Arcádia: Campo Contra Campo (XLIX)

25-05-2011
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Infiltrado, ****Excelente, esta película de Spike Lee.Por pouco não perdi aquilo que seguramente é um dois filmes do momento nas salas portuguesas, que desde já (antes que me esqueça...) sugiro o visionamento ou mesmo o re-visionamento.É fácil escrever umas linhas sobre Inside Man. Um poderoso argumento sustentado nos charmosos clichés hollywodianos do “assalto ao banco” e do “segredo da mala” aqui travestido de “segredo do cofre” são o pano de fundo para pouco mais de duas horas de um filme montado no ritmo certo que nos surpreende e atrai a cada sequência.Com uma cinematografia clássica, onde pontificam fabulosos movimentos de câmara (seria fastidioso referir todas as cenas que nos ficam na retina mas há uma verdadeiramente inolvidável quando após o assalto final ao banco, a steady cam - magnifico movimento, perfeito! - baila durante mais de um minuto pelo propositadamente labiríntico espaço do banco em torno de Denzel Washington na busca do cadáver que suspeita o espectador não existe) mas onde as novas técnicas não são olvidadas; Spike Lee assina um filme poderoso, em tom suavemente critico, que funciona como uma diagonal fulgurante em torno de diversos temas muito actuais (os “poderosos” e como se protegem, o racismo, os traumas pós 9/11, a promiscuidade entre política e dinheiro, as guerrilhas dentro das corporações policiais) apelando à tal reflexão social.A direcção de actores, como sempre no realizados Norte-americano, roça igualmente a perfeição e aqui Denzel Washington assume-se como a estrela máxima de um cintilante firmamento.Como tal, “Infiltrado” é muito mais do que mais um filme sobre o assalto a um banco. É quase uma obra-prima, sobre os dias que correm. É em Nova Iorque, com as devidas adaptações, podia ser em Lisboa.PSL


Infiltrado, ****Excelente, esta película de Spike Lee.Por pouco não perdi aquilo que seguramente é um dois filmes do momento nas salas portuguesas, que desde já (antes que me esqueça...) sugiro o visionamento ou mesmo o re-visionamento.É fácil escrever umas linhas sobre Inside Man. Um poderoso argumento sustentado nos charmosos clichés hollywodianos do “assalto ao banco” e do “segredo da mala” aqui travestido de “segredo do cofre” são o pano de fundo para pouco mais de duas horas de um filme montado no ritmo certo que nos surpreende e atrai a cada sequência.Com uma cinematografia clássica, onde pontificam fabulosos movimentos de câmara (seria fastidioso referir todas as cenas que nos ficam na retina mas há uma verdadeiramente inolvidável quando após o assalto final ao banco, a steady cam - magnifico movimento, perfeito! - baila durante mais de um minuto pelo propositadamente labiríntico espaço do banco em torno de Denzel Washington na busca do cadáver que suspeita o espectador não existe) mas onde as novas técnicas não são olvidadas; Spike Lee assina um filme poderoso, em tom suavemente critico, que funciona como uma diagonal fulgurante em torno de diversos temas muito actuais (os “poderosos” e como se protegem, o racismo, os traumas pós 9/11, a promiscuidade entre política e dinheiro, as guerrilhas dentro das corporações policiais) apelando à tal reflexão social.A direcção de actores, como sempre no realizados Norte-americano, roça igualmente a perfeição e aqui Denzel Washington assume-se como a estrela máxima de um cintilante firmamento.Como tal, “Infiltrado” é muito mais do que mais um filme sobre o assalto a um banco. É quase uma obra-prima, sobre os dias que correm. É em Nova Iorque, com as devidas adaptações, podia ser em Lisboa.PSL

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