativas (como a electrificação e modernização do ramal». O MDRL considerou que, «ao contrário da grande propaganda, a reabilitação e electrificação dos ramais ferroviários existentes, com material circulante adequado, é uma solução moderna, eficaz e económica, cada vez mais adoptada para o transporte suburbano de passageiros», à semelhança do que aconteceu nas linhas do Sado, Guimarães, Beira baixa e Ramal de Leixões. Mário Sol, um dos activistas, garantiu que o movimento «vai continuar a defender que o ramal seja uma linha ferroviária», salientando que obras efectuadas há vários anos ao nível do rebaixamento dos túneis, reforço das pontes e estabilização da plataforma férrea permitem «a electrificação e remodelação» sem recurso ao seu encerramento. Fonte: Diário de Coimbra
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