CIDADANIA LX: Nova ponte obriga a ter novas vias em Lisboa

28-12-2009
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In Diário de Notícias (2/3/2009)«Transformações. A terceira travessia do Tejo vai provocar mudanças nas duas margens. Em Lisboa esperam-se alterações no sistema de circulação. No Barreiro deposita-se confiança na ligação, com população esperançada em mais desenvolvimento Quando a terceira travessia do Tejo em Lisboa estiver operacional, em 2013, como previsto, Lisboa terá de ter concluídas várias ligações rodoviárias no interior do seu perímetro, de forma a receber o acréscimo de tráfego automóvel (mais de 30 mil carros/dia ) gerado pela entrada em funcionamento da nova infra-estrutura. "Se isto não acontecer, circular na cidade será um caos", assegura ao DN Manuel Salgado, vereador com o pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa.Rematar alguns pontos (nove) desligados da malha viária principal da cidade de Lisboa foi, aliás, uma das condições que a autarquia colocou para dar o seu parecer favorável à nova ponte sobre o Tejo. A outra foi o rebaixamento do tabuleiro em sete metros, de forma a diminuir a "intrusão visual" que a primeira versão do estudo prévio deixava antever. Na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) emitida esta semana, o Governo acolheu as duas exigências de Lisboa. Mas agora terá de ser o Executivo a abrir os cordões à bolsa e pagar 160 milhões de euros (aproximadamente 10% do custo da ponte) pelas obras necessárias na capital. "É uma oportunidade única para aproveitar", considera Manuel Salgado, que neste contexto cita até o presidente António Costa: "Temos de transformar a terceira travessia em algo positivo para a circulação na cidade em vez de a encarar como um coisa negativa que temos de tolerar."Estas transformações induzidas pela chegada da nova ponte a Lisboa não são alheias às alterações que entretanto o município quer operar na Baixa, sustenta o vereador. Ambas vão produzir mudanças no funcionamento da circulação na capital. "De um sistema radioconcêntrico, cujo vértice é o Terreiro do Paço, em que praticamente todo o tráfego de atravessamento proveniente de todo o lado ia afluir à Praça do Comércio, passaremos para um sistema reticulado, em que o tráfego é rebatido em vários níveis", explica Manuel Salgado. Das obras previstas no plano de mobilidade para receber a nova ponte destacam-se a construção de um túnel de ligação da Av. Mouzinho de Albuquerque à Av. Almirante Reis; uma ligação franca do Viaduto Duarte Pacheco e a Av. de Ceuta; ligação da rotunda das Olaias à TTT; reformulação do Nó da Av. C. Gulbenkian; desnivelamento da ligação à Av. Inf. D. Henrique; reformulação do nó com a Av. Gago Coutinho; reformulação do Nó das Forças Armadas / Av. Álvaro Pais; reabilitação da Av. Marechal Craveiro Lopes; reformulação do Nó do Lumiar.»O artigo encerra em si duas evidências:No Barreiro, «das duas três», ou são tontos, ou são ingénuos ou estão voluntariamente silenciados. Em Lisboa, continua a hipocrisia, até porque o túnel no prolongamento da Pascoal de Melo está «previsto» muito antes de se imaginar uma TTT.Já agora, uma pergunta: onde pára a 'Lisboa e Tejo e Tudo'?


In Diário de Notícias (2/3/2009)«Transformações. A terceira travessia do Tejo vai provocar mudanças nas duas margens. Em Lisboa esperam-se alterações no sistema de circulação. No Barreiro deposita-se confiança na ligação, com população esperançada em mais desenvolvimento Quando a terceira travessia do Tejo em Lisboa estiver operacional, em 2013, como previsto, Lisboa terá de ter concluídas várias ligações rodoviárias no interior do seu perímetro, de forma a receber o acréscimo de tráfego automóvel (mais de 30 mil carros/dia ) gerado pela entrada em funcionamento da nova infra-estrutura. "Se isto não acontecer, circular na cidade será um caos", assegura ao DN Manuel Salgado, vereador com o pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa.Rematar alguns pontos (nove) desligados da malha viária principal da cidade de Lisboa foi, aliás, uma das condições que a autarquia colocou para dar o seu parecer favorável à nova ponte sobre o Tejo. A outra foi o rebaixamento do tabuleiro em sete metros, de forma a diminuir a "intrusão visual" que a primeira versão do estudo prévio deixava antever. Na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) emitida esta semana, o Governo acolheu as duas exigências de Lisboa. Mas agora terá de ser o Executivo a abrir os cordões à bolsa e pagar 160 milhões de euros (aproximadamente 10% do custo da ponte) pelas obras necessárias na capital. "É uma oportunidade única para aproveitar", considera Manuel Salgado, que neste contexto cita até o presidente António Costa: "Temos de transformar a terceira travessia em algo positivo para a circulação na cidade em vez de a encarar como um coisa negativa que temos de tolerar."Estas transformações induzidas pela chegada da nova ponte a Lisboa não são alheias às alterações que entretanto o município quer operar na Baixa, sustenta o vereador. Ambas vão produzir mudanças no funcionamento da circulação na capital. "De um sistema radioconcêntrico, cujo vértice é o Terreiro do Paço, em que praticamente todo o tráfego de atravessamento proveniente de todo o lado ia afluir à Praça do Comércio, passaremos para um sistema reticulado, em que o tráfego é rebatido em vários níveis", explica Manuel Salgado. Das obras previstas no plano de mobilidade para receber a nova ponte destacam-se a construção de um túnel de ligação da Av. Mouzinho de Albuquerque à Av. Almirante Reis; uma ligação franca do Viaduto Duarte Pacheco e a Av. de Ceuta; ligação da rotunda das Olaias à TTT; reformulação do Nó da Av. C. Gulbenkian; desnivelamento da ligação à Av. Inf. D. Henrique; reformulação do nó com a Av. Gago Coutinho; reformulação do Nó das Forças Armadas / Av. Álvaro Pais; reabilitação da Av. Marechal Craveiro Lopes; reformulação do Nó do Lumiar.»O artigo encerra em si duas evidências:No Barreiro, «das duas três», ou são tontos, ou são ingénuos ou estão voluntariamente silenciados. Em Lisboa, continua a hipocrisia, até porque o túnel no prolongamento da Pascoal de Melo está «previsto» muito antes de se imaginar uma TTT.Já agora, uma pergunta: onde pára a 'Lisboa e Tejo e Tudo'?

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