Depois do TGV, a terceira travessia do Tejo > Política > TVI24

27-03-2010
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A campanha eleitoral tem uma nova frente activa. Depois da alta velocidade, o PS lançou esta quarta-feira o tema da terceira travessia do Tejo. O secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita, reavivou-o no Barreiro. José Sócrates apanhou-o e serviu à sobremesa de um almoço com 542 apoiantes inscritos, na Costa da Caparica.

Já sem falar do TGV, o PS virou a página. Mas o capítulo continua a ser o mesmo: o do investimento público. Após uma curta arruada no Barreiro, num palco improvisado em cima de uma carrinha que transporta um dos ecrãs gigantes da campanha, o líder socialista ouviu Eduardo Cabrita dizer que, «com José Sócrates como primeiro-ministro, a terceira travessia [do Tejo] vai ser construída pelo Barreiro, por Portugal, pelo distrito de Setúbal». «Queremos aqui José Sócrates, como primeiro-ministro, em 2013, a inaugurar a terceira travessia», reforçou.

Na curta intervenção que fez, no local, o secretário-geral do PS apontou: «Tenho uma mensagem para vocês». «Grande parte destas eleições tem a ver com o desenvolvimento do Barreiro e com o desenvolvimento da Margem Sul. A decisão que vai ser tomada no dia 27 tem a ver com investimento público, com o papel do Estado na economia», disse.

Mas a mensagem estava a meio. Só depois de um almoço servido no último piso de um hotel junto à praia, na Costa da Caparica, é que Sócrates desvelaria o resto.

«O distrito de Setúbal é porventura o distrito que há mais tempo espera que o Estado cumpra o seu dever. É altura de responder às expectativas, aos anseios do distrito de Setúbal. Nós temos de fazer a terceira travessia do Tejo, para dar mais oportunidades ao distrito de Setúbal», disse, depois de Paulo Pedroso, candidato do PS à Câmara de Almada, lhe ter dirigido um convite para que a primeiro jogging depois da campanha fosse feito no calçadão, junto ao mar, a poucos metros dali. José Sócrates aceitou o repto, mas voltou ao tema dos investimentos públicos.

«Há aí quem diga que devemos adiar estes projectos. Pois eu quero fazer esta pergunta a todos os cidadãos do distrito de Setúbal: quantos mais anos vamos ter de esperar? Afinal de contas este país só fez a Ponte Vasco da Gama quando a Ponte 25 de Abril já estava completamente congestionada», frisou. «Nos temos de antecipar e prever o futuro».

José Sócrates emprestou mesmo um tom escatológico à terceira travessia. «Quando se for votar, naquele momento sagrado, em que estamos sozinhos com a nossa consciência e quando vamos por a cruz boletim de voto, o que estará em causa, nesse momento, é dizer sim ou não à terceira travessia».

«Não há bastiões»

A manhã ficou ainda marcada por um outro apontamento político. Numa região de esquerda, mas marcadamente comunista, José Sócrates recusou, durante a arruada no Barreiro, sentir-se deslocado, por estar em campanha numa zona conhecida pelo forte apoio ao PCP.

«Não há bastiões do Partido Comunista, nem do CDS, nem do PSD há apenas portugueses», disse o secretário-geral do PS, em declarações aos jornalistas, durante o curto percurso que fez a pé na localidade, em que disse estar «muito satisfeito» pela forma como está a decorrer a campanha.

Sócrates fala sobre terceira travessia

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3Oportunismo político Álvaro de Campos - 17 Set 2009 | 04: 42 Sócrates que governar o País ou o Barreiro e as zonas afectadas pelas obras do TGV?

A campanha eleitoral tem uma nova frente activa. Depois da alta velocidade, o PS lançou esta quarta-feira o tema da terceira travessia do Tejo. O secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita, reavivou-o no Barreiro. José Sócrates apanhou-o e serviu à sobremesa de um almoço com 542 apoiantes inscritos, na Costa da Caparica.

Já sem falar do TGV, o PS virou a página. Mas o capítulo continua a ser o mesmo: o do investimento público. Após uma curta arruada no Barreiro, num palco improvisado em cima de uma carrinha que transporta um dos ecrãs gigantes da campanha, o líder socialista ouviu Eduardo Cabrita dizer que, «com José Sócrates como primeiro-ministro, a terceira travessia [do Tejo] vai ser construída pelo Barreiro, por Portugal, pelo distrito de Setúbal». «Queremos aqui José Sócrates, como primeiro-ministro, em 2013, a inaugurar a terceira travessia», reforçou.

Na curta intervenção que fez, no local, o secretário-geral do PS apontou: «Tenho uma mensagem para vocês». «Grande parte destas eleições tem a ver com o desenvolvimento do Barreiro e com o desenvolvimento da Margem Sul. A decisão que vai ser tomada no dia 27 tem a ver com investimento público, com o papel do Estado na economia», disse.

Mas a mensagem estava a meio. Só depois de um almoço servido no último piso de um hotel junto à praia, na Costa da Caparica, é que Sócrates desvelaria o resto.

«O distrito de Setúbal é porventura o distrito que há mais tempo espera que o Estado cumpra o seu dever. É altura de responder às expectativas, aos anseios do distrito de Setúbal. Nós temos de fazer a terceira travessia do Tejo, para dar mais oportunidades ao distrito de Setúbal», disse, depois de Paulo Pedroso, candidato do PS à Câmara de Almada, lhe ter dirigido um convite para que a primeiro jogging depois da campanha fosse feito no calçadão, junto ao mar, a poucos metros dali. José Sócrates aceitou o repto, mas voltou ao tema dos investimentos públicos.

«Há aí quem diga que devemos adiar estes projectos. Pois eu quero fazer esta pergunta a todos os cidadãos do distrito de Setúbal: quantos mais anos vamos ter de esperar? Afinal de contas este país só fez a Ponte Vasco da Gama quando a Ponte 25 de Abril já estava completamente congestionada», frisou. «Nos temos de antecipar e prever o futuro».

José Sócrates emprestou mesmo um tom escatológico à terceira travessia. «Quando se for votar, naquele momento sagrado, em que estamos sozinhos com a nossa consciência e quando vamos por a cruz boletim de voto, o que estará em causa, nesse momento, é dizer sim ou não à terceira travessia».

«Não há bastiões»

A manhã ficou ainda marcada por um outro apontamento político. Numa região de esquerda, mas marcadamente comunista, José Sócrates recusou, durante a arruada no Barreiro, sentir-se deslocado, por estar em campanha numa zona conhecida pelo forte apoio ao PCP.

«Não há bastiões do Partido Comunista, nem do CDS, nem do PSD há apenas portugueses», disse o secretário-geral do PS, em declarações aos jornalistas, durante o curto percurso que fez a pé na localidade, em que disse estar «muito satisfeito» pela forma como está a decorrer a campanha.

Sócrates fala sobre terceira travessia

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3Oportunismo político Álvaro de Campos - 17 Set 2009 | 04: 42 Sócrates que governar o País ou o Barreiro e as zonas afectadas pelas obras do TGV?

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