Arcádia: Pensamentos ociosos (IV)

25-05-2011
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Ao considerarmos, com Aristóteles, Ulpiano e São Tomas de Aquino (etantos, tantos outros…) que justiça é uma "constants et prepetuavoluntas ius suum cuique tribuendi" - constante e perpetua vontade dedar a cada um aquilo que é seu, vários problemas interessantes ecolocam.De entre eles, por ventura o mais paradoxalmente tenebroso versa doseguinte modo: Sendo que "o seu" do sujeito dele é, então dando lheesse seu, em bom rigor nada se lhe dá: Como tal, seremos obrigados aconcluir, tal como escreve Delfim Santos, que neste sentido a justiçase afirma como um nada. Embora seja um nada de que tudo dependa. É umnada que tudo fundamenta.Hoje é seguro afirmar, como o fez Fernando Pessoa, que o "mito é onada que é tudo".Não podemos assim deixar de concluir que a justiça pelo menos destaforma - classicamente - entendida de um mito não passa.Alias, como escreve Delfim Santos: "[A justiça] procura-se porque nãoexiste, e se existe não se manifesta como justiça".PSL


Ao considerarmos, com Aristóteles, Ulpiano e São Tomas de Aquino (etantos, tantos outros…) que justiça é uma "constants et prepetuavoluntas ius suum cuique tribuendi" - constante e perpetua vontade dedar a cada um aquilo que é seu, vários problemas interessantes ecolocam.De entre eles, por ventura o mais paradoxalmente tenebroso versa doseguinte modo: Sendo que "o seu" do sujeito dele é, então dando lheesse seu, em bom rigor nada se lhe dá: Como tal, seremos obrigados aconcluir, tal como escreve Delfim Santos, que neste sentido a justiçase afirma como um nada. Embora seja um nada de que tudo dependa. É umnada que tudo fundamenta.Hoje é seguro afirmar, como o fez Fernando Pessoa, que o "mito é onada que é tudo".Não podemos assim deixar de concluir que a justiça pelo menos destaforma - classicamente - entendida de um mito não passa.Alias, como escreve Delfim Santos: "[A justiça] procura-se porque nãoexiste, e se existe não se manifesta como justiça".PSL

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