Bar Velho Online: A minha visão sobre António de Oliveira Salazar

23-05-2011
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Acabo de ver no programa "Grandes Portugueses" uma biografia sobre Salazar, realizada por Jaime Nogueira Pinto, conhecido historiador político, que só reforçou a ideia que tinha sobe esta controversa figura. Estando o país destruído a todos os níveis devido à instabilidade da vivida entre 1910 e 1926, período da 1ª República, foi crucial o papel de Salazar para restabelecer a ordem a segurança pública no nosso país. Portugal necessitou de facto de se reorganizar, devido aos excessos da 1ª República (mais de 40 governos em 16 anos!) e foi a acção deste homem, apoiado por uma ditadura militar, que tornou isso eficaz. Durante 1926 a 1950, Portugal reduziu uma dívida pública externa de 44% do PIB para 5% do PIB. Conseguiu-se estabilizar o preço do pão, um dos martírios da época. O salário médio português subiu entre 1926 a 1974 oito vezes, além de, apoiado numa enorme política de obras públicas, sob a égide de Duarte Pacheco, Portugal teve um crescimento económico médio de 7% do PIB, números apenas comparáveis aos países asiáticos. Recebeu 1 milhão de refugiados da II Grande Guerra Mundial, entre os quais mais de 100 mil judeus (com grande ajuda de Aristides de Sousa Mendes). Os níveis de corrupção, comprovados até pelos investigadores do pós 25 de Abril, eram mínimos. O próprio Salazar nunca beneficiou nenhum familiar ou pessoa chegada, além de apenas ter deixado como património a sua casa em Santa Comba Dão (já Mário Soares hoje em dia acumula pelo menos 3 reformas chorudas do Estado...) Não fechou completamente o país internacionalmente: foi durante o seu governo que Portugal aderiu à ONU, ao FMI, á EFTA, à NATO, etc. No entanto, não está livre de erros, alguns deles graves e que não respeitaram a dignidade da pessoa humana. A censura, a tortura, a perseguição política, a ditadura, a falta de pluralismo democrático, não são aceitáveis e mancham de forma determinante a sua obra.Salazar deveria ter saído de cena em 1950, após o final da II Guerra Mundial. Estabilizado o país, era a hora de o fazer arrancar em direcção à democracia dos novos tempos da Europa Ocidental e do Estados Unidos da América. Era chegada a hora de dar lugar a outros. Mas assim não aconteceu. A sua visão cega sobre os destinos da Nação fizeram com que não tivesse conseguido largar o poder e a início da Guerra Colonial só veio fazer com que muito do seu trabalho tivesse sido também ele destruído, pela despesa em armas e pela perda de vidas e de força humana que deveria ter sido empregue no nosso país. Foi sem dúvida um grande português, que amava a Nação de Portugal acima de todas as coisas. mas foi também esse amor que o cegou, não o deixou perceber que novos tempos chegavam em 1950, e que fez também com que na sua óptica os fins (o engradecimento de Portugal) justificassem os meios (censura e perseguição política), o que a meu ver não é aceitável de forma alguma.


Acabo de ver no programa "Grandes Portugueses" uma biografia sobre Salazar, realizada por Jaime Nogueira Pinto, conhecido historiador político, que só reforçou a ideia que tinha sobe esta controversa figura. Estando o país destruído a todos os níveis devido à instabilidade da vivida entre 1910 e 1926, período da 1ª República, foi crucial o papel de Salazar para restabelecer a ordem a segurança pública no nosso país. Portugal necessitou de facto de se reorganizar, devido aos excessos da 1ª República (mais de 40 governos em 16 anos!) e foi a acção deste homem, apoiado por uma ditadura militar, que tornou isso eficaz. Durante 1926 a 1950, Portugal reduziu uma dívida pública externa de 44% do PIB para 5% do PIB. Conseguiu-se estabilizar o preço do pão, um dos martírios da época. O salário médio português subiu entre 1926 a 1974 oito vezes, além de, apoiado numa enorme política de obras públicas, sob a égide de Duarte Pacheco, Portugal teve um crescimento económico médio de 7% do PIB, números apenas comparáveis aos países asiáticos. Recebeu 1 milhão de refugiados da II Grande Guerra Mundial, entre os quais mais de 100 mil judeus (com grande ajuda de Aristides de Sousa Mendes). Os níveis de corrupção, comprovados até pelos investigadores do pós 25 de Abril, eram mínimos. O próprio Salazar nunca beneficiou nenhum familiar ou pessoa chegada, além de apenas ter deixado como património a sua casa em Santa Comba Dão (já Mário Soares hoje em dia acumula pelo menos 3 reformas chorudas do Estado...) Não fechou completamente o país internacionalmente: foi durante o seu governo que Portugal aderiu à ONU, ao FMI, á EFTA, à NATO, etc. No entanto, não está livre de erros, alguns deles graves e que não respeitaram a dignidade da pessoa humana. A censura, a tortura, a perseguição política, a ditadura, a falta de pluralismo democrático, não são aceitáveis e mancham de forma determinante a sua obra.Salazar deveria ter saído de cena em 1950, após o final da II Guerra Mundial. Estabilizado o país, era a hora de o fazer arrancar em direcção à democracia dos novos tempos da Europa Ocidental e do Estados Unidos da América. Era chegada a hora de dar lugar a outros. Mas assim não aconteceu. A sua visão cega sobre os destinos da Nação fizeram com que não tivesse conseguido largar o poder e a início da Guerra Colonial só veio fazer com que muito do seu trabalho tivesse sido também ele destruído, pela despesa em armas e pela perda de vidas e de força humana que deveria ter sido empregue no nosso país. Foi sem dúvida um grande português, que amava a Nação de Portugal acima de todas as coisas. mas foi também esse amor que o cegou, não o deixou perceber que novos tempos chegavam em 1950, e que fez também com que na sua óptica os fins (o engradecimento de Portugal) justificassem os meios (censura e perseguição política), o que a meu ver não é aceitável de forma alguma.

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